Pausa

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Sabemos quando é hora de parar,
fazer uma pausa e dentro dela espairecer,
deixar que a canção da vida siga, sem atropelos.
Nada exigir de ninguém, apenas viver.

Bilhete do Dia!
Relaxe!
Deixe um pouco de lado as preocupações.
Dê uma pausa no excesso de pensamentos.
E deixe fluir!
Leia um bom livro, assista um filme legal e ouça sua música preferida.
As vezes, é bom se desligar do mundo.

Quando você me abraça
O mundo inteiro entra em pausa

Chega um momento em que precisamos dar um tempo a nós mesmos, precisamos de uma pausa para refletirmos acerca dos nossos comportamentos e insatisfações.

Otempo
é apenas uma pausa,
entre o hoje e a saudade do ontem,
àespera de um incerto amanhã

Uma pausa
Um pouso
Eu ouso
Quando escuto o silêncio
do vento
Ainda dá tempo
De tocar
De sentir
De viver
De voar .
Nunca é tarde
para ver a paz
ecoar
Nunca é tarde
para sentir a brisa
nos abraçar
Nunca é tarde
para nos
amar .

Eu sou

Uma infinita exclamação
Uma pausa em certas ocasiões
Vírgulas em momentos possíveis
Interrogações em dias passíveis
Reticências em histórias boas.
E por fim...
Pontos finais onde mais nada me interessa!

Marcas...

Pausa, ausência, silenciosa presença... Como denominar esse vazio impresso nas páginas insossas - outrora - vividas?
Pensando bem... Que peso tem isso agora, se as marcas diluídas nos retalhos do tempo que passa não passam jamais? Ah, são tantas... Indeléveis e silenciosas, pontuando momentos tão meus - retalhos nos quais eu evoluí sob a égide do teu intermitente s i l ê n c i o.

Sobre a terra
adormecida
e mergulhada
em silêncio e pausa,
prevalecem os murmúrios
harmoniosos das flores
que se sabem belas.

De tempos em tempos dou uma pausa no drama excessivo e viro do avesso pra me tornar essa pessoa calminha, despreocupada e de bem com a vida. Só até me cansar e correr de volta pro olho do furacão. Sou meio inconstante, pode-se dizer assim. Uma hora quero calmaria e na outra quero tempestade. Pra falar a verdade, nem sei o que eu quero. Vivo pra descobrir isso.

Se precisar chorar, chore. Dê uma pausa e chore! Ninguém precisa se fingir de ferro o tempo todo.

Façamos uma pausa para descobrir o que realmente é necessário.

⁠⁠O tempo não tem pausa, o filtro do reconhecimento muitas vezes passa despercebido, talvez um olhar, uma risada, uma palavra, aquele momento podem ser as últimas lembranças, início de uma viagem sem volta, sendo assim valorize o hoje, o amanhã pode não vir.

Ele partiu seu coração, e você apertou o botão de pausa no amor, mas tem que dar play. Tem que aprender a confiar novamente.

Há dias em que tudo parece inacabado. Que a vida se esqueceu de nós e que nada mais vai além daquilo que queremos. Que o tempo está correndo e só nós paramos diante dele. Quando isso acontecer, deixamos de lado o que parece estar perdido e buscamos tirar uma folga de nós mesmos. Procuramos dar uma pausa para que a nossa mente vá em busca de um lugar que nos permita encontrar a Paz interior.

A garganta arranha, pede água. Os olhos ardem, pedem calma. O corpo sua, pede pausa. O coração pula, aperta, grita, quase que para, pede você.

Ali, entre um intervalo e outro, na pausa dos sentimentos, na divisão dos momentos, conseguia identificar fragmentos de amor verdadeiro. Àquele que é a essência íntima de todas as coisas; que resiste a imensidão do tempo; que espanta o medo das incertezas; que nos convoca à generosidade da entrega e faz a vida valer a pena. Esse amor realmente existia!

