Passei
Com você passei os maiores segundos de todos os tempos.
Cada um dele durara uma eternidade em minha mente..
Passei a ser mais seletiva. Nas amizades , nos meus amores , até nas comidas. Destroços de sentimentos não me atingem mais. Estou pronta para recomeçar ; enfrentar qualquer obstaculo , quebrar qualquer barreira. Suar. Lutar o dia todo e de noite apenas descançar. Quero ação , quero amor , quero mistério , quere desvendar sentimentos , descobrir pessoas , quero novidades. E além de tudo , quero e preciso que as coisas dêem certo pelo menos uma vez .
Aí eu penso e vejo tudo o que eu já passei e pelo que eu ainda passo. Não tem como não me considerar forte.
Sentimento Retardado
Eu passei o dia inteiro
Só pensando baixarias,
Eu passei o dia inteiro
Pensando no que eu não deveria.
Esse mundo não vale nada!
Esse mundo não vale nada!
Esse mundo não vale nada!
E nas águas tão difíceis
Desse rio chamado inglória
Eu já sinto as chibatadas
Da injustiça que não tarda.
Ao redor só vejo fome
E meus sonhos tão perdidos
Enterrados sob o lixo
Que se chama indiferença,
Isso é mais uma doença
Que atormenta o sentimento
Retardado desse jeito.
Esse mundo não vale nada!
Esse mundo não vale nada!
Esse mundo não vale nada!
Meu rosto sem maquiagem
Tem a face da desordem
Só porque ainda sou pobre
Que é melhor do que ser podre,
Eu não posso consertar
O presente massacrado
Pelo monstro do passado,
Isso é mais uma doença
Que se chama indiferença
E atormenta o sentimento
Retardado desse jeito.
Eu passei o dia inteiro
Só pensando baixarias,
Minha mente é o esbulho
De tudo que eu não queria.
Meu rosto sem maquiagem
É o retrato da desordem,
Desde o dia em que eu nasci
Aqui eu nunca fui feliz.
Minha mente é a turbação
Da autocomiseração.
Esse mundo não vale nada!
Esse mundo não vale nada!
Esse mundo não vale nada!
Não vale o dinheiro,
Não vale a riqueza,
Não vale as jóias,
Não vale a esmola.
Não vale os amores,
Não vale a paixão,
Não vale o prazer
Que é sem emoção.
Não vale!
Não vale!
Não vale!
Nada!
Nada!
Nada!
E se eu contasse por onde andei, por tudo que passei, cada obstáculo que enfrentei pra chegar até aqui, você com certeza entenderia porque faz os meus dias mais doces.
Depois de tudo o que eu passei, depois de tudo o que eu chorei, depois de tudo o que eu sofri, depois de tudo o que eu esqueci, depois de tudo o que eu vivi… Eu ainda passo, eu ainda choro, eu ainda sofro, eu ainda esqueço. Eu ainda vivo!
.. E mais uma vez eu mim vi pensando naquilo que já passou, ou melhor, naquilo que já passei .. mim vi com uma leve comprensão no estômago, como quando se come algo ruím, e não deseja mais aquilo. Mim vi viajando em um mundo surreal. Mim vi fechando os olhos enquanto meu mundo estava em uma guerra louca, entre o medo e a desilusão. Mim vi voltando para realidade, mas já era tarde demais .. meu mundo já havia desmoronado .. mas eu fui firme e decidi entrar de vez naquela guerra. Mim vi então, quebrando muros, ossos, rompendo barreiras, corpos caidos ao chão .. fazendo o certo, como deveria ter feito desde o começo. Não posso ser tão hipócrita ao ponto de dizer que não sai ferida dessa guerra, muito pelo contrário, essa guerra me deixou feridas que não se fecham ..
Enfim .. mim vi de um jeito que nunca mais verei, eu admito que ainda lembro bem dessa tal “guerra” [..] mas é apenas a herança de um mundo surreal.
Ontem passei na estação para sentir um pouco daquilo tudo, um pouco daquela Babilônia real onde uns passam, outros chegam, muitos ficam, e diversos se vão talvez para nunca mais voltar. Muitas Marias, vários Josés e diverso era aquele mundo. Acordado caminhei e vi que fora dalí não havia muito, só a escuridão, o frio, o vazio, a surdez, então logo voltei e fui cuidar daquela estação, daquela vida, da minha vida.
