Pedra
Sentado sob uma pedra, ele olha o rio majestoso [Tapajós], com suas curvas e maravilhas, e fica pensando na vida. Carregando uma dúvida desde criança que aperta o peito desde sempre. E percebendo tudo que o envolta, todos os dias repetitivos, todo o tempo que passara [e passam] nos olhos tão rapidamente, parecendo o hoje que o abarca, ele ver várias reflexões...
- Qual a finalidade de tudo isso? Bilhões de pessoas que existiram, outras que ainda carregam seus caminhos para um aquém nada absoluto. E ele lá, observando o tempo passar a sua frente. O rio fazendo sua trajetória, sua rotatividade, como se fosse amaldiçoado para isso. No inverno, correntezas destrinchando vidas, no verão, águas quentes, sem sombras para aqueles que procuram relvas...
A pretensão dele desde crianças [adolescente] era a felicidade. Sem demagogia, mas já o conseguiu. Era conquistar um emprego dos sonhos, mas já o tem! Bens necessários, mas já alcançou! Ter um amontoados de diplomas, mas já os conquistou! Ele acha difícil acordar todos os dias sabendo que o que queria já fora conquistado. Procura-se uma razão, mas ela perdeu-se e com certeza, alguém irá encontrá-la em outros rios...
O sol começa a aparecer e ele pensa: - dei bastante amor, acredito que já amei também, não sei ao certo. Hoje, nesse momento, estou insípido, incrédulo e com o coração vazio. Não quero pessoas por perto. Quero ficar aqui, observando o voo das garças, ouvindo o cantar dos pássaros que hoje, não me sustentam mais os ouvidos. Que meus filhos reescrevam suas histórias, sem retóricas, apenas vivendo com esperança nos olhos, sem importar-se para os rios que, de quando em vez, aparecem sem bater a porta...
--- Risomar Sírley da Silva ---
O professor é aquele profissional lapidário que transforma pedra bruta em diamante; nos ensina a desenvolver habilidades, amabilidade, gentileza, cordialidade, tudo com amor à profissão; nos ensina a ser lhano; nos projeta para o mundo, nos ensina a ser educado, respeitoso e atencioso. Sem dúvidas, é um legítimo promotor das transformações sociais.
Naquela pedra eu tropecei,xinguei e logo em seguida agradeci,pois aprendi que nesta pedra não tropeço mais.
Senhor, ensina-me a render-lhe o canto dos anjos,
Talha a pedra do meu coração,
Lapida o âmago do meu ser!
Pois se eu não me transformar, triste serei...
Dê-me sabedoria para que tu te alegres em mim
E em tua alegria eu encontre força!
Mais um gole, um pino, mesclado
Um comprimido, a pedra, um trago
É tanta dor que viver é um sacrifício
Minha busca por prazer se tornou vício
- Fissura
No dia que derrubarmos nossos ídolos de carne e pedra, certamente o Senhor reinara entre nós. Bem melhor é ser guiado pelo que se assenta sobre as nuvens e governa toda a existência.
Logo no início do curso, a academia nos ensina que a imparcialidade é a pedra de toque da jurisdição, art. 8º do Código de Ética da Magistratura. A isenção é a certeza da justiça. Assim, quando a política ideológica adentra nos portais do palácio, a justiça sai pelas portas dos fundos e a injustiça permanece nos plenários.
Da pedra ao digital, do fogo ao espaço, cada passo moldou a jornada evolutiva da humanidade, persistindo e redefinindo nosso destino coletivo.
Conto: O sequestro
Preciso ser sequestrada desta selva de pedra.
Os dias cinzentos e caóticos da cidade grande enfim estavam chegando ao fim para Kayra. A correria constante, o barulho ensurdecedor dos carros e a falta de natureza ao seu redor estavam começando a sufocá-la. Ela sentia um desejo profundo de fugir, de se desconectar de toda aquela loucura urbana e se reconectar com a natureza, com ela mesma.
Foi então que Kayra decidiu que precisava ser sequestrada. Mas não um sequestro comum, feito por criminosos ou por necessidade de resgate. Ela queria ser sequestrada por algo maior, por algo que a libertasse da selva de pedra que a envolvia. Queria ser sequestrada por um lugar de paz, de beleza e de tranquilidade.
Para isso, ela estabeleceu alguns requisitos para o seu sequestro. Queria ser levada para um lugar de natureza exuberante, com árvores centenárias, flores coloridas e aromas silvestres que enchessem seus sentidos de alegria. Queria ouvir o canto dos pássaros e o som suave das águas correntes de um rio cristalino. Queria dormir em uma rede na varanda, sentindo a brisa fresca acariciar sua pele enquanto ela se entregava aos sonhos mais doces.
Kayra queria vestir trajes simples, feitos de materiais naturais, que a conectassem com a terra e com o universo ao seu redor. Queria saborear um café da manhã com frutas colhidas no pomar, almoçar e jantar com alimentos frescos e saudáveis da horta cultivada ali mesmo. Queria se alimentar não apenas o corpo, mas também a alma, nutrindo-se da simplicidade e da pureza da natureza.
E durante as noites, Kayra queria serenatas ao luar, com canções suaves e românticas tocando em seu coração. Queria sentir o encantamento da noite, a magia do momento, e ter seus lábios beijados suavemente por quem a sequestrasse. Queria se entregar ao amor, à paixão, à beleza que só a natureza poderia proporcionar.
E assim, Kayra se viu sendo sequestrada da selva de pedra, levada para um refúgio de paz e harmonia, onde podia finalmente respirar fundo, sentir-se viva e em paz consigo mesma. Ali, entre as árvores centenárias, as flores coloridas e os rios cristalinos, ela encontrou a liberdade que tanto buscava, a felicidade que tanto almejava.
E naquele lugar mágico, Kayra descobriu que o verdadeiro sequestro não era feito por mãos criminosas, mas sim pelo desejo profundo de se entregar à natureza, de se reconectar com sua essência, de se libertar das amarras da vida urbana. Ali, ela encontrou o seu lugar de pertencimento, o seu refúgio de paz e amor, onde finalmente podia ser quem realmente era.
E assim, entre as árvores centenárias, as flores coloridas e os rios cristalinos, Kayra viveu feliz para sempre, sequestrada pela beleza e pela magia da natureza, sequestrada por sua própria vontade de ser livre. Porque, afinal, o verdadeiro sequestro é aquele que nos liberta, que nos faz sentir vivos, que nos faz amar a vida como nunca antes. Kayra encontrou seu verdadeiro sequestro, e nele encontrou a si mesma.
"A história de Pedro nos lembra que somos como 'fragmentos' de pedra, esculpidos nas areias da fragilidade humana."
"Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura" ditado popular.
Muitas vezes é melhor usar a técnica da raposa. A raposa passando embaixo de uma parreira de uva, olhou pra cima e avistou muitos caixos de uva ao ponto de DEGUSTA-LOS, pulou a primeira, segunda, ..na oitava vez, JÁ EXAUSTA, sem conseguir disse: NÃO VALE A PENA ESTÃO VERDES e foi embora.