Pegadas
As minhas pegadas pelo caminho
eu poderia apagar
Porque sei por onde andei
Se precisar ou dar de querer voltar.
Mas deixo todas bem destacadas
Pro caso de alguém precisar me achar
Porque nenhuma porta fechei
E nenhuma hei de fechar.
Antes de seguir as pegadas visto no caminho, verifiquei pra onde segue, ou ambos estarão perdidos nas pagadas do caminho.
Tô caminhando neste estrada sinto que caminha comigo não a vejo, teus passos tuas pegadas marcaram o chão, olho em frente a poeira desenha o teu rosto posso te vê, não a vejo do meu lado teus passos ficaram desenhados juntos aos meus.
Corra muito vá para um distante longir apaga as pegadas deixa que os farejadores desenha o caminho que você foi.
Anotações de ideias
As marcas do seu ser estão por todos os lugares.
Como pegadas, marcam meus olhos e meus caminhos.
Apesar de seguir por outras trilhas,
Por paragens que a vida me oferece e me conduz,
Vislumbro seu cheiro em cada livro aberto,
Em cada pensamento do passado que me surge.
BOAS OBRAS
As boas obras são o interruptor que acende a luz no nosso interior.
in Pegadas do Tempo
Sempre estarão ocultas as pegadas daquele que ajudou o irmão;
Sempre estará acesa a chama vivificadora da gratidão;
É necessário fazer da caridade uma preciosa missão.
Ao usar um candeeiro para iluminar seu caminho na vasta escuridão do anoitecer, suas pegadas jamais permanecerão ocultas com o raiar do sol
Piso como uma criança, porque a vida é curta demais para se ter cautela.
Piso como uma guerreira, pois ninguém vai marchar por mim se eu não o fizer antes.
Piso como uma mulher, para que meus saltos sejam o primeiro palco das minhas virtudes.
Piso como uma peregrina, para que o “lá” seja sempre uma deliciosa caminhada.
Optei andar descalço pra ver com mais clareza meus passos ao chão. Marcas de sapatos variados iriam me deixar confuso sem saber a minha real direção. Minhas pegadas tem fixação e o caminho delas uma direção onde poucos geralmente vão.
Facas Filadeiras
Estou sobre pontas de facas
A orgia dum tempo
apaga meus
espaços.
Nas pegadas de minhas lembranças
pontas movediças
trituram
meus ossos.
No lastimar das ações
mãos retesadas charqueiam
minha língua de fogo.
Na parada da brisa
firo-me em cacos de vidros
querendo arrancar de mim
velhas amarras.
Ah! Equilíbrio Biolouco!
Que, em todo caminho,
por menor que seja,
eu tenha a grandeza
de valorizar
as flores tocadas
por minhas mãos
e as marcas deixadas
por meus pés...