Passei
Canto para Minha Morte
Eu sei que determinada rua que eu já passei
Não tornará a ouvir o som dos meus passos.
Tem uma revista que eu guardo há muitos anos
E que nunca mais eu vou abrir.
Cada vez que eu me despeço de uma pessoa
Pode ser que essa pessoa esteja me vendo pela última vez
A morte, surda, caminha ao meu lado
E eu não sei em que esquina ela vai me beijar
Com que rosto ela virá?
Será que ela vai deixar eu acabar o que eu tenho que fazer?
Ou será que ela vai me pegar no meio do copo de uísque?
Na música que eu deixei para compor amanhã?
Será que ela vai esperar eu apagar o cigarro no cinzeiro?
Virá antes de eu encontrar a mulher, a mulher que me foi destinada,
E que está em algum lugar me esperando
Embora eu ainda não a conheça?
Vou te encontrar vestida de cetim,
Pois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho
Que eu quero e não desejo,mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar.
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida
Qual será a forma da minha morte?
Uma das tantas coisas que eu não escolhi na vida.
Existem tantas... Um acidente de carro.
O coração que se recusa abater no próximo minuto,
A anestesia mal aplicada,
A vida mal vivida, a ferida mal curada, a dor já envelhecida
O câncer já espalhado e ainda escondido, ou até, quem sabe,
Um escorregão idiota, num dia de sol, a cabeça no meio-fio...
Oh morte, tu que és tão forte,
Que matas o gato, o rato e o homem.
Vista-se com a tua mais bela roupa quando vieres me buscar
Que meu corpo seja cremado e que minhas cinzas alimentem a erva
E que a erva alimente outro homem como eu
Porque eu continuarei neste homem,
Nos meus filhos, na palavra rude
Que eu disse para alguém que não gostava
E até no uísque que eu não terminei de beber aquela noite...
Passei mais da metade da minha vida dentro do meu quarto.
Queria engolir o mundo com tudo que tinha dentro.
Você cresce e repara que já estava sendo engolido pelo mundo faz tempo.
Passei minha vida inteira tentando não ser descuidado. mulher e as crianças podem ser descuidadas, mas não os homens.
Quando eu deixei de olhar tão ansiosamente para o que me faltava e passei a olhar com gentileza para o que eu tinha, descobri que, de verdade, há muito mais a agradecer do que a pedir. Tanto, que às vezes, quando lembro, eu me comovo. Pelo que há, mas também por conseguir ver.
Nunca esquecerei o tempo que passei contigo. Te peço que sigas sendo meu amigo, da mesma maneira que eu sempre serei o teu.
A MORTE NÃO É NADA
A morte não é nada.
Apenas passei ao outro lado do mundo.
Eu sou eu. Você é você.
O que fomos um para o outro, ainda o somos.
Dá-me o nome que sempre me deste.
Fala-me como sempre me falaste.
Não mudes o tom a um triste ou solene.
Continua rindo com aquilo que nos fazia rir juntos.
Reza, sorri, pensa em mim, reza comigo.
Que o meu nome se pronuncie em casa
como sempre se pronunciou,
sem nenhuma ênfase, sem rosto de sombra.
A vida continua significando o que significou: continua sendo o que era.
O cordão de união não se quebrou.
Por que eu estaria fora dos teus pensamentos,
apenas porque estou fora da tua vista?
Não estou longe, somente estou do outro lado do caminho.
Nota: Trecho traduzido do sermão The King of Terrors, da missa de morte do rei Eduardo VII, em maio de 1910. A autoria do texto é muitas vezes atribuída erroneamente a Santo Agostinho.
...MaisNo que errei!...
...Errei quando
escolhi alguem que não conhecia
quando passei a conhecer
vi que não merecia
...Errei quando
achei que tudo era fantasia
quando dei por mim
vi que não era o que eu queria
...Errei quando
provei da derrota
e mesmo derrotada
insisti em conserta-la
...Errei quando
me calei
quando poderia ter dito tudo
...Errei quando
não soube esperar
na primeira oportunidade
mergulhei de cabeça
e comecei a afundar
...Errei quando
achei que amava
depois vi que era tudo ilusão
e minha vida caiu em depressão
“A magoa brota na mente, desse para o peito
e se instala no coração... Deixa você derrotado
sem forças para sair dessa situação”
...Errei
por saber que errei
e continuo insistindo no erro.
