Pensadores Alemães

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⁠Aos leitores amigos

Poetas não podem calar-se,
Querem às turbas mostrar-se.
Há de haver louvores, censuras!
Quem vai confessar-se em prosa?
Mas abrimo-nos sub rosa
No calmo bosque das musas.
Quanto errei, quanto vivi,

Quanto aspirei e sofri,
Só flores num ramo – aí estão;
E a velhice e a juventude,
E o erro e a virtude
Ficam bem numa canção.

Johann Wolfgang von Goethe
Poemas. Lisboa: Edições 70, 2022.
Inserida por marcosarmuzel

Dentre todas sinfonias de mozart,
As canções do baco,
E a nossa última ligação,
Meu som favorito ainda é a tua respiração.
...

Teu rosto
Onde um índio passa e canta
E se enlaça em Caymmi e Mozart
Foi-se depressa tal como a jangada
Cujo limite são as léguas do mar.

A amizade é graça
cartas nunca escritas, notícias sem dar.
Ah Amazônia das fugas e percursos
Teu rosto invade e alaga devagar.

Heleno Oliveira

Nota: In: As sombras de Olinda - Ed. Caminho - 1997 p.31

"Podemos ouvir a música de Mozart com inveja, mágoa, até tristeza, porque ela é para nós uma pausa salutar no tumulto de nossa vida interior, porque ela nos oferece uma imagem consoladora, uma esperança. Mas sabemos, ao ouvi-la, que esses sons que nos apaziguam nos chagam de um época diferente, de um tempo passado que, no fundo, nada mais tem em comum conosco. Luta de sons, equilíbrio perdido, "princípios" alterados, rufar inopinado de tambores, grandes indagações, aspirações sem objetivo visível, impulsos aparentemente incoerentes, cadeias desfeitas, vínculos quebrados, reatados num só, contrastes e contradições, eis o que é a nossa Harmonia."

Acordes

O maestro gesticulando Mozart enquanto a pianista, com toda sua delicadeza, se debruçava sobre o piano para arrancar suas notas. Ah se um dia eu conseguir acompanhar seus movimentos! Cada músico esperando a hora certa de pôr seu instrumento pra cantar, todos conectados, o universo estava naquele palco. E quando tudo parecia não poder melhorar, uma peça bastante desabitual de um brasileiro, em que, no mínimo de som dos instrumentos, eu pude ouvir todos as angústias e lamúrias do mundo. E vozes gritando, e sinos tocando, e um trem chegando à estação. O som cada vez mais baixo, fazendo com que morrêssemos junto, para no fim ouvirmos todo o barulho que silêncio pode fazer. E foi ali que eu nasci de novo.

⁠Chuva é orquestra.
Com seus ventos, raios, trovões ou mansidão, tem dias de Bach, Mozart, Vivaldi, Ravel...
Nesta apresentação de hoje ouço Choro número 1
do Villa-Lobos.

Um compositor pode ter todo o talento de Mozart e um desejo apaixonado de vencer, mas se ele acreditar que não é capaz de compor música, não conseguirá realizar nada. Não se empenhará o suficiente. Logo desistirá, quando a melodia certa e indescritível demorar muito para se materializar.

"Em tempos de lives de artistas, é um grande pesar que: Mozart, Beethoven, Vivaldi, Bach, Strauss, Chopin e Tchaikovsky não são meus contemporâneos.
Se é para distrair minha mente, que não seja com estilos musicais indutores da sofrência, da haste, dos males do intestino e do corona vírus. Todavia, que seja com grandeza de conteúdo cognitivo."
Thiago Oliveira TSO

Os ouvidos podem escutar Mozart.
Os olhos podem ler Camões.
As bocas podem provar os Croissants.
E os pobres cotovelos, sempre com suas dores.

Inserida por guifleury

MOZART MOSTRA QUE O MELHOR EPITÁFIO É CONSTRUÍDO DURANTE TODA A VIDA COM O TALENTO
DESENVOLVIDO PELA PESSOA.
1791/12/5 - Morre em Viena o compositor Wolfgang Amadeo Mozart. Ele é enterrado em uma vala comum, devido a sua pobreza, sem lápide ou marca que o identifique. Duzentos e vinte e três anos após sua morte, está mais vivo que nunca.

Inserida por OswaldoWendell

Por instantes fito o vago, como se escutasse uma bela música de Mozart vinda nem sei de onde...

Inserida por jvmendes

Mozart é o meu compositor, emoção não me faltará.

Inserida por JessLemos

Mulheres sempre foram a fraqueza e a fortaleza de Mozart, e esta sempre foi a insegurança de Amanda. Então ela resolve investiga-lo, usando cabelos ruivos e trajes totalmente diferente dos quais a Amanda loira usava. Numa manhã de domingo como era de costume Mozart passar por ali, uma linda moça que estava sentada num banco de praça chama a sua atenção. E os dois puseram a conversar, Amanda fita Mozart mas, ( Tenho compromisso com uma mulher maravilhosa e não a traio por nada neste mundo), em resposta, Mozart ao pegar a sua garrafinha d'água se despedindo daquela bela dona.
Quando Mozart chega em casa, se depara com uma bela morena, era Amanda. Entendendo Mozart que poderia amar várias mulheres sendo que só se completaria amando apenas uma.
Então ele a passou à alcunha-la de Amanda Chuva.

