Pensadores Alemães

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..."Se Cristo não ressuscitou da morte, então nossa fé é vã." - E num piscar de olhos transformou-se o evangelho na mais desprezível promessa irrealizável, na vergonhosa doutrina da imortalidade pessoal... O próprio Paulo pregara-a como recompensa!...

A esperança intensa é um estimulante da vida muito mais forte do que qualquer felicidade isolada que realmente se concretize. É preciso manter os sofredores em pé mediante uma esperança que não possa ser contradita por nenhuma realidade.

Contra a soberba

Não se encha de ar: senão basta
Uma alfinetada para o estourar.

Friedrich Nietzsche
A Gaia Ciência

“O cinismo é a única forma sob a qual as almas torpes tocam de leve no que se chama sinceridade. ”

Encontrar amor em quem se ama deveria desenganar realmente aquele que ama acerca do objeto amado.

Uma era de felicidade simplesmente não é possível porque as pessoas querem apenas desejá-la, mas não possuí-la, e cada indivíduo aprende durante os seus bons tempos a de facto rezar por inquietações e desconforto. O destino do homem está projetado para momentos felizes — toda a vida os têm —, mas não para eras felizes. Estas, porém, permanecerão fixadas na imaginação humana como ‘o que está além das montanhas’, como um legado de nossos ancestrais: pois o conceito de uma era de felicidade foi sem dúvida adquirido nos tempos primordiais, a partir da condição em que, depois de um esforço violento na caça e na guerra, o homem se entrega ao repouso, estica os membros e sente as asas do sono roçando a sua pele. Será uma falsa conclusão se, na trilha dessa remota e familiar experiência, o homem imaginar que, após eras inteiras de labor e inquietação, ele poderá usufruir, de modo correspondente, daquela condição de felicidade intensa e prolongada.

Friedrich Nietzsche
Humano, Demasiado Humano. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

O amor deseja, o medo evita. Por causa disso não podemos ser amados e reverenciados pela mesma pessoa, não no mesmo período de tempo, pelo menos. Pois quem reverencia reconhece o poder, isto é, o teme: seu estado é de medo-respeito. Mas o amor não reconhece nenhum poder, nada que separe, distinga, sobreponha ou submeta. E, como ele não reverencia, pessoas ávidas de reverência resistem aberta ou secretamente a serem amadas.

⁠Pessoas que rapidamente pegam fogo se esfriam depressa, sendo então de pouca confiança.

Friedrich Nietzsche
Humano, Demasiado Humano. São Paulo: Cia das Letras, 2000.

"... Fazer amor é se vingar de todas as
coisas que o derrotaram na vida...!"

Puseste nessas paixões o teu objetivo mais elevado; então passaram a ser tuas virtudes e alegrias.

Paga-se mal a um mestre quando se continua sempre a ser apenas o aluno.

Sentimos ódio por quem devassa nossos segredos e nos flagra com sentimentos meigos. O que precisamos no momento não é simpatia, mas recuperar nosso poder sobre nossas próprias emoções.

⁠Mesmo a conversa com um amigo só produzirá bons frutos de conhecimento quando ambos pensarem apenas na questão e esquecerem que são amigos.

Friedrich Nietzsche
Humano, Demasiado Humano. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

O homem é o animal mais cruel.

Se os cônjuges não morassem juntos, os bons casamentos seriam mais frequentes.

Friedrich Nietzsche
100 aforismos sobre o amor e a morte. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

Essas dores podem ser bastante penosas: mas sem dores não é possível tornar-se guia e educador da humanidade; e coitado daquele que quisesse sê-lo e não mais tivesse essa pura consciência.

" Os grandes eventos não são nossas horas mais ruidosas, mas nossos instantes mais silenciosos."

Os povos são muito enganados porque sempre buscam um enganador, isto é, um vinho estimulante para os seus sentidos.

Aquele que luta com monstros deve acautelar-se para não tornar-se também um monstro.

Friedrich Nietzsche
Além do bem e do mal. São Paulo: Companhia de Bolso, 2005.

⁠Os homens mais inteligentes, sendo os mais fortes, encontram sua felicidade onde outros encontrariam apenas desastre.

Friedrich Nietzsche
O anticristo e ditirambos de Dionísio. São Paulo: Companhia de Bolso, 2016.