Pegar
"Confesso que meu pensamento já me fez viajar em ideias quase loucas,tenho vontade de pegar uma mochila, pôr nas costas e sair pelo mundo,conhecendo cada pedaço que for possível andar."
Eu podia entrar no meu carro, ou pegar um táxi, ou mofar num ônibus, ou ser maluca o suficiente para ir a pé até a casa dele. Podia levar minhas malas com todas as minhas coisas, ou uma mochila com uma muda de roupa, ou uma bolsa pra ele me levar pra sair ou só minha carteira de identidade pra não andar desprevenida. Podia chegar lá e pular no colo dele, ou podia rasgar a camisa dele e jogá-lo na cama, ou podia dar um beijão gostoso, ou podia ir pra lá só pra ver um filme e ficar de conchinha na cama matando a minha carência.
Veja bem, meu bem, eu podia fazer tudo isso, mas não quero.
Eu. Não. Quero.
Ainda existe um carinho, claro. Eu o quero bem assim como ele também me quer bem. Ainda existe uma história, claro. Mesmo que tenha sido terminada, ela nunca vai deixar de ser a minha história com ele. Ainda existe um desejo da parte dele para que eu volte, claro. Ele faz questão de me mostrar isso e deixar a porta aberta. Mas aí, eu te pergunto: o que eu fiz com tudo isso? Nada.
Eu podia mentir pra você e ir lá passar uma noite com ele. Matava minha vontade que só aumenta porque você não apaga meu fogo. Enquanto você se decide se vai ficar de raivinha pelo meu passado ou se vai aproveitar o que tem nas mãos, minha carência aumenta (eu já falei que tô carente, né?). E sim, estou nas suas mãos. Por mais que diga que me dei pela metade, pese todas as possibilidades que eu te apresentei. Eu podia fazer tanta coisa que te magoasse e terminasse com as nossas chances…
Só que não existe mais possibilidade da minha vida amorosa não ser ao seu lado.
Estou, antes de tudo, dando uma chance para nós dois. Chance de me pegar pela mão e me fazer feliz. Chance de amarmos de novo. Chance de sermos mais do que uma história, mas o presente do outro. O que não deu certo, passou – mesmo você insistindo em olhar pra mim e enxergá-lo.
Aliás, já enjoei disso.
Eu podia ficar até amanhã aqui explicando o quanto eu quero ser feliz contigo. Eu podia, mas vou me calar. Abre os olhos. Eu estou aqui. É só você querer enxergar.
Eu. Quero. Nós. Dois.
(Gustavo Lacombe)
Não adianta voce querer segurar o passado e pegar o futuro... não!... Use o que DEUS da... o PRESENTE!
Vou pegar o último trem
mas aqui não tem mais maria fumaça
só na língua, mesmo assim...
é uma língua que querem matar
&
enterrar entre o que restou dos mourões carcomidos
ferros retorcidos
eis ai...
toda nossa dor lusitana.
Não me deixe escorregar por entre os dedos como areias... Talvez você não consiga me pegar novamente...
Dormi pouco de ontem para hoje. Consegui pegar no sono por volta das 09h da manhã e acordei às 15h, assustado. Passei a noite me perguntando em que momento deixei de ser o que eu era ou o que eu julgava ser. À beira dos 23, não me pego tendo sonhos e nem planos como a grande maioria. Nada acontece. Nenhuma faísca de esperança se acende diante dos meus olhos que ainda latejam de uma noite insone. Tomei três taças de vinho e uma dose de conhaque e continuei a escrever algumas coisas enquanto escutava uma coletânea de poemas do Vinícius de Moraes recitados por ele mesmo. Me entreguei completamente ao momento. Não sentia meu corpo, meus lábios. Nada. Dei início a uma série de indagações ao meu Eu e me perguntava: 'em que momento deixei perder-se a vontade de visitar Portugal? E aquele sonho de me formar, casar, ter filhos?'. Mais uma vez senti como se metade de mim tivesse partido junto com todos esses sonhos melancólicos e tão previsíveis. Às vezes surge uma vontade desconhecida de visitar um parque, um amigo ou de conhecer alguém, mas de alguma maneira, sinto-me completamente inútil para isso. Nada surge. Nenhuma estrela no céu cinzento, nenhuma brisa de outono. Nada. E é isso que tem me deixado assim. Essa falta de acontecimento junto à minha comodidade.
Quarenta e tantos anos
e ainda consigo pegar rodovias internas
sem que ninguém perceba.