Passei a maior parte da minha vida tentando não chorar na frente das pessoas.
“A morte não é tudo. Não é o final. Eu apenas passei para a sala seguinte. Nada aconteceu. Tudo permanece exatamente como foi. Eu sou eu, você é você, e a antiga vida que vivemos tão maravilhosamente juntos permanece intocada, imutável. O que quer que tenhamos sido um para o outro, ainda somos. Chame-me pelo antigo apelido familiar. Fale de mim da maneira que sempre fez. Não mude o tom. Não use nenhum ar solene ou de dor. Ria como sempre fizemos das piadas que desfrutamos juntos. Brinque, sorria, pense em mim, reze por mim. Deixe que o meu nome seja uma palavra comum em casa, como foi. Faça com que seja falado sem esforço, sem fantasma ou sombra. A vida continua a ter o significado que sempre teve. Existe uma continuidade absoluta e inquebrável. O que é esta morte senão um acidente desprezível? Porque ficarei esquecido se estiver fora do alcance da visão? Estou simplesmente à sua espera, como num intervalo, bem próximo, na outra esquina. Está tudo bem!”
Quem sou eu?
Eu sou o tudo. Eu sou o nada.
Sou os livros que li, os momentos que passei, eu sou os brinquedos que brinquei, e os amigos que conquistei. Sou o amor que dei, e os amores que tive, as viagens que fiz e os esportes que pratiquei. Sou minha matéria preferida, minha comida predileta, essa sou eu ...... eu mesma, será que vais entender? Sou o ódio resguardado, sou os sonhos realizados, os objetivos alcançados. Eu sou o meu interior,mas também meu exterior.Sou um conjunto de fatores que você não pode entender. Sou a saudade, os abraços que já dei, eu sou o passado, mas também o presente e o futuro,sou os meus atos.
Sou o perfeito, mas também sou o imperfeito. Sou o contraste e a contradição.Sou a complexidade do mundo. Sou o que ninguém vê.
Eu não vou ficar chorando pelo que os outros falam ..... eu faço o que acho certo e o que eu tenho vontade. Não me arrependo de nada e seria até capaz de repetir tudo de novo. Pelo menos sei que mesmo tendo dado tantos erros, eu tentei, eu fui em frente, e eu não me envergonho.
Não vou julgar os outros que falam de mim, afinal, quem sou eu pra julgar os que me julgam?
Passei a vida inteira com medo, medo das coisas que poderiam acontecer e das que poderiam não acontecer. O que eu descobri foi que o medo, essa é a pior parte. Esse é o verdadeiro inimigo.
Me sinto um estranho no meio das pessoas comuns. Afinal, passei toda minha vida no palco com gente aplaudindo e correndo atrás de mim. No palco me sinto seguro. Se pudesse dormiria no palco.
Depois de perceber que não daria certo, eu passei todos os seus verbos pro passado: gostava, amava, queria. Guardo o presente pra nova paixão que surgir e pro futuro eu deixo um espaço em branco, caso alguém queira completar.
Passei a maior parte da minha vida tentando não chorar na frente das pessoas que me
amavam, por isso sabia o que o Augustus estava fazendo. Você trinca os dentes. Você
olha para cima. Você diz a si mesmo que se eles o virem chorando, aquilo vai magoá-los,
e você não vai ser nada mais que Uma Tristeza na vida deles. Você não deve se
transformar numa mera tristeza, então não vai chorar, e você diz tudo isso para si mesmo
enquanto olha para o teto. Aí engole em seco, mesmo que sua garganta não queira, olha
para a pessoa que ama você e sorri.
Eu passei mais da metade da noite olhando fixamente para um saco de pão pullman e me perguntando o que ele fazia na fruteira se ele não era fruta.
Conheci o bem e o mal, o pecado e a virtude, o certo e o errado; Julguei e fui julgado; Passei pelo nascimento e pela morte, pela alegria e pelo sofrimento, pelo céu e pelo inferno; E no final eu reconheci que estou em tudo e que tudo vive em mim
Eu passei por muitos Dias dos Pais apenas planejando que presente daria ao meu pai. Hoje, entendo que, enquanto um filho planeja um presente para seu pai, um pai planeja todos os dias uma vida para seu filho.