Pedagogia da Autonomia
Até a sagrada palavra e a sabedoria de Deus chega a humanidade, por livros. Distante da educação, não há salvação.
Uma gestão escolar eficiente deve ser sensível às observações do seu contexto para identificar, exaltar e tornar padrão as boas práticas pedagógicas de sua equipe, bem como a excelência apresentada discreta e cotidianamente por seus alunos.
As crianças já nascem conhecendo o mundo com particular intimidade. Elas apenas procuram, ao tatear as coisas à sua volta, ora engantinhando, ora mal se pondo em pé. Ocorre, por uma infelicidade da natureza humana, que elas têm contato com os adultos e... sua inocência se perde.
A cultura de um povo, deve perpetuar para que não se esqueçam de sua própria história e importância. Inclui-la na educação de suas crianças, garante que essa história não se perca em meio ao "novo", que muitas vezes, sufoca e extermina a identidade cultural dessas pessoas.
Ser professor é uma maneira sublime de proporcionar aos seus alunos a oportunidade de evolução pessoal provendo a manutenção da vida. É desbravar e iluminar caminhos para a passagem das gerações atuais e das que herdarão esse mundo.
A diferença entre disciplinar e punir.
A maioria dos pais não sabe a diferença entre disciplinar ou punir seus filhos. Disciplinar é diferente de punir. Infelizmente por não saberem a diferença, acabam pecando ou pela falta de disciplina ou por aplicação constante de punição.
Conhecer essa diferença entre essas duas estruturas é fundamental para que filhos possam se tornar emocionalmente fortes.
Disciplina vem do Latim, disciplina, “instrução, conhecimento, matéria a ser ensinada”. E esta deriva de discipulus, “aluno, aquele que aprende”, do verbo discere, “aprender”. Mais tarde ela assumiu o significado de “manutenção da ordem, atendimento às regras”.
Punição vem do Latim, PUNIRE, “infligir pena em alguém”, de POENA, “pena, castigo”.
Punição é fazer as crianças sofrerem por terem cometido erros. Já a disciplina tem como objetivo, ensinar os filhos a fazerem melhor no futuro, e respeitar regras, isso sim educa para uma melhor ação.
Ao educador cabe a função de construir pontes. Pontes entre o educando e o conhecimento.
Somos eternos mediadores do livre processo de ensino e aprendizagem.
Todos aqueles que estiverem fadados a ler algum livro para ganharem alguma recompensa em troca nunca, repito, nunca serão como aqueles que leem pois se interessam. No primeiro caso, é visado a recompensa. No segundo caso, a sabedoria que o livro tem para proporcionar.
A construção do pensamento crítico deve ser estimulada através da pluralidade de ensino, de modo que o aluno seja alcançado em condições de assimilação desta habilidade.
“Meraki” é a palavra que egípcios e gregos usavam para dizer “colocar a alma no que faz”. E reparem que não tem a ver com grandes feitos, quantidade ou mesmo ter dado certo. Tem a ver com a ENTREGA genuína, tem a ver com o amor na tentativa, com o tesão num sonho. Me lembra muito Bukowski quando escreve “se apaixone verdadeiramente por algo e deixe isso te matar”.
Se acontecer de eu morrer e não ter conseguido ensinar nada aos meus alunos, se tudo que falei for esquecido ou tornar-se ultrapassado, que eu seja então lembrado como o mais apaixonado dos fracassados...
A Inclusão do sujeito especial tomou tamanha proporção que se fez termo nas ciências sobre a evolução civilizatória.
Ouvir a construção do pensamento de um aluno diante de um "erro", é uma das atitudes mais generosas que um professor pode ter.
Muitas vezes, para ensinarmos algo, não é suficiente que queiramos, pois é preciso que o outro esteja realmente disposto a aprender.
Nenhuma profissão é inferiorizada quando é registrado o reconhecimento da importância maior da profissão de professor, mas, ao contrário, é confirmada a própria grandeza de todos por não esquecerem como se tornaram insignes profissionais em suas profissões também.