Passagem
“Os grandes semáforos fecham a passagem, mas podemos atravessar os mata-burros.”
Giovane Silva Santos
O tempo sempre vai passar porque a vida é apenas uma passagem passageira que logo passa e depois de tudo que passou, volta pra passar de novo pela passagem da vida!
Desabafo um ano após um furacão....
Um ano se passou após a passagem de minha mãe para outro plano....num espaço de 3 anos fiquei sem pai, nem mãe.
Chegando algumas conclusões, posso dizer que sobrevivi, cresci, evolui, renasci, emergi de um buraco que nunca imaginei estar.
Quando escutava falar sobre depressão, me questionava muito, não entendia, pois eu tinha vários episódios de tristeza, mas nunca nada foi tão devastador.
Não quero dizer que minha dor é maior ou menor que de ninguém, apenas quero dizer que o tamanho da dor, está no sentimento de quem o sente.
A dor não foi somente por causa da morte de minha mãe, foi apenas a gota que fez o com que o copo que já estava cheio transbordasse.
A dor foi pelo sentimento de impotência diante da situação, a dor foi pelo sentimento de não querer ela mais sofrendo e se dar conta que desejando que ela não sentisse mais dor, ela não estaria mais aqui conosco.
Sei que milhões de filhos, pais, maridos, esposas, amigos, primos, tios e tias, passam por esse processo de perda, principalmente através da perda por alguma doença, mas é o que volto a dizer: a dor tem um sentimento, um significado, um aprendizado para cada um.
Cada um consegue passar por ela de acordo com seu grau de evolução.
Uns se entristecem, outros se revoltam, outras largam mão de tudo, outros de agarram a qualquer outra coisa que possa lhe fazer feliz. Uns tem entendimento, outros apenas aceitação.
Não me revolto, aceito, não entendo 100%, tento diariamente entender e confiar que tudo tem um propósito maior. Não me canso de imaginar como seria se eles estivessem aqui.
Fui socorrida através de palavras, orações, puxões de orelha de quem me quer bem e agradeço por cada pessoa que Deus colocou em meu caminho.
Aprendi que não tenho que ser forte o tempo todo, aprendi que posso me deixar ser cuidada, entendida, deixar de ser orgulhosa e que aceitar que preciso das pessoas.
Aprendi que não tenho controle de nada. (retificando: aprendendo...rssss)
Aprendi que não devo gastar minha energia com o que não está ao meu alcance.(retificando: aprendi, mas quem disse ponho em prática sempre?????)
Aprendi a olhar a dor dos outros com outros olhos.
Aprendi que as vezes não precisamos fazer muito, as vezes um simples ouvido, um olhar, um abraço, uma mensagem, um telefonema, numa situação que não tem o que ser dito, faz toda a diferença na vida do outro.
Entendi que podem lhe dar uma sentença de morte, mas quem determina seu tempo aqui é Deus, só ele e ninguém mais.
Aprendi que nossa ansiedade , a maioria das vezes nos prega peças , de que não somos capazes perante uma situação que não temos controle, achamos que não vamos saber como lidar com as coisas, mas quando passa, você entende que pode sim, pode ir muito mais além do que se pensa, quando se sente amor.
Aprendi que nem se eu cuidasse de minha mãe, meu pai, todos os anos da minha idade e muito mais, poderia retribuir o dom da minha vida, as noites mal dormidas, toda a preocupação, carinho e cuidados.
Aprendi que quando a gente se torna mãe, a gente entende muita coisa em relação aos nossos pais, mas quando ficamos órfãos adultos, quanta coisa a gente entende e acha que poderia ter feito diferente.
Tive tempo graças a Deus de amar, cuidar, abraçar, ficar brava, tratar como se fossem meus filhos, mas com certeza faria muito mais.
Enfim, sou grata diariamente e eternamente por cada aprendizado que vivi e que viverei.
Depois da tempestade vem a calmaria, depois da calmaria outra tempestade e assim seguimos vivos com nossos altos e baixos, com fé e esperança de dias melhores.
Como tudo começou, e continua resistindo à passagem do tempo, há mais de 60 anos, e vai continuar até quando nos for permitido...
Foi assim que começou o que é o namoro de toda uma vida...