Por hoje não direi o que penso
certos vícios temos que controlar.
Por hoje farei uma pausa, e quando lembrares de mim
poderei ter esquecido.

Pausa

Momentos de pausa,
madrugada fria, agonia,
e eu em clausura mofada:
com pensamento empoeirado,
perdendo os fios da poesia,
travando comigo uma guerra...
Angústias por se lavar,
mas um bucado de fadiga, mental.
Aindassim recaio
no colo fraterno da Musa,
como bicho de pelúcia,
sem vontades, sem emoções,
sem espanto,
quase morta.
E enquanto ela me acalanta,
vou chorando,
agonizando,
amargando os versos
que estão presos
e não querem vir à baila.
Mas, sobremodo,
entendendo
que meus versos,
por hora,
emudecem,
talvez,
porque eu não estou
pronta para eles.

MAIS UMA DO PREFEITO
- Esta cidade jamais será a mesma! – fez uma pausa para um caquiado ( O dele era levar a mão à orelha e aperta-la nervosamente num movimento automático),e continuou – consegui fazendo das fraquezas forças, junto ao Deputado Bebeto, a solução para por fim ao desemprego e a falta de dinheiro da nossa cidade.
Qualquer palavra que era dirigida ao povo, o nome do deputado Bebeto sempre aparecia.
Dona Bernadete, ajeitou-se melhor na cadeira, apurou os ouvidos enquanto procurava lentamente encaixar os pés dentro da sandália, e resmungou:
- Ô prefeitinho doido! O que será dessa vez?
Era sempre assim. Toda ideia nova, ele convocava o povo à praça . Defeitos ele os tinha, porém, ninguém de sã consciência negaria a sua vontade incansável em trazer melhorias financeiras para seu município ( O FPM ainda não havia chegado por lá). Dona Bernadete o conhecia desde garotinho. Por vezes era meio atrapalhado, mas, existe bom sem defeito? E já que o povo havia votado nele,que fosse. Melhor do que um de fora!
A casa de Dona Bernadete estava fincada bem no meio da ladeira da praia. A calçada era alta e de degraus, servindo de posto de observação para seus olhinhos curiosos. De lá, dava uma vista direta para a praça. Quisesse encontra-la, passasse por lá depois de quatro da tarde. Hora não tinha para se recolher à cama, e até mesmo o café com bejú era saboreado lá mesmo.
- Senhores, na próxima semana as máquinas estarão chegando! E a própria técnica irá treinar e ensinar a usá-la.
Naquele momento ele estava orgulhosamente expondo sobre a fábrica de fazer sorvetes e picolés em grande quantidade. Se a cidade era praieira, e tinha vocação para turismo, por que não aproveitar a oportunidade?
- A manhã logo cedo começam as inscrições, vocês podem ir na prefeitura levando o título e uma foto 3X4.
Como era de se esperar, o povo aplaudiu estrondosamente o prefeito de ideias tão brilhantes. A temporada de praia começaria em um mês,e, esse seria o tempo de treinar,se uniformizar e correr à praia vendendo picolés e sorvetes!
E o tão esperado dia da redenção financeira e consequentemente,de abertura do verão, chegou. O palco à beira do rio, pomposo, imponente, denotava a expectativa para o evento. Fogos de artifícios e uma banda, trazida especialmente, já iniciava a programação musical. Dois ônibus e número satisfatório de carros particulares repletos de crianças com suas algazarras, desfilavam ladeira abaixo rumo à praia.Dos dois mil moradores, mais de quatrocentos haviam dito sim ao comércio de picolés e sorvetes ( praticamente, uma pessoa representando uma família). Agora, animadamente, percorrem a orla jardinada da praia, os becos, o centro da cidade, comercializando os deliciosos, produtos doces.
