Pedido de desculpas para professor
Que o caminho da cura pode ser a doença, que o caminho do perdão às vezes é a sentença.
Não esqueçais que o verdadeiro perdão se reconhece pelos atos, muito mais que pelas palavras.
Desculpas não justificam erros. Perdão não é amnésia. Não há borracha para palavras ditas. Não se passa corretivo em gestos. Amor não tem remetente. Não há correio para o ódio.
O perdão é maior do que a justiça, ele cabe onde a justiça não seria suficiente. É possível ser justo com alguma pessoa, sem perdoá-la.
Eu te peço perdão por te amar de repente.
Nota: Trecho de poema de Vinicius de Moraes.
Estou em construção, desculpe o transtorno. Eu pedi perdão por sentir medo porque não estou pronto. Não me justifico. Ainda não me entendo tanto. Sabe, faço questão de reconstruir toda a nossa história pra que nas entrelinhas você entenda que te amo tanto.
Sabe, olho pra frente e caminho nessa estrada que escolhi. O passado faz parte de mim, não ando sozinho, as lembranças têm o poder de preencher as ausências. Elas me dão essa graça de te levar comigo. Não rasgo nenhuma folha. Meu livro de vida tem você dentro, em muitas páginas, nos rabiscos, na frente, nas prosas nos cantos, nas melodias... se por um tempo se perdeu a gente perdeu a harmonia. Se as notas escritas erradas retardaram as certezas, hoje a leitura é feita cm clareza. O amor é uma lente que permite ver detalhes. Por isso nosso livro tem música, tem notas, tem pessoas, tem corações partidos e partituras!
O Perdão
Um céu sem estrelas,
tudo nublado diante a olhos tristes.
O mar não tem mais o entusiasmo como outrora,
quando se sentava na orla e podia ouvir o quebrar das ondas.
O som do vento atingindo seu rosto,
e os raios a iluminar a escuridão da noite.
Como fotografias de infinitos momentos,
o relógio o prepara para mais uma pergunta.
Como um banco vazio no fim de tarde,
apenas um coração solitário e ninguém a entende-lo.
Um mente marcada por embates e escolhas,
cicatrizes e feridas não tratadas.
Sentindo as águas turvas do mar,
correr entre os vãos de seus dedos.
Os grãos de areia têm uma história triste ou feliz,
mas ficam a esperar por um novo nascer do sol.
Quando as lágrimas,
escorrem friamente pela pele inerte a tanta solidão,
desespera-se a ter uma resposta imediata do tempo.
Gritando em meio ao silêncio para seu coração.
Como um simples trovoar,
uma fina garoa acorda sua alma e o mostra sua verdade,
sua busca.
Tudo o que procurou não foi uma explicação do passado,
mas um sentimento maior do que o próprio amor.
Resgatar o amor em meio a mágoa, o perdão em meio ao ressentimento, a alegria em meio a dor. Coisas que só um Deus que habita em nós pode fazer.
Honestidade, amor e perdão
As palavras de Cristo estão relacionadas à paz interior. Relacionamentos honestos reproduzem os dogmas pregados pelos sermões de nossa própria alma, de dentro para fora. É certo, porém, que através do contato com os outros, desvendamos verdades outrora invisíveis, que a princípio, são dogmas, mas não devem nortear nossas vidas. Os dogmas que exigem da gente um desgaste excessivo de energia e tempo para compreendê-los e praticá-los, não devem se tornar nossos mestres. Amor e perdão são os ensinamentos básicos de Jesus, e, certamente, falar deles não é tão simples. Praticá-los também não é tarefa simples. Perdoar é algo tão abstrato que só podemos sentir, por mais que se diga e se abrace o algoz. Acredito que a paz das pessoas está relacionada muito ao ato de perdoar os algozes do passado, sendo a partir daí, que se deve ocorrer a expulsão dos demônios de nossas mentes. O perdão não quer dizer que o algoz deva fazer parte novamente de nossas vidas, do nosso cotidiano. É honesto que os afastemos, os algozes, desde que assim o seja com o amor pregado por Jesus e não a partir de atos estúpidos requintados de humilhação. Os demônios são espertos, e só se vão quando são expostos na berlinda do nosso coração.