A receita é simples: RESPEITO, COMPREENSÃO, DOAÇÃO, AMIZADE, MUITO AMOR E CARINHO E SINCERIDADE TOTAL...
Ósculos e amplexos,
Marcial
NAMORO DE TODA UMA VIDA
Marcial Salaverry
Tudo começou em um baile de formatura, dia 27/12/1958, no Clube Transatlântico em São Paulo.
Fôra a essa baile, muito a contragosto, apenas e tão somente para acompanhar um amigo, com a idéia de ficar algumas poucas horas, e me retirar. Estava cansado, pois chegara de viagem. Aborrecia-me naquele baile, tudo me parecia entediante. Estava disposto a afogar meu tédio em alguns Cuba-Libre.
De repente, vi aquela jovem loura, alta, esbelta... Com seu vestido rosa, seus lindos olhos azuis, seu sorriso angelical, compunha a mais linda figura feminina que jamais vira. Foi a primeira vez que senti aquele bater forte do coração, e naquele momento, pareceu-me ver um anjo descendo do céu. Pareceu-me que o salão se esvaziara, e os únicos que lá restavam, eram ela e eu. Nunca uma garota me houvera despertado tal impressão. Impressionou-me tanto, que comentei em voz alta com meu amigo:" Caramba... com essa eu me casaria amanhã mesmo." Quase cumpri a palavra... Casamo-nos alguns meses depois.
Há que se notar que sempre tivera extensa lista de namoradas, mas nunca houvera sentido a emoção do amor. Mas aquela moça, ela superava a todas. Jamais havia sentido algo parecido.
A música recomeçou. Despertei de meu enlevo, e tirei-a para dançar. Ao rodopiarmos pelo salão ao som de Fascinação, decretei que aquela seria a música de minha vida, e que aquela linda jovem iria acompanhar-me para sempre. Seu doce sorriso cativou-me ao primeiro momento. A primeira perguinta que me fez, foi:"Voce fuma?" Quando falei que não, e pelo contrário, tinha ojeriza pelo cigarro, ela disse: "Que bom..." De imediato, tratei de assegurar que o resto da noite, ela só dançaria comigo (como se fazia naquela época). A princípio relutante, terminou por concordar, e assim fizemos par constante o resto do baile.
Meu amigo, a quem dissera que iria embora cedo, quis se retirar. Disse-lhe que se fosse. Eu ficaria. Garanti que havia encontrado a garota de minha vida.
Ele debochou, lembrando que eu já havia me apaixonado um sem número de vezes. Rebati dizendo que desta vez não estava apaixonado, mas sim, que havia encontrado o Amor de minha vida. Que a paixão é fugaz, mas o amor é perene. Sempre fui um romantico incurável, em busca do amor...E encontrei...
Ao terminar o baile, quis acompanhá-la até sua casa, não me permitiu, pois afinal, acabáramos de nos conhecer. Eram outros tempos...
Marcamos encontro para o dia seguinte, para ir ao cinema. Lembro-me ainda, fomos ao Cine Marrocos, assistir Sayonara. Cometi a audácia de beijar-lhe a mão. Por pouco não se levantou a saiu do cinema. Imaginem só. Beijar a mão logo no primeiro encontro. Eram outros tempos...
Foi dessa maneira que tudo começou. Foi uma mudança radical em minha vida. Sempre fôra dado a aventuras, era boêmio por excelência. Houvera abandonado os estudos, para ter mais tempo, como dizia, para as garotas, mas esse encontro contudo, determinou novos rumos, afinal havia encontrado o amor...
Meus familiares apenas sorriam, acreditando ser mais uma de minhas loucuras. Ninguém acreditava quando eu dizia que o que havia sentido era para valer. Alguma coisa me dizia que fôra realmente "fisgado".
Começamos o namoro, como convinha na época, na sala de visitas de sua casa, sempre com a presença de algum familiar, "para manter o respeito". Quando saíamos, nunca era a sós. Ao cinema podíamos ir sem companhia, mas com hora marcada para voltar para casa. A bailes, nem pensar que poderíamos ir a sós. Sempre alguém "para segurar a vela". Eu sempre estivera habituado a sair com as chamadas "garotas fáceis", de repente sair com uma "de família" (essa era a diferenciação na época), era complicado, mas houvera decidido mudar de vida e assim fiz. O amor realmente é lindo... Rompi completamente com tudo que me ligava à vida noturna, às farras, às rodas de amigos. Ninguém acreditava no que estava acontecendo. Nem eu...
