Pedagogia da Autonomia
Soltar das mãos
As mudanças em relação ao sentido da vida muitas vezes causam uma insegurança, dor e medo; seja mudança no sentido natural da vida, a morte, ou seja, a mudança no sentido da vida familiar.
Quando se percebe que os filhos já caminham sozinhos, e que nossas orientações muitas vezes são desnecessárias, isso nos faz sentir uma sensação de vazio. Talvez porque não tenhamos praticado direito, o desapego.
Soltar das mãos é deixar ir, mas isso pode nos deixar com uma sensação esquisita, uma sensação de impotência, mas que se faz necessária.
E quando a vida apresenta um espelho diante de nós, nos causa um descontrole, uma dor, que nos leva a uma profunda reflexão.
E quando retornamos dessa reflexão percebemos que a vida é isso mesmo:
Que em toda chegada existe uma partida;
Que em toda união existe uma separação;
Que em todo crescimento existe um desprendimento;
Que em cada sorriso há uma lágrima;
Que em cada aprovação há uma desaprovação;
Que em cada sucesso há uma perda.
Enfim viver, gera mudanças.
Escravos são forçados a fazer coisas, pessoas livres escolhem o que fazer. Coerção versus coerência resume a diferença entre a falta de liberdade dos escravos e a autonomia das pessoas livres.
ENTENDA QUE:
Não são seus pais, seus antigos relacionamentos, seu trabalho, a economia, o clima, uma discussão ou sua idade que devem ser culpados. VOCÊ, E SOMENTE VOCÊ, é responsável por cada decisão e escolha que faz. Ponto.
Não somos perfeitos o tempo todo, e há situações que não podem ser resolvidas apenas com base no aprendizado contido em manuais. Nessa hora, é você por você mesmo.
A Educação brasileira prioriza investimentos nas ciências sociais em detrimento das ciências exatas e da saúde, resultando em muito discurso, mas pouca evolução tecnológica, empreendedorismo, prosperidade e autonomia financeira do seu povo.
As peças do meu xadrez são rainha, rei, bispo, cavalo e torre... Porque todos os piões tem autonomia para ser a peça que quiser.
Manifesto de Uma Alma Livre
Sempre tão ansiosa a respeito do futuro,
Eu me antecipava, como se pudesse vencer o tempo.
Carreguei expectativas que não eram minhas,
Engoli silêncios,
Tolerei situações e palavras que me desgastavam,
Até perceber que me perder de mim mesma
Era a pior prisão que eu poderia aceitar.
Eu não nasci para competir por atenção,
Nem para provar nada a ninguém.
Minha única missão é superar a mim mesma,
Acordar a cada dia com a vontade urgente de ser mais.
Exploro tudo o que sinto
Porque negar minhas emoções seria negar minha própria natureza.
Sou intensidade, movimento e recomeço.
Se algo me magoa, eu não finjo que não doeu.
Eu sinto, permito queimar,
Mas transformo as cinzas em impulso.
Não guardo mágoas, mas não esqueço histórias.
Lembro-me de cada nome e cada olhar,
Não por rancor,
Mas porque não há aprendizado sem memória.
Eu aprendi a dar um sentido temporário a tudo,
Porque permanência é ilusão.
O que eu amo pode ser eterno dentro de mim,
Mas sei que o mundo está sempre em movimento.
E eu também estou.
Se há algo para melhorar,
Vou encarar sem medo.
Se há algo para deixar para trás,
Vou soltar sem arrependimentos.
Nada me congela, nem a dúvida, nem a razão.
Se tiver que cair, eu caio com coragem.
E se cair, volto com um propósito maior.
Porque viver é experimentar, é sentir, é arriscar.
É construir e destruir se for preciso,
Até encontrar aquilo que faz meu coração vibrar.
Eu sou intensa, sim.
Não fujo de mim mesma.
Exploro o mundo com a mesma coragem
Com que mergulho em meus sentimentos.
E, mesmo sabendo que nada é para sempre,
Continuo a escolher sem medo
Tudo o que me faz sentir viva.
"Lhe entreguei uma parcela generosa de mim,
e parti,
para vê-lo crescer,
florescer,
e sorrir,
com autonomia,
esculpir sua história,
sem me fazer um seu fardo,
mas um exemplo de amor,
meu filho."
Uma pessoa só consegue exercer verdadeiramente a liberdade não somente na escolha do caminho, mas quando consegue autonomia para calçar e amarrar os cadarços dos seus próprios sapatos
Autorresponsabilidade é estar pronto para a prosperidade, o respeito, o receber, o entregar, o cumprir, o agir. Melhorando o mundo que se quer viver.
Nossas instituições ensinam a controlar nossos desejos, ensinando-nos a esperar para falar, comer e expressar emoções, promovendo a heteronomia em detrimento da autonomia.