Pedra nos Rins
O HOMEM E O CASTELO
Um homem paciente começou devagarinho a colocar uma pedra em cima da outra, no começo ninguém dava nada para aquele homem, nem tinham curiosidade do que ele estava fazendo com tantas pedras, mas ele continuava amontoando e encaixando as pedras, logo sei projeto começou a criar forma e tamanho, a notícia saiu por toda parte, olha o que se faz, o que será isso?
As paredes se ergueram, como era grande aquela estrutura e depois de muitos anos, um lindos castelo, todos invejavam a complexidade e textura, não havia em todo o mundo algo tão incrível, pessoas viam de todos os lugares do mundo, até pagavam para entrar no castelo e não era barato.
O homem enriqueceu muitíssimo, ninguém havia feito algo tão incrível, entrevistado pelas pessoas ele dizia: em um mundo tão agitado, pessoas buscam soluções rápidas, negócios e projetos que logo lhe dão lucro e retorno, mas esquecem que da mesma forma que ele conseguiu aquilo outro qualquer também consegue, mas um projeto, seja qual for, que necessite de tempo para ser concluído e muita paciência, poucos acompanharam a velocidade e logo desistiram, então você que não desistiu se torna o único rei do seu castelo.
Reflita!
09/05/18
Coração de pedra
Pedras perpetuam-se
e, em sua passividade, rolam
transformam-se
mudam de histórias
mas nunca perdem sua essência...
e o homem
com seu coração de pedra
tem inversa sua trajetória
e de inglória em inglória
em sua mortal existência
transforma o mundo
promove guerras
vêm pestes, fome...
no escuro
de sua parca consciência
e em sua operosidade
desmata e mata a terra
e a si destrói...
“Me deram a pedra eu fiz o fogo, me deram o ferro eu fiz a espada, me deram as águas eu à naveguei, me deram o ouro eu transformei em poder, me deram a crença eu lutei por ela, me deram um irmão eu o escravizei, me deram direitos, eu fiz uma sociedade, e por fim me deram o conhecimento e ainda não sei usá-lo.”
Eu carrego cada pedra em que eu tropeço durante a minha caminhada! Pedras estas que uso para construir a ponte que me leva até ao sucesso.
cuidado !!! a mesma pedra, que você atira para julgar é a mesma que pode te fazer tropeçar possivelmente lá na frente.
pulchrum oculis
Que saibam todos quantos forem capazes de ouvir
Não há pedra que me impeça de te ter
Devaneio que te afaste de mim
Ou palavra que não possas ouvir
Cada sorriso teu é sopro em brasa que arde
Uma palavra perfeita está mais oculta do que a pedra verde; pode, no entanto, encontrar-se junto das servas que trabalham na mó?
Segundo a palavra,
A regra é de lei
O templo é de pedra
A casa é do rei
A água é sagrada,
A salvo do mundo
O tempo é escasso
Em cada segundo.
A DIVERGÊNCIA DO MILAGRE
No instante certo o milagre acontece
Bruta pedra vira algodão
Deus mostra toda sua face
Quando o sangue da mulher desce
No choro do menino não há disfarce
Todo pecado vira perdão
Mas, o decurso do tempo vive-se de incoerência.
A morte da vida externa toda sua contradição:
“No sepultamento a divergência,
do extintivo vivo num caixão”.
Amanheceu, na selva de pedra e o rugir do leão ecoa em cada ser, individualmente, ironicamente ninguém escuta. Os leões da selva de pedra gritam mais que qualquer outro, gritam forte. Um bramir imaculado, gritam por liberdade, gritam para dentro dando voz ao interior. E nesse ritmo a selva de pedra cria em cada um o seu mundo particular, e o leão (preso, não cabe na selva, não cabe no mundo) ainda quer se libertar!
Coração de pedra hoje decidiu sangrar...
Em meio as ventanias do dia que quer me levar.
As tempestades se aproximam, acredito que não vou suportar.
O meu coração de pedra, hoje decidiu sangrar...
Não foi somente a pedra que derrubou o gigante Golias.
Davi estava cheio do Espírito, se quiser derrubar gigantes, seja cheio de Deus.
O poeta é refugio...
Que através do versar, toma o teto de vidro como escudo de pedra.
E nas falas discretas, muitas vezes incertas, conta histórias concretas, da abstrata noção.
E a poesia? É razão! Do sentido a vontade...
Mas também é ressalva de perder o milagre.
É fingir a verdade, na mentira que foge.
Só pensando:
Tropecei.
Nao, não tinha pedra no caminho e nem casca de banana pelo chão.
Tropecei na minha passada.
Queria os dois pés adiante,
não queria nenhum pé atrás.
Corri mais do que devia
querendo alcançar
bem mais do que conseguiria.
Mas eu achava que podia: tolice minha.
Bom mesmo é caminhar a passo lento
Sentindo, no rosto, o vento.
"De qualquer forma o vento continua a soprar"
Ter a certeza da infinitude de tudo:
das coisas que não sabemos de onde vêm e, muito menos ainda, "a onde" é que vão dar.
Confiar, serenos, que o que tem de ser,
sempre será; o que foi tirado de César,
pra César retornará.
Eu tô de pé.
Eu tô de bem com a vida!
Eu sou de bem com a vida!