Devido uma série da circunstâncias, entre as quais uma briga familiar, decidimos antecipar nossos planos de casamento. Fiz com que, tanto ela, quanto sua família, entendessem que deveríamos nos casar logo, pois, como saíra de casa e estava morando em uma pensão, sempre havia o perigo de eu ter uma recaída, e começando a sair novamente, voltar para a boemia. Claro que houve resistência por parte da família. Todos acreditavam que estávamos sendo precipitados. Nada justificava a pressa.
Ainda como agravante, não tínhamos uma base financeira sólida para encarar uma vida conjugal, e mesmo assim decidimos. Resolvido o detalhe, marcamos a data do casamento.
Havia ainda outro problema. Uma ex-namorada grávida, ameaçando fazer escândalo na igreja. Felizmente havia contado tudo sobre minha vida anterior. Assim a ameaça da outra não surtiu efeito. Por fatos como esse, ninguém em minha família acreditava que o casamento durasse muito tempo, duvidavam da seriedade de meus propósitos. Meus irmãos fizeram um bolo esportivo, para ver quem acertava quanto tempo duraria o casamento. O mais otimista, palpitou 1 ano. Errou por pouco, pois já lá vão quase 61 anos.
Nossa vida é uma prova cabal da força do amor. Nestes 61 anos, cujo inicio foi contado acima, claro que tudo não foi um eterno mar de rosas, pois tivemos toda a sorte possível de problemas que poderiam ocorrer a um casal. Tivéramos tipo de vida completamente diferente. As engrenagens foram se ajustando a pouco e pouco. Cada qual cedeu em algo, e fomos nos acertando. Dificuldades financeiras foram uma constante, problemas de saúde com filhos nos custaram uma casa. Sempre um apoiava o outro. Quando um começava a desanimar, o outro o puxava pela mão do fundo do buraco, trazendo-o para a luz. Quando começávamos ambos a desanimar, apoiávamo-nos em nosso amor, e conseguíamos recuperar o ânimo, principalmente com a ajuda de nossa Fé em Deus, sempre inabalável. E como Ele sempre nos ajudou...
Um amor construído à base de muito respeito, muito diálogo, muito carinho, muito companheirismo, e, principalmente de uma amizade inquebrantável.
Acima de tudo, sempre fomos amigos um do outro. Essa é a base uma união completa, que já dura há 61 anos, e foi essa amizade que nos ajudou a suportar, primeiro uma mudança de cidade devido saúde de nossa filha. Viemos para Santos, sem apoio, sem base, só confiando em nosso amor.
Depois, devido a uma fase difícil que estávamos atravessando, decidimos tentar a sorte na África. Coisa de loucos? Claro... mas de loucos com uma fé inquebrantável no amor, que nos permitiria superar tudo, sempre com a ajuda de nosso Amigão...
Não posso dizer que nosso amor é o mesmo de quando começamos. Na verdade, agora é muito maior. Cresceu quando superamos nossas crises financeiras. Cresceu quando superamos nossas divergências pessoais. Cresceu quando superamos nossos problemas de saúde. Cresceu quando superamos as dificuldades de relacionamento que uma longa convivência traz. Hoje contudo, quando olhamos para trás, e vemos o longo caminho que percorremos juntos, agradecemos ao Amigão o fato de nos colocado no mesmo caminho, que nos levou àquele célebre e inesquecível baile do Clube Transatlântico, e que nos fez conhecer de fato, o que é a força do amor. Posso dizer com segurança, que nunca fomos apaixonados, nunca estivemos perdidamente apaixonados um pelo outro. Não é a paixão que determina a felicidade de uma união, mas sim o AMOR, a AMIZADE, o RESPEITO, o DIÁLOGO...
O amor que nos permite hoje, como sempre, desde o primeiro dia, olharmo-nos um dentro dos olhos do outro e dizer com absoluta segurança EU AMO VOCÊ, algo que nos permite fazer de cada dia, sempre UM LINDO DIA, desde a manhã do dia 28/12/1958 até hoje e sempre...
