Pedra
Sempre haverá uma amoreira no meio do caminho, apesar da pedra, para reabastecermos o desejo e a esperança do amor perfeito; verdadeiro; eterno... Sem amorragia.
O Pó
Um pedaço de terra, dura feito pedra
Um liquído viscoso, feito chorume, fétido, forte e repulsivo.
Uma vida de abnegações, porém, cheia de sonhos.
Um corpo inerte.
Pela morte? Talvez, alguns diriam.
Sombra que assombra, luz que não alumia, alma fugidia.
Passado em vida a mexer loucamente as águas que teimavam
em não se misturarem; dum lado óleo, doutro, água. A vida por um giro, até a exaustão!
Parou. Assim que deixou, cada um foi para o lado que lhe cabia.
Uma subiu, pesada e leve. A outra, leve mas pesada, foi ao fundo.
Finalmente, cada uma estava em seu lugar por direito.
Pesada é a pedra, e a areia também; mas a ira do insensato é mais pesada do que elas ambas.
Provérbios 27 : 03
Mesmo Que nunca amou ninguém, não pense que seu coração é de pedra. Pois você recebeu amor de quem o ama e lá deixou armazenado.
Sentado sobre uma pedra, na praia deserta da solidão. Noto um barquinho surgindo nas calmas águas de meu mar. Como seu porto seguro ele atracou deixando-me a companhia de uma princesa. Tornando minha praia um horizonte de prosperidade e amor.
E caminhar por pensamentos,
você se vê tão só,
busca em memórias momentos,
coração de pedra virou pó
ainda posso te escutar dizer,
que era pura diversão,
está dificil esquecer
procura sua história numa canção.
Ai tanto caminho andado
Ai tanto caminho andado
Tanto tempo
Tanto fado
Tanta pedra no meu prado
Tanta cinza
Nas minhas nuvens de Maio
Ai tanto caminho andado
Em silêncio
Em agonia
Antes de ter-te a meu lado
A partilhar o telhado
Na minha terra bravia
Ai tanto caminho andado
Na monda dos meus trigais
Sede de Agosto e papoilas
Água fresca
Céu aberto
Riso aceso
E a tua boca tão perto
EXPIAÇÃO
A tua memória nasce como a água,
e corre pela pedra monótona da vida.
Só as folhas que te tocam não sabem:
tu és só distância longa, sem medida.
E tudo que vai por ti, não tem destino.
Apenas bruma beijar-te-á, minha criança.
E tudo que te ama, conhece do teu fado...
(Só eu que ainda te tenho na esperança).
Sou um poeta feito de pedra, tive meu coração arrancado por uma feiticeira, para que não mais pudesse amar, em meus olhos já não há mais brilho, e quando olho os pássaros cantando e o arco-íris de cores das mais diversas flores, não vejo nada, apenas um espaço vazio, mas na verdade o verdadeiro vazio não está no que vejo, mas sim dentro de mim, tudo que vejo, é um reflexo de minha alma. Já não mais sinto dor, frio, saudade nem mesmo o amor.
A feiticeira que roubara meu coração, sem saber deixou um feitiço; se um dia eu a beijasse, teria meu coração de volta, enquanto isso, não posso amar ninguém, pois fiquei cegado pelo feitiço.
Agora estou aqui, diante de você... minha feiticeira! Tu roubaste meu coração. Tudo que quero de você é um beijo... quem sabe com este beijo você possa ter não somente meu coração, mas ter eu todinho só pra você, para sempre... ou pelo menos o quanto durar o feitiço do amor.
Coisas que a gente guarda dentro do coração,
escreve na pedra para nunca mais apagar,
as lágrimas de nossa mãe,a amizade pura da infância,
o sim dito no altar,e a pureza beleza de um lar,
não se pode deixar de lembrar,
nem fica perdidas no ar,
permanecem gravadas para sempre dentro da gente...
Há outras coisas que a gente nem deve nem lembrar,
escreve na areia para o vento apagar,
as pedras da acusação que queriam jogar na mulher,
mas jesus agachado ao chão,ensinava essa grande lição,
o ódio do seu inimigo,de quem quer te prejudicar,
escreve na areia e deixa o vento levar.
Escreve na areia e deixa o vento levar,
o passado já é ontem,é verdade,
ninguém pode te impedir,
de viver ,amar e sorrir,
cuida do seu coração,
amanhã tudo passará,
escreve na areia e deixa o vento apagar...
A pedra não é tão dura que a água não possa reduzi-la a fragmentos, nem tão pouco nenhum coração é tão frio que não possa ser aquecido com um sorriso.
POETA CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE E A PEDRA...
Dia desses, andava displicentemente pelo caminho:
- O mesmo que, um dia, o poeta Carlos Drumond,
entre uma pedra e outra, também passou!
Foi, então, que notei uma pedra no meio do caminho
e sem querer desviar-me de meu trajeto...
Por alguns instantes, sobre está mesma pedra
me assentei, para um pequeno momento de reflexão.
Nunca me esquecerei dessa experiência,
do dia em que por esse caminho também passei.
Apesar de ter em minha mente a imagem do poeta
que algum dia, por ali, distraidamente caminhava...
Confesso que a imagem da pedra no meio do caminho,
além de despertar a minha curiosidade,
é também uma cena e acontecimento,
que jamais esquecerei.
Uma pedra pode ser um lindo presente ou uma arma se o portador fizer uso de acordo com sua índole. Esculpa uma pedra se tiver amor a arte. Use como peso de papel se tiver amor aos papéis. Atire na cabeça de alguém se você for um meliante.