Pedras
Na caminhada da vida, aprendemos que, mesmo que não seja fácil, a jornada. Deus está sempre ao seu lado. Nos tropeços que surgirem, pois, serão vários desafios diários. Nos dias floridos, pois, sua caminhada não terá só pedras, haverá flores também. A caminhada da vida é assim, vai depender de como você vai lidar, focar nos tropeços ou nas flores.🦋🦋🦋
Minha vida se acomoda entre estas pedras...
E o que faço de mim é o que me fica...
Mal de amar nesse lugar de imperfeição...
Onde a lua chora junto as estrelas...
Sua solidão...
Livre como o vento e repetido...
Que Deus se lembre do meu nome...
Que o látego não me seja o castigo...
Vivo a vincos de ouro a minha vida...
Entre o luar e as folhagens...
Tenho febre e escrevo...
Revelando em poucas linhas...
Meus segredos...
Não é serenidade pelas ruas o que vejo...
Tudo em mim é desejo...
Sentir tudo de todas as maneiras...
Dizer verdades entre brincadeiras...
No mistério da vida a cavalgar...
Aprendendo na espera o inesperado...
No espaço...
No tempo...
Um menino homem...
Apenas querendo ser mais amado...
Sandro Paschoal Nogueira
Deixe-me seguir, sou rio em corredeira entre as pedras,
busco o mar tão distante que espera-me para um diálogo barulhento,
canção de espumas brancas em busca da liberdade e da paz
Ah! O poeta...
Há pedras no caminho.
O poeta olha pra elas com carinho.
Há nas rosas espinhos.
O poeta as ignora... se as machucam, ele não chora.
O poeta bebe o néctar da brisa.
Sente a melodia das ondas do mar.
Respira no meio da multidão o mais puro e limpo ar.
Ele tem a veia sensível, afetuosa.
Lapida o nada.
No gris da vida ele vê um mar de rosas.
Selva de pedras, iluminada por luzes artificiais, mas banhada por uma vida pulsante, a chuva emocionante que cai sobre ela, na preciosa serenidade da noite, trazendo-lhe uma personalidade mais equilibrada, causando um frescor à rotina, um rico afago à alma, um ponto de vista benquisto, que afasta o desânimo com um encanto simples e muito significativo.
É por se acharem importantes demais, que vejo normalmente pessoas reclamando da felicidade e vendo defeitos na perfeição; Esses não contemplam mais o sol, não sentem mais o vento em seus cabelos, não ouvem mais os pássaros. São vazios, frios, brutos como as pedras. Pesados como elas.
Ah quisera eu que as pedras não fossem mudas...
Que no fundo dos copos encontrasse as verdades...
Que as palavras fossem de fácil entendimento...
E que os amores não fossem desfeitos...
Quisera eu que meus pés descalços não fugissem...
Do tempo que a tudo destrói e forma fuligens...
Que as ilusões não se desfolhassem...
Que os sonhos não perdessem as virtudes...
E que amando só conhecessemos as verdades...
Às vezes uma dor nos desespera...
E a verdade nos engana...
Então o desalento clama...
E a vida queremos que encerre...
Então para que nunca nada se perca...
O desejo cultivamos mesmo amargo e rude...
E diante das auroras que se avizinham...
Para que o sonho viva de certezas...
Para que o tempo da paixão não mude...
Por bem vos quero...
E morro despedido...
Na esperança de um vão contentamento...
Em saber que nem tudo está perdido...
Sandro Paschoal Nogueira
"Jamais devolva as pedras que lhe atiram. Antes, recolha-as, examina-as e com elas constrói teu castelo. Logo, aquele que lhas atira terá ao redor de si um abismo e tú, por sua vez, terá construído uma fortaleza"
Caminho de Pedras
Há contemplação de um amplo caminho
Há apatia, Há Melhor direção
Tem intensidade, busca navegar de diferentes formas
Há horrores de demasias dores
Perspectiva extensão dinâmica
Rascunhos tortos de quem busca acertar
Abraça a singularidade do ser
Na busca de um Caminho melhor.
E no meio do caminho encontrei muita névoa e pedras...
mas também... flores e encantos.
E encontrei muitas flores e encantos no meio do caminho cheio de névoa e pedras...
@MiriamDaCosta
@miriamdacostamiry
Minha vida se acomoda entre essas pedras...
