Pecado da Carne
Usamos sempre a desculpa de que 'pecamos porque a carne é fraca'. E quem disse que pecado é vitamina?
Sangue doce como sua alma perdida em pecados,
Sedenta de desejos que consomem sua carne,
Deixou segredos do sangue cobrir seu coração,
De formas ocultas alimento me da sua vida.
A carne foi meu alimento, o meu pecado foi minha fraqueza por você
Pelos ares já sentia a putrefação que me cercava a dias
Pesado como se carregasse ferro
Meu ar estava poluto quase encarregado
Olhos longe vazio no infinito, para a imensidão ábdito do espirito
Na espera do cair da neblina com a esperança que ela leve tudo
Como uma concepção anunciada
Pela cimitarra tinha um fim pronunciado
Um apelo aos meus ouvidos, que não param de ranger
A cada instante meus pulmões fluem e precisam de mais ar
Como eu queria que o tempo passasse para a dor sumir
Que os prédios da minha cabeça caíssem, para eu levantar e recomeçar
Como um peixe fui fisgado, e dependo nas garras do pescador
De me devolver a água e voltar a não se perverter
Ou ir para o caldeirão sofrer as consequências da minha mazela
Como um fantasma vivo alerto aos que restam, o caminho da volta não é vergonha
A integridade não me alcançou, como eu queria agora, mas na hora não clamei por ela
Humildemente pagarei até o último dia, para com a maior glória que tive de hastear
Agora estou terso, sem culpa esperando a brisa da tarde me levar a claridade da bondade.
Se a paz que há em ti, for guerra, que esta guerra seja contra a carne, contra o pecado, contra o inimigo, enfim, combata contra todo o sofisma e toda altivez, que se levante contra o conhecimento de Deus.
Eu que saboreio o teu traçado
e, com orgulho, sinto-me pecador
desfruto da carne do teu beijo
noites inteiras de desejo e ardor.
Entregue-se a carne
vivencie os pecados de fora;
Pendure seus olhos em uma árvore
longe das mentiras do mundo,
deixe pra trás os sobrenomes...
Prove do vinho ao veneno,
esperimente, saborei todos;
Dos armargos aos doces
da nostálgia à utopia.
Da sanidade até as coisas mais loucas;
Das cáricias aos puxões de cabelo.
Mergulhe no inferno,
renegue o paraiso.
Dance sem medo a beira do abismo
Quando me deparo com o pecado,
Minha carne grita e quer ser alimentado,
minha carne pede para que eu a alimente,
querendo cair em tentação;
Mas minha alma não quer ,muito menos espírito ,
Faço-me muitas vezes de louco. Dizendo: Não!
sinto a luta dentro do ser ''Eu''
Mas as vezes caio em mim mesmo...
Em uma coisa tão bela,frágil,sensível,meiga.
está meu medo de cair em mim mesmo...
de todas as belas flores do campo,todas contém
um espinho venenoso que pode me matar,por isso temo.
E minha luta continua carne,alma,espirito...
Não posso cair em mim mesmo,por isso temo...
temo as flores do campo que podem me matar,
mas nunca deixarão de ser belas....
A minha carne é fraca, mas o coração é forte para suportar sentimentos infinitos;
E se o pecado for à vitamina a minha fé é minha sustentação para com a vida;
Sujeitos
Um amor vindo de Deus
A carne não pode mudar
E o pecado tem os meios seus
Do que o coração sente estragar
Ele em tantação caiu
E perdão a ela pediu
Ele se arrependeu do pecado
O coração dela ficou magoado
O amor qu'ele sente
no coração entristeceu
A Deus, orou, doente
E o Senhor logo respondeu
Deus, aos dois prometeu
Que juntos iam ficar
Assim como Julieta e Romeu
Até o mundo acabar.
Hoje somos o pecado da carne
Hoje somos o alimento da alma
Hoje perdemos o gosto do sangue
Hoje vivemos em pequenas comportas
Hoje vendemos nossas almas em apostas.
Corpos e corpos,
com suas almas dentro!
Espírito perfeito,
envolto ao pecado da carne.
Mas hei de ser salvo,
e redimir o mau causado
pela carne!
Hei de te Amar e sofrer,
sorrir e chorar por esse
louco e descomedido Amor!
Crepúsculo eucarístico
(Victor Bhering Drummond)
Sim; eu poderia cometer os pecados da carne,
A fúria da gula
Ali mesmo no pátio da igreja
Na sombra, no sol,
No sino sem tom,
Nos versos de Drummond
Ou sobre os livros apócrifos
Olvidados por santos e hereges.
Mas que pecado cometi
A não ser amar e devorar você
Como o doce vampiro de Rita Lee?
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(Poema inspirado na igreja e restaurante Santa Catalina em Buenos Aires, onde saciei a minha fila e alimentei o meu amor. Ouvindo e lendo Rita Lee)
Para mim a festa da carne, não é festa, mas sim uma desculpa para o adultério e outros pecados a mais;
(Referente ao carnaval)