Pedaço
Um pedaço de mim é nada, o outro é um povoado.
De um lado é Deus e sonha, do outro delira, é o Diabo.
Isto que vês
Isto que vês sou eu,
Nem mais , nem menos
Um pedaço de Ser...
Um traço de humanidade...
Um punhado de riso...
Um montão de sonhos...
Uma cota de loucura...
Um pedaço de doçura...
Com toda minha sinceridade.
Isto que vês, sou eu,
Nem mais, nem menos
As vezes espaço...
As vezes infinito...
As vezes paixão...
As vezes liberdade...
Mas assim, simplesmente assim sou eu.
E tudo que tenho,
Tudo que sou...
Não é muito... mas é tudo.
Escrevi num pedaço de papel o teu nome. Rasguei, queimei. Mas continuava lá. Chorei, gritei… e nunca te foste embora. Tento apegar-me à vida, às pessoas… mas arranjas sempre uma maneira de permaneceres junto a mim, quis fugir… quis até morrer… no entanto, não seria isso que te afastaria de mim. Durante muito tempo acreditei, ou quis acreditar, que a dor que me causavas um dia iria passar. Hoje, e depois de tanto tempo sem me abandonares, pergunto-me se estaria errada. E tu continuas aqui, dentro de mim. Carrego-te comigo, como quem carrega a cruz. A cada dia que passa sinto-me mais pequena em relação a ti. Não sinto que te mereça, nem que me magoes desta forma. Mas tu não pensas assim. Tu precisas de mim como eu preciso de ti. Porque somos iguais! Sem ti sentir-me-ia perdida. Não mais me lembraria do caminho de volta a casa. O caminho que percorro até a ti, onde choro contigo, onde a tristeza me invade e consome a fé e a esperança que me restam. E é nesse lugar pintado a negro que tu ficas comigo, que me dizes baixinho que a minha vida terminou, e me levas para onde a tristeza é a tua fiel companheira, onde reina o arrependimento e a mágoa dos que são como nós. Eu só queria ser capaz de viver sem ti. Que me deixasses amar. Porque eu estou no meu limite. Já não suporto afastar as pessoas de mim pelo medo de que realmente me vejam por dentro. Preciso que o façam e me afastem de ti, mas no fundo acabarás por voltar… e sei também que não me deixarás por muito tempo se eventualmente um dia partires. E no presente, dou por mim a proferir estas palavras com extrema e absoluta certeza, sem no entanto deixar de destacar a contradição que vai de encontro ao oposto que constantemente me assombra, o teu nome no pedaço de papel queimado.
meu avô materno tocava ocarina
um pedaço de barro que soa como um oboé
por mais que tentasse
nunca consegui imitá-lo
tocar ocarina foi meu primeiro de sucessivos fracassos
"Que em cada sonho, em cada pedaço seja encontrado seu todo, e que jamais permita que seus sonhos morram.."
Para ti amor um pedaço do meu céu de nuvens
Das gotas de minha alma e meu beijo
Guarda, pois nele tem meus segredos
Existe muita gente no mundo que é capaz de morrer por um pedaço de pão, mas existe muito mais gente que é capaz de dar a vida por uma migalha de amor.
Mor,
Escuta o som que sai do meu corpo..sente em cada pedaço da minha pele...um ritmo...porque hoje a noite eu quero viajar para qualquer lugar que me enlouqueça...
Faz de cada musculo meu...uma tecla de piano...e deixa me sentir a melodia que tu escolhes...porque agora so consigo imaginar o mapa do teu corpo, na minha cabeça ja tracei a minha rota, ja conheço a minha meta, o meu destino é o teu prazer. Toca-me alto e forte se o desejo te ataca,toca baixinho e suave se o carinho te move...Compõe dentro de mim a melodia que escolheste. Toca-me com a tua alma...Mas toca-me...apenas toca-me...e eu vou te arrastar na minha cama e com a voz rouca vou te falar de coisas loucas...coisas nossas... Quero te ver suar...esta noite é só tu e eu...
Eis aqui um pedaço de mim verdadeiro e sem chefe. Que é pesado e viveu uma linda história de amor consigo mesmo. Chegou um dia a me fazer sentir a vida com a maior intensidade que ela podia e encheu meus olhos de lágrimas que não escorriam, mas os faziam brilhar em prisma.
Quis até desistir uma vez do seu ritmo de bater. Porém não viu razão já que não há um humano culpado sequer para isso. Anseou em pular sozinho. Sem instrutor e equipamentos de segurança. Fez a festa e estourou os balões em solidão plena. Cantando uma marcha bonita e pura repetidamente. Com direito a serpentina e confete. Quase um carnaval no escuro vazio.