Nunca houvera primeiro dia tão rico e esperançoso. Toda a produção da fábrica vendida antes mesmo das cinco da tarde. Semblantes alegres, noite de comemoração, até o prefeito fez questão de se misturar ao povo com sorriso largo de quem havia resolvido de vez todo e qualquer problema concernente a finanças da comunidade. Até dona Benta, que quase sempre ficava com o pé atrás com as ideias inovadoras do prefeito, curvara-se, e estava eufórica. O que a fez abaixar a guarda,, foi a alegria do neto que a estas horas já desfilava e gastava o lucro dos picolés nas lanchonetes do centro.
Tempos atrás, Vô Léo, pescador veterano e conhecedor das correntezas e de todas as espécies de peixes do rio Tocantins, pedira uma audiência com o prefeito. Este , disse que concedia, mas que fosse conversa informal à noitinha na sua casa.
- Entre homem de Deus! – convidou o prefeito.
- Carece não seu Dionízio, podemos conversar aqui fora mesmo, as botas com barro vão sujar sua cerâmica.
O prefeito concordou e os dois sentaram-se ali mesmo no terraço de fora.
-Desembucha Vô Léo .
-Senhor prefeito, você sabe que conheço essas bandas como ninguém, e descendo a última curva nas terras de seu Olegário, vi que um cardume de branquinhas, tamanho jamais visto, está subindo o rio, e , o mais tardar, amanhã a noite passa por aqui.
- E o que tenho eu com isso? – sorriu o prefeito de soslaio , enquanto mexia o corpo com seu caquiado.
- Prefeito, o senhor bem que podia doar umas tarrafas novas pra nossa colônia, pois as que temos estão furadas e os remendos já não resolvem. Na verdade nem valem à pena serem consertados . Com tarrafas novas poderemos ganhar uns trocados a mais e até vender os peixes mais baratos.
Terminada a conversa, o prefeito Dionízio prometeu a vô Léo ajuda nas tarrafas. Mas a noite, matutando as ideias, chegou-lhe à mente apurada de político, que poderia tirar proveito daquela situação. Se a colônia de pescadores era composta por quatro pescadores, garantidos estavam apenas quatro votos, e se estendesse a doação de tarrafas a mais pessoas?
Contactado na manhã seguinte, o dono do único armazém que vendia tarrafas, garantiu que não faltariam as mercadorias mesmo que tivesse que mandar comprar fora. Não se pode sorrir adiantadamente, por que a vida nos prega peças senhores. Acontece, que correu de boca em boca essas notícias. Primeiro, que passaria um cardume nunca visto de peixes com local e data marcada. Segundo, que o prefeito havia autorizado a entrega de tarrafas a quem levasse título e foto.
Primeiro resultado: Prefeito Dionízio teve que arcar com o pagamento de 150 tarrafas novas. Segundo resultado: Carros-de-mão cheios de branquinhas, cambitos repletos de branquinhas, bancas da feira, também com branquinhas. Ninguém mais conseguiu vender peixes. Sacos e mais sacos até a tampa de branquinhas despejados nos terrenos baldios da cidade, gerando mau cheiro. Alguns moradores chegavam a afirmar que estavam doentes devido ao consumo exagerado de branquinhas no almoço e no jantar. Terceiro resultado: A colônia entrou na justiça processando o prefeito e exigindo cesta básica , como indenização pelos prejuízos com a pesca sem comprador.
Voltando ao picolé. Segundo domingo de temporada de praia. Carros de picolés e sorvetes espalhados estrategicamente pela cidade. Meio dia e nada de ônibus de caravanas, nada de carros particulares. O pior, é que parecia que a cidade toda estava a vender o mesmo produto. O jeito era chupar e saborear as próprias mercadorias naquele domingo, e, aguardar dia melhor na outra semana. Mas repetiu-se a tragédia. Expectativas frustradas, mentes desoladas e isso durou até o fim da temporada.
Não se viu mais o prefeito Dionízio pela cidade. Se algum eleitor se dirigia até a prefeitura para tomar satisfação pelo acontecido, encontrava apenas, sob sua foto majestosa e sorridente, um cartaz escrito assim: “ Prefeito viajando pra capital em busca de novos convênios para o povo”.