Penhasco
Se você quiser o céu, não pode ter medo de saltar do penhasco; existem vôos perfeitos sem asas, e asas perfeitas, que não se permitem voar (...).
Às vezes pior do que cair de qualquer penhasco, é descer do próprio ego.
E mesmo assim, tem gente que espatifa inteiro sem ter chance de voltar a vida.
Eu sei que se eu me jogar desse penhasco não haverá asas batendo para me manter no ar, mas eu queria saber a sensação de se sentir levemente livre.
— Lua Kalt (deliberar).
estava em um penhasco, caindo... Somente uma mão me segurava , então minha mão começou a escorregar, olhei pra baixo e percebi que ia morrer , então gritei! Não me solte por favor! ,. Mas sem do nem piedade, senti quando a mão aos poucos foi me soltando... Foi rápido de mais, mas uma eternidade pra mim , alguns segundos... Eu só conseguia pensar e questionar, como alguém tem coragem meu deus ? Justamente quem eu confiava e acreditava!. Então acabei caindo.
Mas se pudesse escolher entre quem ficou e quem morreu, escolho ser quem confiou no assassino.
(PERFUME)
A um passo do penhasco
Levei seu perfume em um frasco
Se um dia você me largar
Os anjos virão me buscar
Pois lá
É mais fácil de suportar
A falta que faz
Não ter seu perfume para acalmar.
Liberdade é sentir o vento no penhasco. Arrepiar os cabelos e aconchegar o coração. Trazer à tona de mim a vontade de voar nas asas de uma gaivota, planar no céu e abraçar as nuvens.
amar você
foi como me jogar de um penhasco
e ainda estar vivo,
foi como eu estar tendo um dia perfeito
e ter uma notícia horrível
no final do dia.
amar você
é como andar no escuro
sem uma sequer direção, sem enxergar nada.
amar você
foi como me suicidar
e mesmo assim, viver.
me matei pra te entender,
e você viveu
para me esquecer.
as vezes sinto a sua falta
falta de nós
e as vezes fico na dúvida, se eu te espero
ou se te esqueço
"mas olha bem pra você, como eu vou me esquecer de você?"
e o que nós éramos?
éramos duas pessoas confusas tentando nos preencher,
οu
éramos duas pessoas tentando se amar?
é tão confuso se dizer
o certo,
aliás...
você pensa em mim igual eu penso em você?
tantas perguntas sem respostas... mas, algumas respostas estão no silêncio de suas palavras não ditas
e sentimentos não demonstrados
e mesmo assim, eu ainda amo você.
seus olhos fixos no vazio do penhasco, cinzas minhas ao vento
a porta do seu coração se abrirá ao contemplar a busca
tardiamente lerá em cinzas de escritos de palavras rotas
meu Amor ofuscado pelo seu olhar que dele se desviou e desistiu..
Interlúdio — Com O Amor
No penhasco da solidão
Eu te vejo partir sem olhar pra trás
Levando contigo o meu coração
E deixando em mim um vazio sem paz
Eu grito teu nome na imensidão
Mas só o vento me responde com frieza
Eu choro as lágrimas da desilusão
Mas só a chuva me acompanha com tristeza
Eu tento seguir em frente sem você
Mas só o tempo me mostra a dureza
Eu busco um sentido pra viver
Mas só a vida me oferece a incerteza
No penhasco da solidão
Eu te espero voltar pra me abraçar
Trazendo contigo o meu perdão
E me dando uma chance de recomeçar
Penhasco
No alto do penhasco,
A solidão me abraça.
O vento frio corta
A minha pele machucada.
Olho para o mar,
E vejo a vida passar.
As ondas quebram na pedra,
E o som é como um lamento.
Lembro das pessoas que amei,
E que agora se foram.
Lembro dos sonhos que tive,
E que se desfizeram.
Sinto-me sozinho e perdido,
Como um barco à deriva.
Não sei para onde ir,
Ou o que fazer da minha vida.
O penhasco é o meu refúgio,
O meu lugar de tristeza.
É aqui que eu choro,
E que choro a minha vida.
Quão alto o homem consegue cair do penhasco e encontrar uma coisa boa no final? Eis que surge o cético dentre todos os consumados; e quanto ele consegue se manter questionando até se dar conta de que a verdade é algo que ele manteve escondido dentro da ilusão achando que encontraria algo bom no final do penhasco?
Calafetado Poema
Os cílios cerrados do agudo penhasco
derramam lágrimas de vento e granizo
no terreno arborizado dos cinco sentidos
antes do combate entre a fecunda existência
e a íntima e persistente irrealidade.
O declive inalterável das horas abana os dias
onde os vagos versos caídos no calafetado poema
não dizem uma sílaba: escorrem as dores mudas do Amor.
No leito fundo do meu coração de carne
Navega, à bolina, a intrépida canção da sereia.
Parecia abismo,queda livre de um penhasco,abri os olhos e vi que a vida estava me ensinando a voar.
A vida não é tão justa para todos nós. Alguns passa a vida inteira em estradas não pavimentadas, enquanto alguns correm a toda velocidade apenas para chegar à beira de um penhasco.
Vivo o sim.
O sim à magia do amor.
O sim à calmaria e às tempestades.
O sim aos risos bobos, ao frio na barriga.
Vivo o sim que brilha nos nossos olhos.
O sim das mãos entrelaçadas, o sim apertado dos seus abraços, o sim do gosto dos seus beijos.
O sim do ritmo dos nossos corpos.
O sim das lembranças.
O sim de uma vida inteira, que coube em um único dia.
Mas...
Viveria o sim por muitos dias.
O sim ao estremecimento da alma.
O sim ao timbre da sua voz.
O sim ao som das suas risadas.
O sim ao aconchego do seu peito,
O sim aos sonhos despertos.
O sim à liberdade do nosso amor, que voa mais alto.
Viveria o sim...
do início ao fim.
E, sim...
eu pularia do alto de um penhasco, no escuro.
É… eu sou bruta mesmo. Parece que quanto mais dói mais eu ando, cortaram-me as asas e mesmo assim eu todos os dias subo a colina com a esperança de conseguir voar.