O timbre e as principais frases da canção ecoam até hoje. Posso cantá-la se um qualquer da rua pedir. A esmo, ao nada, de graça.
A valsa então acabou. Ficou a baderna de pratos, papéis, copos e fantasia espalhados pelo chão. Mal deu tempo de abaixar o som e como estava sem luz, saiu pisando em tudo. Esbarrou em corações vizinhos sem pedir licença, deixando-os desavisados e doloridos. Desses que juram amor eterno, sabe...Pois é, não tinha saída. E ainda não tem.
Esse dia então justificou a si mesmo por nossa simples existência.
Eu escrevo em um pedaço branco de papel:
como eu gostaria de visitar o futuro, e assim, talvez eu pudesse reavaliar o presente.
Mas como ainda não é possível, hoje eu sei
que nem tudo o que passa é permanente, mas tenho o
poder de escolher o que fica e o que vai, pois
a sabedoria há de crescer e o que levamos da vida é aquilo que guardamos na memória.
Sei que haverá momentos inesquecíveis, e momentos que desejarei esquecer, mas sempre serei grato
por ter vivido todos eles.
Porém o mais importante que aprendi da vida é que é necessário
resistir para que possamos sorrir.
E assim ,no futuro, viverei com tudo que aprendi no presente,
como devo ser, no que devo crer, estar preparado para perder,
mas ter sempre a esperança que irei vencer.
Beijou cada pedaço de Luana como se fossem páginas de um livro, percorreu seus dentes com a língua como se roubasse suas palavras e a penetrou como se pudesse entrar nas histórias e viver lá para sempre.
Mordido
Me falta um pedaço que foi bem mordido por quem não posso culpar.
Lembro-me inteiro e como antes sentia ali onde não faltava.
Não fui surpreendido por aquela malícia.
Sabia dos dentes, do profundo olhar que traga.
Deixei sem interromper. Era vivo; era eu e meu.
Fui aquela parte levado como por alguém que espalhasse minhas palavras nos ouvidos de tantos, nos encontros e apresentações, nas ruas escurecidas que estão poucos a sorrir.
Deixei.
Sou resignificado.
A Parte que foi, deixa o espaço e todo seu passado inviolado.
As linhas preenchidas são mais soltas e vão mais facilmente por todas essas janelas abertas.
Delas não se vê o jardim; se vê lua. Ficou mais frio, mais denso e escuro.
A Parte que foi, deixa o espaço.
Lembro-me inteiro e como antes sentia ali onde estava.
Resignifico meus dedos nessas linhas preenchidas.
Receoso ainda. Mordido. Sem medo atravesso a noite.
Entroso movimentos nas voltas do que vejo e do que foi.
Tão vivo quanto são as charadas e as metáforas que se tornam uma na outra.
Ora com chances, ora sem apelos.
Primeira viajem
Tão bom saber que agora, tenho um pedaço teu dentro de mim. Um pedacinho que,inexplicavelme eu já amo. E muito ! Sem nem mesmo o conhecer. Eu sinto esse pedacinho se mechendo dentro de mim, sinto essa dádiva crescendo aqui, dentro de mim. Isso tudo é tão maravilhoso Deus, saber que nosso amor não cabe mas apenas no coração e está gerando uma vida pra que possamos acumular mais e mais nosso amor nela.
Parei de nos culpar e ao acordar, percebi como é bom cantar pra essa anjo que está dentro de mim. Conversar com esse meu anjinho, esperando que ele responda com um chutinho ou uma mechidinha rs .. É tanto amor que já sinto por essa coisinha pequena. Quero muito te ver. Meu filho, mamãe espero ansiosa a data da sua chegada. Eu te amo.
Eu escrevo porque jamais achei um ser que me compreendesse tão bem quanto um pedaço de papel, e uma simples caneta.
Eu perdi um pedaço no mar. No mar que sou eu, eu me perdi em mim mesma. Estou me sentindo afogada. Afogada em uma coisa que eu não sei o que é, mas quase parece medo. Acontece, que eu não aguento mais remar e desaprendi a nadar. Essa é a coisa mais triste a se fazer, desistir. Mas eu desisto, não suporto mais ter apenas um coração e todo o sentimento do mundo.
Quando se renuncia um amor, deixamos um pedaço da nossa alma sem luz. É como estar numa sala escura e desejar ler um livro…
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