⁠Um dia o último retrato de Rembrandt e o último compasso de Mozart terão deixado de ser - embora possivelmente uma tela colorida e uma folha de anotações permaneçam - porque o último olho e o último ouvido acessível à sua mensagem terão desaparecido.

Inserida por FJE2010

⁠o que ela faz da vida? Ela cultiva flores cuida de animais de rua ouve Mozart e pratica meditação...

Inserida por RoMacedo

⁠ARCHITETTO: ANDREA PIRLO E SEUS 44 ANOS DE “BLACK TIE”

Professore, Maestro ou Mozart, o eterno meio-campista italiano, sempre jogando "de terno", completa mais um ano de vida neste 19 de maio

Seu uniforme é Black Tie, dizem que joga de terno
Apelidado de Architetto, Andrea Pirlo no Milan é eterno
Talentoso com a bola nos pés, sua batuta é a chuteira
Construtor de jogadas, na produção do vinho é a videira

A orquestra toda gira em torno de seu ritmo
Seu toque de elegância torna o problema em algoritmo
Maestro da banda de Brescia, passou por Inter e Reggina
Mas em busca da sintonia, tornou-se rossoneri com gana

Andrea Pirlo: Architetto de uma geração

De alma rubro-negra, poeticamente não era católico
Por mais que seja do Panteão dos craques, é diabólico
Suas cobranças de faltas tinham o apelido de maledetta
A famosa batida folha seca tornou-se uma arte do “capeta”

Com toques curtos refinados e lançamentos com harmonia
Arquitetou diversas filarmônicas, mantendo sempre a sintonia
Decerto, na melodia da Azzurra, foi o regente da orquestra
Assim, na final da Copa do Mundo de 2006, a Itália terminou em festa

Com exímio controle de bola, era a redonda que corria
Organizando, afinando os músicos, mas sempre com maestria
Visão de jogo apurada, chutes com crueldade e passes com perfeição
Era o toque da alvorada colocando intensidade no meio-campo da composição

Um gênio da arquitetura: Pirlinho

Made in Italy, estudou um brasileiro como plano cartesiano
Traçou um ponto em comum e tornou-se virtuose em bolas paradas, como Juninho Pernambucano
Dessa forma, Pirlo tornou-se Pirlinho, um italiano com traços tupiniquins
É como se Arturo Toscanini fosse um pouco João Carlos Martins

Os Bianconeris se renderam ao seu adágio com pensamento presto
Por fim, o Tio Sam requisitou a poesia de um Hefesto
E o fogo deste Diavolo Milanista incendiou todo o planeta
Conquistando toda a Terra ou, de forma poética, a destruindo como um cometa

Inserida por Avipen

A verdade é o ponto de vista de cada um.

A mulher foi o segundo erro de Deus.

Nunca ouviram falar do louco que acendia uma lanterna em pleno dia e
desatava a correr pela praça pública gritando sem cessar: “Procuro Deus! Procuro
Deus!” Mas como havia ali muitos daqueles que não acreditam em Deus, o seu
grito provocou grande riso. “Ter-se-á perdido como uma criança” dizia um. “Estará
escondido?” Terá medo de nós? Terá embarcado? Terá emigrado?” Assim gritavam
e riam todos ao mesmo tempo. O louco saltou no meio deles e trespassou-os com
o olhar. “Para onde foi Deus?” Exclamou, é o que lhes vou dizer. Matamo-lo...
vocês e eu! Somos nós, nós todos, que somos seus assassinos! Mas como fizemos
isso? Como conseguimos isso? Como conseguimos esvaziar o mar? Quem nos deu
uma esponja para apagar o horizonte inteiro? Que fizemos quando desprendemos
a corrente que ligava esta terra ao sol? Para onde vai ela agora? Para onde vamos
nós próprios? Longe de todos os sóis? Não estaremos incessantemente a cair? Para
adiante, para trás, para o lado, para todos os lados? Haverá ainda um acima, um
abaixo? Não estaremos errando através de um vazio infinito? Não sentiremos na
face o sopro do vazio? Não fará mais frio? Não aparecem sempre noites? Não será
preciso acender os candeeiros logo de manhã? Não ouvimos ainda nada do barulho
que fazem os coveiros que enterram Deus? Ainda não sentimos nada da
decomposição divina... ? Os deuses também se decompõem! Deus morreu! Deus
continua morto! E fomos nós que o matamos! Como haveremos de nos consolar,
nós, assassinos entre os assassinos! O que o mundo possui de mais sagrado e de
mais poderoso até hoje sangrou sob o nosso punhal. Quem nos há de limpar desde
sangue? Que água nos poderá lavar? Que expiações, que jogo sagrado seremos
forçados a inventar? A grandeza deste ato é demasiado grande para nós. Não será
preciso que nós próprios nos tornemos deuses para, simplesmente, parecermos
dignos dela? Nunca houve ação mais grandiosa e, quaisquer que sejam, aqueles
que poderão nascer depois de nós pertencerão, por causa dela, a uma história mais
elevada do que, até aqui, nunca o foi qualquer história.

"O amamos no outro é o desejo e não o desejado, por isso quando acaba o desejo acaba o amor".
(No livro de Irvin D. Yalom - "Quando Nietzsche chorou"- diálogo entre o personagem "Nietzsche" o "Dr. Breuer").