Passarinho Assustado
Seu beijo por vezes é carinho
Por vezes é prazer
Me faz viajar como num canto de passarinho
Faz me o corpo todo estremecer
Por vezes perco o tato
Mas com certeza é fato
Um ato divino nato
Assim que me deparo
Por ele eu não paro
Me teletransporta por um mundo que ninguém conheceu
Me faz sentir que sou todo seu
Então voe meu passarinho querido, faça o q vier ao seu coração, pq qdo o amor de Deus tocar seu coração, sua vida será bem diferente, eu sei. Que seja feita a vontade de Deus.
Passarinho
Um passarinho pousou em minha janela
Procurou flores
Procurou verde
Só encontrou solidão
Só encontrou vazio
Como para alegrar vida vazia
Cantou pianinho
Cantou bonitinho
Para alegrar e deixar uma semente
Alegrou um dia frio
Foi embora atrás de outras janelas
Alegrando outras vidas vazias
Passarinho, passarinho.
Preso aqui nesta gaiola.
Como é lindo teu cantar.
Fico aqui imaginando.
Você na mata cantando.
Solto e livre a voar.
Passarinho colorido.
Canta, canta passarinho.
Talvez já tenha aprendido.
A cantar assim sozinho.
E eu aqui me pergunto.
Sobre este teu cantar.
Será que é alegria.
Ou é por tão só estar.
Porque eu também vivia.
A cantar feliz da vida.
Quando minha amada eu tinha.
Quando ela era minha.
Hoje eu não sei passarinho.
Mesmo sozinho, tu canta.
E eu com nó na garganta.
Falta-me, o encantar.
Ah querido passarinho.
Como pode este cantar.
Tão lindo mesmo sozinho.
E eu aqui a chorar.
Eu passarinho
Quando me mataram,
Pela décima vez,
Eu ainda era um jovem talento,
Ainda desconhecido.
Hoje estou velho,
Com o rosto esmaecido,
Agora, já me conhecem um pouquinho,
Só que me matam devagarzinho...
Quando meu amor chegou
Foi quando eu andava sem rumo
Que encontrei o passarinho no chão
Frágil como eu, ele voava perdido
Até que nos encontramos no meio da multidão
A alma do passarinho era leve como seu voo
Eram dois passarinhos voando na mesma direção
Quando o coloquei na mão, senti que para ele
Eu entregaria meu coração.
Para muito além do silêncio
Meu amado morreu numa noite de agosto, como um passarinho abatido por um tiro certeiro. E nem foi por nada. Apenas para deixar de viver e pronto. Para que nunca fosse meu e eu nunca fosse dele ou para que fôssemos um do outro para sempre, sem que entre nós nunca houvesse desencantos nem mágoas, banalidades e desgastes. Não houve tempo para mais que a ternura do amor primeiro, a mágica doçura de uma lembrança que ficou guardada, escondida para sempre naquele lugar mais secreto onde se guardam as relíquias. Virou claridade, congelou no tempo da memória que não é o mesmo que o tempo da vida. Não é passado, nem presente, nem futuro. Parou naquele agosto de todos os silêncios, porque se calou para sempre, parou ali e caminha num espaço sem referências, num vai e vem, talvez andando em círculos, não sei. E, se não fala, porque ouço essa voz que me chama e me consola com sorrisos inesperados, vestindo uma camisa de seda azul? Por que teima em não me deixar e fala que me aguarda, pede que me apoie na esperança, diz que não me trai e que é fiel à promessa que fizemos.
Meu amado morreu e eu não fiquei triste. Fiquei vazia. Tristeza faz sentido e um dia passa, dá lugar à saudade, vira lembranças e até pára de doer, tem como consolar porque as alegrias sempre vêm pra socorrer e a tristeza se esconde envergonhada. O vazio não, esse precisa ser preenchido, senão não há como viver. No vazio a gente se perde, se confunde num labirinto sem fim, como se fosse sensação de fome e sede. E eu comi e bebi de fontes envenenadas, só pra não me sentir assim, vazia.
Só sei que fiquei aqui e que meu amado morreu, que tive de viver sem ter sido dele, sendo dele para sempre. Que o busquei em muitos, tudo em vão. Meu único abrigo é a certeza que em algum lugar meu amado me espera , que sairá do esconderijo secreto onde guardei minha dor, o choro que ninguém viu e o fogo que não me queimou, que só fez doer, onde nada faz muito sentido, de onde sai o grito que não encontra eco nem consolo, mas me segue vida adentro e me fere como um raio de sol enviesado.