Aos meus suspiros, que deitando vou...
Dá-me o vento de feição...
Flor de ventura...
Que amor me entregou...
A sede e o vinho onde tudo se esquece...
Me fazem mergulhar no fundo do sonho...
Esse que sou...
Silêncio de grito suspenso... Labirinto desfeito...
Ah como são belas – bem o sei, essas pedras...
Tais quais nos céus as estrelas...
Todas caladas...
Mas tanto amor por elas...
Sonhos meus, suaves sonhos...
Melhores do que a verdade...
Num palácio de ouro...
São elas minhas confidentes...
Meu maior tesouro...
Por vezes quando o tempo passa...
Em horas dentro de mim...
Passa um nada meio acontecido...
Uma saudade que não tem mais fim...
Na penumbra de minha casa...
Escondido sob o luar...
Na artéria estendida do silêncio...
No vão do patamar do tempo...
A procurar...
Pressupondo um olhar para trás...
Por tudo o que eu vi e sei...
No curso veloz da vida...
Corri, subi e voei...
Agora grito...
Para rasgar os risos que me cercam...
Insensatos...
Não me servem de consolo...
Tolos...
Inúteis...
Pueris...
Fartam-me até as coisas que não tive...
Fartam-me com tudo o que sonhei...
Fartam-me o tanto que desejei...
Outrora escalar os céus, imaginei...
Tudo era igual...
E tudo me ruiu...
E entrei abandonado na esperança...
Entreguei -me a ela e ela me possuiu ...
Em combustão secreta...
Ao silêncio me abri...
Hoje entre as pedras procuro...
Aquilo que perdi...
Não paro...
E se necessário volto atrás...
Quantas vezes necessárias forem...
Até reencontrar...
O que nunca esqueci...
Dizem todos que é loucura...
Bem isso eu sei...
E muito ouço e muito já ouvi...
Tenho um caminho marcado...
E se agora não encontro...
Vou procurar no passado...
Revolvendo as cinzas...
Até descobrir...
Sandro Paschoal Nogueira
Pedras da Labuta
No palco da vida, os contrastes se entrelaçam,
Onde uns têm praias e outros, a labuta sem parar.
Choro e fome afligem os humildes,
Enquanto fama joga prata ao vento no ar.
Tempo impiedoso no ambiente ruge,
Escurecendo lembranças na memória,
O calor arde, o dragão voraz.
Partimos repentinamente,
Sem delongas, seguimos em frente,
O passado não mais nos satisfaz.
Ser feliz é sonho a alcançar,
Sorrir e cantar é a essência a buscar,
Mil invenções borbulham em nossa mente,
Mas é quando a poesia se arrebenta,
Que as pedras, enfim, revelam seu canto apaixonado.
Neste mundo diverso, desigual,
Paisagem que oscila entre luz e sombra,
A música dos destinos ecoa, sem igual.
Quem é próspero vive à beira-mar,
Mas quem labuta sem ter lar.
Quem não chora, passa fome a penar,
Mas quem tem fama, joga prata no ar.
O tempo, implacável, impõe suas marcas,
Nos desafios, construímos nossa história,
Caminhamos sem parar, em busca do lugar
Onde a felicidade vem nos abraçar.
Com sorrisos e canções a acompanhar,
Criamos o verso, a prosa, a melodia no ar,
E quando a poesia ressoa e se liberta,
São as pedras que cantam, enfim, com alma inquieta.
É com o deslanchar de terra da ampulheta do tempo, que percebemos na caminhada da vida, a triagem de carregar pedras e cascalhos e trocamos por aquelas que refletem luz e tem valor.
Quem dirá que valor elas tem, se não a mesma que as carrega, só o próprio ourives sentimental poderá quantificar seu preço e seu pesar.
Há aqueles que por pouco as deixe cair, mas com lastima se desesperam a procura, há aqueles que preferem fingir que as não viu e optam por seguir seu caminho.
Carrega, pois então, com afinco o que lhe é caro é mesmo que por muito não as troque com um mercador vil
Que as águas passem,
Que a terra seja levada,
Que as folhas sejam carregadas,
Que as pétalas deslizem junto... mas que as pedras, ao rolarem, se lapidem o suficiente, para assim continuarem existindo...
Assim deve ser o amor.
Não deixe as águas da vida extinguiram as pedras...
(Silvia Iop - 11/05/2011)