Pedra
"SOU TUA A TUA"
Sou uma mulher que ama e sente desejos
Não sou feita de pedra, tenho defeitos
E os meus pensamentos não são como as estações
Gosto de sentir o pleno desejo de viver, de amar
Não sou feita de regras que a sociedade exige
Amo quem me ama, com sentimentos na alma
Tu sabes que sou a lua e o sol no teu olhar
Sou o vento a tempestade a tocar nos teus lábios
Sou o amor assolapado a invadir teu coração
Somente o tempo que não passa como eu gostaria
Que passasse e as lembranças ficam para sempre
No compasso do passo, do meu sentir
Sou a tua mulher que te ama e sente desejos
No céu azul morri por falta de vida,
nunca tentei sorrir pois quando acordei
mundo é uma pedra fria...Nas profundezas...
senti a morte dos melhores sonhos...
me deixei me levar por momentos,
que sejam obscuros nas centelhas da vida,
minha face é pura como de anjo caído,
não tente sorrir o céu azul ate chover,
minhas lagrimas estão num espaço vazio...
tentei viver entre essas pessoas mais nunca consegui,
meu olhar vazio se perdeu nas profundezas...
como uma gota do meu sangue me da prazer...
deixo noite cair no esquecimento,
mesmo consumido nas minhas perdições...
sinto desespero de estar mais uma vez em vicio...
respiro minhas aspirações...Dentro dos piores mares
desconhecidos por muitos nas esquinas da vida.
tudo segredos são surpresas de delicias carnais...
na escuridão derramo cada vontade em poesias famintas.
simbologia mais doce tem a sacanagem nunca entenderá,
como musica tem tons que tocam sua alma...
no reino da escuridão seus olhos se acendem
num clamor faminto de desejo se alimente dos poemas,
esqueça que vida feita de sangue,não deixamos um rio
de lagrimas nas perversões são todas minhas...
na calada da noite deixo um ar de mistério
perdido minha lembranças jogas no tempo.
PEDRA DO NAVIO
Profª Lourdes Duarte
Grande pedra repousando sobre outro bloco rochoso,
Mas precisamente um afloramento granítico imperial
Esculpida pelo tempo ou por um Deus supremo
Erguida, das rochas, surgiu uma Nau.
Ora singela, ora rústica, ora imponente,
Aos olhos de quem a contempla ou a admira,
Pedra do navio hoje é seu nome,
Beleza única no cenário turístico do Bom jardim.
Contrasta com o verde dos seus arredores
Debaixo de um céu azul, anil
Pedra do Navio, ou Nau de pedra
És bela como nunca se viu.
Uma lenda bem antiga fala de um mar bravio
Que em um naufrágio, uma princesa ali morreu
O mar secou, a princesa encantou
E a rocha ali se ergueu.
Lendas são lendas, histórias e fantasias
Mas o que se tem de verdade e é atrativo de Pernambuco,
Uma linda pedra, com o formato de uma nau
Embelezando os verdes campos de Bom Jardim,
Minha Terra Natal!
Recorde os sentimentos,
recorde os dias
Onde meu coração de pedra
quebrava
Meu amor fugiu
Com estes momentos eu
soube que eu seria uma
outra pessoa
No pátio vários gritos ecoavam pela grande fortaleza de pedra. Alguns ferreiros batiam nos ferros incandescentes fazendo o tipico som repetitivo de metal com metal que para os guerreiros há de ser um gênero musical.
Os guardas andavam para lá e para cá em cima da muralha fazendo suas armaduras tilintarem, completando a canção como um instrumento de fundo.
Cavalos relinchavam de hora em hora, impacientes.
Havia também mulheres, As que acalmavam os homens de forma generosa e cara e as guerreiras que recebiam olhares mal encarados de brutamontes por suas ascensões no exército.
Rurik, observando tudo por uma janela retangular de pedra, se retirou e seguiu caminho para um cômodo da realeza. Sua armadura, embora fosse de um metal extremamente brilhante e raro, fazia o mesmo som que a dos soldados no pátio.
Bateu na pesada porta de madeira com a mão direita e com a esquerda ficou segurando seu capacete encostado na cintura onde ficava sua espada cheia de títulos.
Alguém lá dentro gritou para entrar.
- Meu lorde - disse Rurik, prolongando o "lorde". Um homem alto de cabelos pretos, quase grisalhos, e com a armadura mais ornamentada do Reino estava atrás de um espelho fazendo alguma prece - seu exército está pronto.
O lorde pareceu fazer uma última prece.
- Mande soar as trombetas.
Escrevi "saudade" numa pedra, e atirei-a como quem voa.
Vi cair-me na cabeça, e senti como a saudade magoa.
Sufoco em ar contaminado da tua ausência descomunal.
E derramo mil tristeza como um derrame cerebral.
A vida é uma pedra mais preciosa.
Quando se está feliz...
Ame e seja forte! Sempre escute seu coração idealize os sonhos,
Busque um amor verdadeiro e deixe fluir os momentos mais felizes, Porque a vida está passando e termina em segundos.
"Você é uma grande joia, não dá para colocar um valor nesta pedra de tão cara. Você é um diamante esculpido, lapidado por Deus."
Thiane
Eu sei que é complicado vestir um sorriso quando se está cheio de dúvidas, seu coração virou pedra de tanto gelo que provou.
A pedra e a estrela da esquina lunar
Ouvi os anjos cantarem
Nas mansões celestiais.