Guiando no limite,
vagando entre dois mundos,
entre o lúdico e o tédio,
entre a boca e os dentes,
entre o chão e o amor.
Às vezes fechando os olhos,
às vezes dias sem dormir,
às vezes o copiloto de lá
vira o piloto de cá
e eu tenho que mandar o de cá pra lá
para assegurar não deixar perder a linha que faço de estrada
e que me garante
o caminho de volta à sanidade.
Porque é isso que é uma linha muito,
mas muito fina,
e há quarenta e tantos anos
eu tenho medo de me perder dela
e me perder aqui dentro,
porque sei que não teria volta
e aqui fora seria um caos,
minha casca acabaria jogada num beco qualquer,
numa prisão ou num hospício,
por ter me perdido
abusando da mais perigosa das drogas,
a droga de querer estar fora do alcance
do mundo, das pessoas,
dessa vida áspera
e em um lugar seguro onde conheça tudo
e nada possa me atingir.
E é por isso que
há quarenta e tantos anos
enquanto me gritam ou mandam enumerar papéis,
viver sem respirar,
correr pra pagar as contas,
acreditar nos homens, nos bancos e nos juros
ou aprender fórmulas,
ao invés de pegar uma estaca
e enfiar entre seus olhos
para que me façam sombra em um dia de sol,
apenas sorrio e agradeço,
pois enquanto minha boca estica até as orelhas
meu piloto de fora
é mais uma vez copiloto aqui dentro
e estamos sumindo na estrada
fazendo toda essa dor maldita virar poeira.
2017
Amor real Amor
Sobre esse novelo de fios dourados,
passo os dedos, na tentativa de pegar
fio por fio, na intenção de os enrolar
à minha volta, e neles me tornar um
prisioneiro.
O meu rosto deslizo nessa pele suave
e branca, com dois pontos verdes, e dois
lábios de um rosa suave, onde a boca
passo para melhor os sentir.
Minhas mãos passeiam pelo resto dessa pele,
passando por pontos altos, quentes e macios.
Escorrego por duas coxas, longas roliças e
fartas, e entre elas o céu feito de dois
lábios diferentes.
Passeio por ti meu sonho, encanto que quero
junto a mim.
Foges com medo que te engane, difícil será
de isto acontecer, não vejo ninguém tão doce
e linda, seda de mulher, deixa nesses fios me
me enrolar, e nessa teia linda me perder.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Falam que somos loucos!
Por pegar nossas motos e querer sentir o vento no rosto essa liberdade, que nos faz sentir vivos como se não tivesse nada entre eu e ela.
So o mundo inteiro a cada estrada, cada curva, cada emoção, muitos não sabem o que é isso é nunca vão saber essa louca e mais pura sensação de ter asas em duas rodas. Se esse tipo de vida e ser louco. Sim nos somos loucos, somos motociclistas.
Nível de sorte: correr para pegar o elevador, a porta se fechar, e pela ordem desesperadoramente crescente dos andares, você acompanhar o cara da cobertura chegar em casa.
A vida sempre te ofertará com escolhas. É pegar ou largar. Entrar ou sair. Abraçar ou soltar. Embarcar ou ficar. Lutar ou desistir. Viver ou morrer. A decisão sempre estará em suas mãos.
Às vezes a vida nos obriga a dar um passo atrás, não para perder. Mas para pegar aquele tão preciso impulso que nos motiva a seguir avante
Sei que não posso ti dar riquezas, muito menos um castelo, confesso tentei pegar as estelas, mas não deu. Uma certeza posso ti dar; que é a simplicidade da minha companhia para o resto de nossas vidas. Te amo.
Sentir seu coração acelerar em ouvir um nome, aquelas famosas borboletas no estômago, e se pegar pensando a horas e uma só pessoa, Sim! Sintomas de Amor.
Criatividade é pegar todos os padrões, jogar no lixo e fazer tudo diferente, fugindo da mediocridade!
E pensando no passado,eu me recordei das vezes que dizia que o que eu mais queria era poder pegar minha carteira de habilitação,deixar o ensino básico e seguir para a faculdade,dizia que queria ter um emprego,que queria viajar e entrar em festas e baladas e me embebedaria e não me importaria com o mundo,ah como eu era ingênuo,se aquela criança soubesse o peso que essas palavras tinham.
Quer dizer que você tem personalidade?
me conte como é ir para SP passar uma semana
e pegar o sotaque paulista.