Peculiar
Nunca foi sobre fome, mas sobre paladar.
Um refino sutil, um gosto peculiar.
Um inexplicável e súbito desejo pelo que meus olhos conseguiram naquele dia improvável, capturar.
“É fundamental entender que cada paciente é único, cada rosto é peculiar e cheio de detalhes e proporções que formam uma identidade. Por isso é importante tornar a estética facial mais bela, sem perder a funcionalidade e respeitando as características de cada paciente, para que se mantenha a naturalidade e harmonia facial junto ao resultado do procedimento, sempre valorizando a beleza individual.” Dra. Layssa Andressa.
UMA ESCURIDÃO PECULIAR, EM MEIO AO SEU OLHAR
Em seu olhar quero me
Entorpecer
Até do meu ser eu me esquecer
Olhos escuros, profundos
Olhos bonitos, que eu via com clareza até
Cegar minha visão
Em tamanha perfeição
Nas ondas de seu cabelo
Quero surfar
Até eu me afogar
Nadar, nadar em
Seu bendito
Mar
E poder te amar
E poder amar-te.
Como desejo te amar, e ao mesmo tempo te consumir de um jeito tão peculiar e insano que perturba minha mente, de tanto prazer.
"Percebo que estou lutando contra um vício peculiar, no qual ser uma inspiração para os outros é minha droga, pois temo que qualquer falha transforme-me em um monstro."
Não é peculiar que seu coração
Cultive apenas tristeza
Mais uma vez
E a brisa ensolarada não brilhará
Até que você veja
O sentido da vida
- Tales of Ember & Vishap - The Meaning of Life
Pior que ser inimigo de Deus, é ser amigo.
Jocoso, mas peculiar!
Até porque o sarrafo vai ser estilhaçado em cada lombo impiedosamente.
No panorama contemporâneo, observa-se uma tendência peculiar entre algumas mulheres modernas, cuja adesão ao movimento feminista as conduz a uma jornada solitária e isolada.
Num mundo que testemunha o avanço dos ideais igualitários, paradoxalmente, algumas delas encontram-se à deriva, à margem de relações significativas.
Este fenômeno, embora multifacetado, parece enraizar-se na complexa interseção entre a busca pela independência e os construtos sociais tradicionais que ainda permeiam as relações interpessoais.
Essas mulheres, empoderadas pela busca da equidade de gênero, muitas vezes enfrentam uma desconcertante sensação de solidão, refletindo não apenas a luta por seus direitos, mas também o desafio de reconciliar suas aspirações individuais com as expectativas sociais arraigadas.
Nesse cenário, o preço da independência pode, por vezes, revelar-se a solidão, um tributo inesperado à coragem de desafiar convenções. Assim, enquanto o feminismo impulsiona o avanço rumo à igualdade, também incita uma profunda reflexão sobre os matizes da liberdade e os custos emocionais associados à sua conquista.
Ela não tem asas
Mesmo assim, sabe voar
Ela desfila no céu de brigadeiro
Com seu gosto peculiar
Ela... adoça meu paladar
Ela dispensa roteiro
O caminho do próprio corpo
Faz o meu se excitar
Feito queda, um vôo profundo
Tão livre, desinibida
Entre as nuvens, seduzindo as estrelas
Ela aterrissa... recarrega as energias
Me convidando ao prazer
Que somente ela sabe proporcionar.
Constato que existem indivíduos a encarar a vida de um jeito peculiar, do tipo "queijo suiço" e vão se refugiando de buraco em buraco.
Existem pessoas ao nosso redor que parecem sentir um incomodo peculiar toda vez que experimentamos sucesso ou felicidade. É como se a nossa alegria lhes causasse um desconforto, e isso acaba por transformá-las em verdadeiras sabotadoras de nossa satisfação pessoal...
- Edna de Andrade
Sentimento oceânico
Sentimento peculiar, alguém poderia considerar-se religioso, ainda que rejeitasse toda fé e ilusão, um sentimento de vinculação indissolúvel e de comunhão com todo o mundo exterior.
Sentimento oceânico e o meu eu diluído no todo, o afastamento entre mim e o outro.
Minha vida
O breve é quem dita a minha vida
A vida da minha vida tem vida peculiar
Elege chegada, permanência e partida
Pulsa na minha vida sem se importar
Vive a sorte, independente, sua linha
Sem que eu quisesse ou não quisesse, vive
A minha vida, sem vida, eu não teria vida minha
Não teria arte, dor, suspiros, cor, amor inclusive
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Abril de 2016 – Cerrado goiano
PECULIAR ...
Se eu suportasse, ah! se eu pudesse
Banir-te totalmente do pensamento
Deixar-te na exortação de uma prece
Na tranquilidade dum esquecimento
Talvez, assim, então, a paz eu tivesse
Suspirando fora deste meu tormento
Mas, nenhum amor assim se esquece
E se desbota do audaz encantamento
E, se ainda no peito arde e tem prosa
O amor, que um dia, te deu uma rosa
Nada diga, pois, dele tudo faz lembrar
E eu, que vivo com este amor visceral
Na sensação, afinal, sempre é especial
Cada qual. E este me foi mais peculiar! ...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04/03/2021, 14’44” – Araguari, MG
O verdadeiro amor têm um sinal peculiar, ele só vêm de quem se ama, porque é preciso pertencê-lo para doar.
Então vamos nos amar ao ponto de transbordar.
"A identidade de um homem revela-se com peculiar ênfase nas suas lembranças, quando ele olha para trás e se vê nas próprias pegadas, as quais lhe dão a perspectiva do caminho percorrido. Este, por mais acidentado e permeado de mudanças que tenha sido, é uno, ou, noutras palavras, possui a unidade das coisas irrepetíveis, jazentes na memória.
Envelhecer bem é tornar-se capaz de contemplar a própria identidade. Infelizmente, isto não é para muitos, visto que, em todos os tempos, a maioria dos homens se afoga na superfície duma vida medíocre. Acresça-se o seguinte, ainda neste contexto: envelhecer bem é estar em paz com o passado, aceitando-lhe os sofrimentos e as alegrias, os erros e os acertos, as boas e as más escolhas, algo impossível para quem se recusa a vê-lo e, nele, ver-se.
Em contrapartida, envelhecer mal é estar em litígio com os vestígios do passado, sinal de que o medo ou a covardia de olhar para a própria história venceu. Trata-se duma vitória funestamente enganosa, com certeza, porque ninguém aborta um remorso, nem mesmo os covardes. Não adianta, pois, a pessoa mentir com a imaginação para apaziguar-se com lembranças falsas: a dor virá, e será tanto maior quanto mais adiada tiver sido.
Só dá testemunho da própria identidade quem amadurece, e só amadurece quem tem a coragem de amar. É a maturidade esse estado psíquico acidentalmente cronológico que dá sentido a uma vida humana.
Quem não se liberta na plenitude duma vocação realizada, conhece-se muito pouco, quase nada. Não consegue enxergar as suas impressões digitais anímicas, e, portanto, mal tem o vislumbre da própria identidade. Vive de saudades sabotadas, pois precisa inventar o passado para suportar o presente e, então, amoldar tudo a um futuro amesquinhado.
O passado renegado é uma herança maldita. Por isso, é livre quem aceita estes ossos lascados que pulsam de dor".