Parei de olhar para os lados, e ainda assustado com as sensações que vira fora dali, respirei e dei dois tapas em mim mesmo, um para lembrar daquela Babilônia que era a estação e outra para não dormir mais, pois a minha Babilônia que chamo de vida estava lá, sempre esteve, para ser vivida e só dependia de mim a arrumação da minha própria estação e para tanto não poderia dormir jamais.
Essa noite não dormi, passei ela toda a lembrar do teu sorriso.
Aquele sorriso que eu não posso te-lo mais...
Tudo era lindo no começo, quando eu sentia absolutamente nada por você, depois que passei a te amar, você passou a não dar valor.
Deixei de lado tudo que me deixava, passei a por na minha frente todos os meus sonhos, sabe como é, toda vez que penso em desistir me lembro que meu futuro está a minha frente.
Te esperei...
E lá estava eu a te esperar , e passei a tarde inteira.
O coração ansioso por tua presença poderia até nada acontecer .
Poderia apenas te ver ,isso já me alegraria a tarde
E esperei ... e nada , você não apareceu...
Voltei para casa ,vazia de sua presença e inundada de amor por ti.
Ainda irei te esperar muitos dias sonhar contigo muitas noites.
e dobrar os joelhos muitas vezes pedindo a Deus que traga você pra mim.
Você não reparou ,posso ser tudo que você deseja sua amiga ,seu amor seu anjo...
Quero te amar a vida inteira ,ser sua calma nos momentos de aflição aquecer suas noites frias...
Eu quero você ,só você e mais aninguém...
Erros e acertos
Não sei bem ao certo quando passei a perceber que os erros causam um efeito maior que os acertos, como se mil atos certos fossem menores que apenas um único ato errado. Eu sei que há vários ditos populares em relação a quem faz julgamento, mas temos que admitir, estamos a toda hora julgando, talvez não façamos isso por mal, ou talvez não julgamos a pessoa como um todo, mas inevitavelmente julgamos atitudes, muito ouço falar da lei do retorno, e fazemos tantas coisas boas não é? Mas vemos realmete todo retorno do que de bom fazemos? Vejo com o passar do tempo que damos muito mais valor ao que causa incômodo, e porque não dizer, o que causa dor.
Plantamos o que colhemos, mas estou realmente cansado de comer esse frutinho amargo dos erros que plantei, tanto caroço machuca e nem posso reclamar, sou vítima de mim mesmo, meu instinto impulsivo me leva a lugares onde eu nunca pedi pra estar, mas sei que o único culpado sou eu. Travamos lutas diárias e isso é bem clichê de se dizer, mas lutar contra seus próprios atos é desleal, é você quem vai se trair e isso não há como prever, mas aprendemos com isso, eu sei o que aprendi, minha calma vem disso, destes erros e acertos que foram minha escola, mas insisto em dizer que queria ver mais do que plantei de bom.
Ouvi isso em uma música antiga e ainda acredito, que nosso dia vai chegar e teremos nossa vez, sei que vou parar de me trair e com isso vou parar de magoar pessoas boas, e confesso, fiz tanto isso sem intenção, por impulso ou por falta, mas sei que muita gente magoei e nem adianta eu pedir desculpas já que outro erro é de não me arrepender do que faço, procuro sempre não errar o mesmo erro, porém eu realmente acredito que até nos piores erros há aprendizado, e isso me dá suporte para que eu não me arrependa.
Ainda vou errar e sei disso, mas afinal o que é realmente importante, o que fazemos de bom, ou o que fazemos de ruim? ouvi em um filme que o que fazemos em vida ecoa para eternidade, e nessa eternidade, seremos lembrados por nossos erros ou acertos?
E eu passei tanto tempo tentando desvendar os outros, que no meio acabei me perdendo. E foi assim que virei o quebra cabeça que eu sou hoje. O mais complicado de se montar, mas não pelo caso das peças se parecerem ou de ser grande demais e sim porque ao longo do tempo fui perdendo algumas peças, a cada vez que eu chorava, sofria, e me iludia. Eu sou como um jogo velho dentro do armário. Sou como aquela roupa que você chegou a comprar mas nunca usou. Sou como seu tennis favorito que com o tempo foi ficando pequeno no seu pé. Sou a água que sempre escorre de suas mãos, por mais que ela queira ficar. E por pior que parece-se eu tentava me encaixar, me achar. E antes que pergunte, não. Não encontrei nenhuma peça que se encaixa-se no lugar perfeitamente. Por mais que eu tenha procurado.
Por onde passei, fui sempre eu mesmo... Por onde eu passei, tive amigos... Por onde passei, tive amores... E se eu não tivesse feito o bem, eu não os levaria comigo até hoje para onde eu for.