Meu amado morreu sem me dizer nada, apenas me pediu pra não morrer também.
Maria Alice Guimarães
COLCHA DE RETALHOS
Acabei de ver um passarinho. Ele estava bebendo e pulando numa poça d’água. Devia estar com sede. - Lógico? Lógico, não! - Lógico por quê? Ele não tinha sede! Na verdade, sede tem quem quer água e não tem; sede tem quem vê água e não pode beber.
Meu velhinho, miúdo como um passarinho,doce como flor de São João. Nele esqueço que sou só isto, e me lembro que posso ser tudo aquilo!
Pássaro....
Passarinho....
Bate as asas de mansinho
Voando daqui pra lá
Esperando por um ninho
Pássaro...
Passarinho...
Abre as asas com coragem
Observador lá dos altos
Vive em liberdade
Pássaro...
Passarinho...
Tuas asas de carinho
Quando param de voar
Se transformam em um ninho
Pássaro...
Passarinho...
Teu canto suave
Enebria meus ouvidos
E mesmo você, Passarinho...
Precisa de um canto pra repousar
E quando suas asas se cansarem
Também sei "Ser ninho"
Um dia no passado..
Um passarinho chegou voando...
Faminto...
Pousou em uma árvore....
E nela...
Alimentou-se de seus frutos....
E foi assim...
Que começou sua história...
Nos galhos daquela árvore....
Fez seu ninho...
Pois ele percebeu...
Que nela...
Ele podia todos os dias se alimentar....
Nas inumeras primaveras daquela árvore...
Ao chegar na estação das flores...
Ele chorando ficava observando suas pétalas cairem...
Para nutrir o solo e suas raízes...
E ao ve-las aquelas flores caindo...
Chorava lágrimas de Poesia com sua queda....
Como um pássaro pequenino....
Não tinha mais forças para segurar aquelas flores...
Mas mal sabía ele...
Que esse processo....
Era para sustentar o caule daquela árvore... Ali...
Brotava flores e frutos....
Frutos que geram sementes...
E rosas e folhas...
Que fertilizam o solo....
Nas Poesias daquele pássaro....
Então ele descubriu sua alma gêmea...
E para ela...
Ele falou do seu amor....
E ali....
Juntos formaram um ninho amplo....
E ao outono....
Se alimentavam dos frutos daquela árvore....
E deles....
Apreciava o mais puro néctar
O pássaro então...
Com sua amada fez amor...
E as flores...
Continuaram a cair....
E sentiu o prazer de morar naquela árvore...
E de se nutrir dos frutos...
E o néctar daqueles frutos....
Sugava o mais doce mel....
A assim....
Apareciou que tudo isso...
É pura sabedoria...
E conseguiu....
Transformar ele e sua passarinha...
Em uma só alma...
E por aí...
Seguem voando pela vida....
Batendo suas asas...
E vontando ao seu ninho...
Trazendo as sementes...
E jogando no chão...
As lágrimas que alí ele derramou....
Viu ele...
Que vale a pena chorar...
E regar o solo sagrado....
Fazendo ele...
Do mestre da Rosa...
E amando sua passsarinha...
Com a mais pura....
Poesia ...
Autor :José Ricardo
Solitude
Abracei-me ao passarinho
Com coração ao caos
Meus olhos pareciam rio
Nem sonhos me fizeram ficar
A liberdade do vento
nos meus cabelos
Me deu uma doce paz
O silêncio me compreende
Como ninguém jamais
É por isso que às vezes recolho-me
Pois é nessa solitude,
que eu consigo me encontrar
Percebi que no meio do deserto,
posso me reinventar
Mudas em silêncio florescem
E assim voltam a colorir o universo
Eu só tinha fé e isso foi o suficiente
Eu tenho a manha de acender o sol
Quando meu mundo escurece
Poema autoria de #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 18/12/2020 às 00:00 hrs
Manter créditos de autoria original _Andrea Domingues
Nas asas do amor
juntos voaremos em direção
ao infinito,
feito passarinho que
deixou o ninho
em busca da felicidade.
Sou um passarinho não tente ser uma gaiola pois se eu perco a liberdade eu te deixo e vou embora.
Se eu fujo nunca volto, Mas que pássaro irá voltar?
Tendo matas, morros, campos. Sempre livre a voar...