Pensamento sobre Felicidade
Sabe qual é o problema? Você pensa que alguém te amou e te deixou, mas você nunca esteve do lado de si mesmo. É fácil julgar o abandono, quando difícil mesmo é rever suas expectativas.
Bom, eu tenho meus dramas, mas de vez em quando eu sinto uma vontade imensa de trancar eles numa caixinha e colocar um aviso do tipo: cuidado, conteúdo irônico. Talvez algum idiota se interesse.
Estou chutando o balde, pouco me importando se vou quebrar a cara de novo. As lágrimas caem, é claro que caem… mas mal aprendendo, bem aprendendo, sempre encontramos um jeito certo de amar o jeito errado.
Lendo uns garranchos antigos percebi que tinha muito de “você” no meio das palavras. Deveria ter escrito “nós” ou “eu”, nós que embolaram, eu que fiquei.
Errou? Tudo bem. As pessoas sempre odeiam umas as outras tirando conclusões precipitadas. As verdadeiras ficam e vasculham um pouquinho mais a beleza das coisas.
Não prometa coisas que irão lhe arremessar contra o precipício da incerteza, muito menos diga palavras ilusórias que serão lembradas por alguém. Ah meu amor… para de sorrir, afasta esses lábios envenenados dos meus.
Não consigo negar o que sinto por algumas pessoas, mas não irei falar. Irei me mutilar por dentro, esperando que elas não percebam o quão triste eu estou por elas não estarem aqui.
Preciso admitir que de vez em quando eu sinto vontade de significar algo para alguém, mesmo que de forma tão estúpida.
Não adianta trancar as portas, o medo faz do seu mundo uma prisão horrível. Essa sua confiança forjada não te protege de nada.
A verdade é que se você for fundo demais, não existe ninguém que não seja tocado com palavras. Dá para derrubar uma muralha muito bem com o assobio certo.
E então, eu não sentia culpa, muito menos falta. Percebi que não eram as pessoas que estavam indo embora, mas eu que já havia partido faz muito tempo.