MARCIAL SALAVERRY
nem só dá qui nem vim pra ficar nesse mundo só tô de passagem qualquer dia Deus pode me levar ...mais antes que isso aconteça cada momento irei aproveitar e a cada segundo irei lembrar que nada desse mundo irei levar
Compreender nossa passagem na Terra seria o mesmo que abrir um grande livro numa página aleatória e entender o enredo da história.
O bom professor compreende que antes de ensinar, ele também é um eterno aluno, pois a passagem pela vida oferta-lhe continuamente algo novo a aprender.
Estou aqui de passagem. Minha vivência me diz que estou nesse mundo não pra competir com ninguém, tão pouco ser superior a ninguém. Se pensa em competir comigo, viva o que eu vivi, sofra o que sofri... Aqui estou para competir somente comigo: Superar os meus limites, vencer meu ego, lutar e superar todos meus defeitos, correr atrás das dificuldades, buscar objetivos, e isso já me cansa, pois já estou indo a busca da linha de chegada, e isso já supera o meu cansaço, já me ocupam o bastante...
A vida é uma porta de entrada e outra de saída; uma oportunidade que surge, uma passagem que nos permitem, um momento que nos apresenta.
Lá esta a porta de saída, aproveite os acontecimentos durante o percurso. Olhe para trás, e no presente construa seu futuro.
É um clichê que vou escrever, mas estamos de passagem aqui. Durante esta jornada neste mundo, conhecemos pessoas do bem e pessoas do mal. O bem, age em pró da empatia, compaixão e por respeito ao outro. Respeitar o outro é respeitar a Deus , respeitar a si mesmo! É também contribuir com seu próprio bem estar e de alguma forma transformamos o universo: para melhor! Semear o bem é semear bons exemplos, é transformar e impactar de forma positiva o “receptor “. Não há melhor legado para um ser humano de bem, deixar suas “digitais”que poderão influenciar gerações futuras.
A flexibilidade deve ser treinada até que se torne um hábito, diga-se de passagem, extremamente saudável.
Do Livro Psicologia Positiva.
PNL e coaching pessoal
De Joel Antunes
A vida é somente uma passagem com tempo indeterminado porem limitado, e por isso devemos valorizar cada segundo, o agora!
Na sua passagem reencarnatória, aqui por esse lindo e querido planeta terra, use o perfume da energia divina do amor, em todas as suas relações, para que quando do retorno ao seu verdadeiro mundo, que é o espiritual, tenha elevado a sua alma a mais um degrau na sua escala evolutiva.
A morte é uma passagem assim como o nascimento.
O lado de lá é invisível aos nossos olhos, mas isso não significa que não exista.
"A certeza de que a morte é uma passagem para outra vida é fruto da aceitação de Deus em nosso coração ".
Se você não parar para tentar entender a vida e a razão por detrás dos fatos, sua passagem pelo mundo perde muito do seu sentido. De antemão, não me refiro a refletir sobre essa retórica ou após ouvir de qualquer outra pessoa sobre o assunto. Me refiro de você consigo mesmo a sós com seus próprios pensamentos. Se não fizer isso, provavelmente irá aceitar as ideias de terceiros como sua própria visão e verdade, quando o externo é o que deveria apenas complementar o que você já sente e entende por si mesmo. É muito natural vermos pessoas rotuladas e extintas com suas próprias marcas; uma fúnebre fila de ovelhas domadas seguindo seu pastor para o abate, assim comparo aos fanáticos religiosos, idólatras políticos e espectadores da mídia, que tão desenfreados deixam-se embriagar pela ilusão de uma verdade confortável comprada pro seu próprio sustento. Pior que o cego que não quer enxergar é aquele que sequer tem domínio da própria razão; se você não conseguir enxergar por si mesmo o que é certo pra si, outros irão te dizer o que enxergar e o que é adequado ou moral. E o mundo está cheio de cegos guiando cegos. Faça do que vem de fora um ponto de referência para tentar explicar o que você está sentindo, mas não faça disso uma doutrina. Ouça todos. Não siga ninguém.