E tocaram o amor
Em harpas tão solenes
Envolvendo todo o universo
Numa celebração da existência.
E no cume da montanha celeste,
Contemplou-se o menino Deus sentado
Riscando uma estrela sobre
Uma pedra.
E do pó das estrelas
Nasceu o encantamento.
E sobre as nuvens,
Lá vai o menino
Fazer arte lá na lua.
Empina pipa a noite,
Caça vaga-lumes de dia,
Desde cedo brinca de impossível.
Amarra as cordas do balanço nas estrelas
E pega impulso na ponta dos pés sobre a lua.
Reembaralha a ordem das estrelas,
Seus vaga-lumes inalcançáveis
Aos homens lá embaixo.
E olhando o céu brilhante,
Mal imagina o homem
Ser Jesus brincando
Nas esquinas perto da lua.
Uma pedra não é imaginária. Visível, concreta. Como tal, nada tem de religioso.
Mas no momento em que alguém lhe dá o nome de altar, ela passa a ser circundada de
uma aura misteriosa, e os olhos da fé podem vislumbrar conexões invisíveis que a
ligam ao mundo da graça divina. E ali se fazem orações e se oferecem sacrifícios.
Pão, como qualquer pão, vinho, como qualquer vinho. Poderiam ser usados
numa refeição ou orgia: materiais profanos, inteiramente. Deles não sobe
nenhum odor sagrado. E as palavras são pronunciadas: "Este é o meu corpo, este é
o meu sangue. . ." — e os objetos visíveis adquirem uma dimensão nova, e passam a
ser sinais de realidades invisíveis.
De Pedra a Pedra
Toco na pedra, inicio a corrida com largas passadas. Tento enxergar meu objetivo, no final da praia, a outra pedra que à distância o meu toque espera. A bruma do mar e a atmosfera aquecida distorcem a visão. Não enxergo o final mas isso não importa pois a pedra me espera. O coração acelera, o corpo se prepara e me acostumo ao ritmo. Tenho para escolher o caminho onde a areia é dura ou fôfa, escolho a variação dos dois, conciliando a vontade do coração com a dos pés. À beira d'água, num vai e vem água fria refresca minhas pernas e me dá impressão de maior velocidade. Pequenos peixinhos cruzam meu caminho, me distraem, me divertem. Os pés começam a sentir a dureza do impacto, mudo o rumo procuro a areia fôfa. Os pés agradecem mas o coração reclama, encontro então um caminho não tão fofo que atende o coração. Mais afrente uma nova situação, o terreno inclinado submete a prova a minha coluna. Arrisco seguir na inclinação, mas a coluna berra pedindo atenção. Atendo o pedido, mudo a direção, parto para uma região plana, onde a areia muito fofa sacrifica o coração que novamente reclama, mas agora não dou atenção, sei que é valente e assim vou em frente. A água já não parece mais fria, sinto morna e gostosa, dá vontade de um mergulho. Penso na pedra que lá me espera e num mergulho de finalização onde a satisfação será tanto maior quanto maior for o meu cansaço. Decido esperar o final da corrida, para aí sim, curtir um mergulho como um prêmio perfeito. Já avisto a pedra com maior clareza, vou tocá-la, alcançando-a sem esmorecer, nem mesmo quando próxima. Consumo o tempo com cada passada, me aproximo de todos os objetivos de minha vida e isso é fato, pois tudo que nela alcançarei dependerá do consumo desse tempo. Sigo ofegante e as dores se destacam, a areia abrasiva arranha meus pés, os calcanhares sentem o piso duro, o caminho fôfo sobrecarrega as panturrilhas que sentem pequenas pontadas sinalizando a exaustão muscular. Percebo que estou no momento que será definido se sou fraco ou forte. Isso é muito forte, então o ritmo não esmoreço e até aumento, por breve tempo, mostrando a mim mesmo do que sou capaz, volto ao ritmo, sigo em frente. Agora a pedra está próxima, preciso chegar, a exaustão me consome, penso na física, sou engenheiro, otimizo os movimentos, não desperdiço energia. Agora não há como falhar, a pedra está muito próxima, aperto ritmo, penso no toque sem o qual parecerá que nada terá sido feito, um simples toque, mas não um raspado, como se tudo na vida fosse alcançado, já penso no prêmio, vou conseguir, faltam cerca de sete metros, já fiz isso em um só pulo quando atleta....ora! como penso nisso agora? Estou chegando... chegando...toquei...cheguei!!!!!! Grito ofegante e parto para o prêmio. De pedra a pedra, vivo assim.
Roberto Morand
É, o universo, um recurso ou um pensamento?
A natureza, como o silêncio de uma pedra falando ao nosso íntimo, invencível, sem compaixão, da qual divergimos num esforço de dominarmos nossa condição, deixa-se obedecer sob o domínio do sonho do homem.
... Pedra preciosa...
... Quando traduzimos em palavras nossa beleza interna, ditas com sentimentos puros e que não enganam a si mesmo, não podemos dá-la ao acaso sem estimar seu verdadeiro valor, pois no ouvinte pode ser apenas um acaso, mas quem fala é seu tesouro cedido; então, para quem devemos apresentar essa pedra preciosa? Sendo ela quem acalenta nosso interior e expõe nosso templo interno; pois digno há de ser quem recebe nossos conhecimentos e sentimentos, fazendo jus desta relíquia àqueles reais merecedores... sivi-2016...
A diferença não está na pedra ou em seu tamanho, mas na atitude que tomamos quando estamos diante dela.