Passagem
O FIM.
O fim é a passagem de uma fase para o outra. Muitas vezes, encara-lo, nem sempre é fácil. Assim, surgem os textos ou discursos, cuja as palavras contradizem-se o tempo todo, revelando o emaranhado de sentimentos camuflados e demonstrando o seu verdadeiro "EU". Pelo fim surge o começo, o começo aniquila o fim. O SER difere do PARECER. O Fim e o Começar, não estão atrelados a uma condição, mas a uma escolha! E escolher o verdadeiro, faz com que vivamos em meses, aquilo que não adquirimos em anos de convivência.
Se a vida me pede passagem para tristeza, me faço de mouca, cega...escancaro meu sorriso e peço desculpas pela falta de atenção.
Não dou passagem para o preconceito, menos ainda para falta de amor. Se quer praticar o desrespeito, roubar os direitos dos outros...faça-me um favor: não bata a minha porta !
Não cobre de sua vida um momento que apenas está de passagem porque no fim não será lembrado como parte dela !
É importante entender a passagem do tempo e o que isso pode provocar em nossa vida.
Como é impossivel deter a marcha do tempo, temos que saber amadurecer sem envelhecer,
não permitindo que nossa alma envelheça e nem envileça, vamos deixar o problema apenas
com o corpo...
Osculos e amplexos,
Marcial
ENTENDER E ACEITAR A PASSAGEM DO TEMPO E A VIDA
Marcial Salaverry
Entendendo ser algo inevitável, temos que saber encarar a passagem do tempo, e entender que podemos amadurecer sem envelhecer. É preciso sabermos encarar essa idéia, aceitando que efetivamente é impossível deter a marcha do tempo, vamos procurar com boas idéias, saber que podemos encará-la numa boa.
As idéias amadureceram mais um pouco, pois li um pensamento de L'Inconnu que se aplica à perfeição ao tema e que exige uma certa reflexão. Vejam se não estou certo:
"Pense em si mesmo como alguém que tem direito à felicidade".
Temos de convir que L'Inconnu teve uma sábia inspiração, pois é exatamente essa a sugestão que se pode passar para as pessoas que começam a se entregar ao peso dos anos, esquecendo-se de que enquanto estamos vivos, sempre temos algo a fazer, e não podemos nos entregar à idéia de que "estamos velhos e nada mais temos a fazer".
Acredito que a pior coisa que pode acontecer a uma pessoa é chegar naquele ponto em que acha que nada mais tem a fazer e entrega os pontos. Pode-se dizer que morreu em vida. E como é ruim quando isso acontece. Chegando a esse ponto, realmente começa a morrer para a vida, e assim sendo, sinceramente gostaria de pegar cada uma dessas pessoas apenas para tentar mostrar que todos, sem exceção temos algo a fazer por alguém. Ninguém está completamente inutilizado para a vida.
Temos que nos lembrar de que todos tem direito à felicidade, à vida, mas temos que saber buscá-la, uma vez que não se pode esperar que ela caia do céu.
E... como buscá-la? Argumentou uma amiga, acrescentando que estava viúva há já alguns anos, e que sentia muito a falta do marido, e não via mais razão de viver. Vamos relembrar este episódio, porque já teve uma outra sequência, e para tanto, vamos transcrever o diálogo que aconteceu há algum tempo:
"Após ouvi-la, deixei-a chocada quando perguntei por que então não se enterrava junto (tipo tratamento de choque). Sugeri depois, que começasse a viver, pois tinha direito à felicidade. Indiquei-lhe procurar os Centros de Convivência da Terceira Idade, que procurasse grupos de excursão, que procurasse, enfim, contato com pessoas vivas, e que enfim, ao invés de ficar em casa chorando a perda do companheiro querido, que procurasse sim, manter as recordações de todos os bons momentos vividos juntos, e que fosse tentar viver. Bem, para encurtar a história, hoje essa pessoa continua só, mas notei uma alegria de viver no brilho de seus olhos. Tem viajado constantemente. Nas reuniões do Cecon, conversa com amigas lá conhecidas, faz tricô, está aprendendo pintura em seda. Enfim, está vivendo. Está feliz. Esqueceu o marido? Claro que não. Sempre se lembra dos momentos felizes vividos juntos. Mas são lembranças boas, e não amargas. Não lamenta mais o fato dele não estar mais aqui, mas sim alegra-se por ter tido sua companhia por tantos anos."
Bem isso foi em novembro de 2008. Hoje, tive o prazer de encontrar essa amiga. Pareceu-me rejuvenescida. Está amando. Encontrou um outro coração solitário, e estão namorando. Ela tem 71 anos, e o feliz noivinho, tem 74. Estão felizes. Estão vivendo novamente. Fiquei feliz quando ela me disse que foi aquele diálogo que abriu seus olhos para a vida, e é fácil entender que, como ocorreu com ela, qualquer pessoa solitária pode encontrar um outro alguém que esteja igualmente solitário. Claro que não se pode esperar que surja uma grande paixão, um grande amor. Mas basta que surja alguém com quem possa dividir a solidão. Alguém com quem se possa caminhar de mãos dadas pela vida...
Verdade seja dita, tal encontro não é imprescindível, pois é perfeitamente possível administrar-se a solidão. Basta que se encontre uma ocupação. Algo com que preencher o tempo ocioso. Os fatos são os mesmos, o que muda é o enfoque. É a maneira de se encarar os fatos.
Se a idéia serviu para uma pessoa que estava completamente amargurada, poderá servir para qualquer pessoa. Basta que consiga acender uma pequena luzinha em sua vida. Basta que entenda seu direito à felicidade e saiba usá-lo.
E amigos, como é bom sentir-se VIVO, como é poder agradecer ao Amigão o fato de sentirmos a alegria de viver.
Para cada problema existe uma solução. Só temos que saber procurar. O importante é nunca entregar os pontos. E o ponto final da vida só surge quando ela efetivamente acaba, e nunca antes.
Bem crianças, vamos sempre procurar viver, e para isso, o melhor é fazer de cada dia, sempre UM LINDO DIA...
Creio que o que faz envelhecer não é a passagem dos anos. É a rigidez do coração, a frieza das emoções, a indelicada dos gestos e inflexibilidade da alma.
O que te falta ver para perceber que tudo é imóvel, que estamos de passagem, mergulhando em sonhos matérias, em planos surreais.
Passagem sem agendamento previsto.
Não tem hora, data ou pedirá licença, apenas levará.
Não permitirá tempo para despedidas através de e-mail ou um status no Facebook.
Virá para todos com a mesma intensidade, mas ainda há tempo aproveite e jogue fora a lupa e use apenas espelho para julgar o próximo , enquanto está próximo.
Hoje é o dia do amor , da vida !,
Amanhã, talvez, parta você, talvez eu. Ou talvez, quem mais lhe trouxe prazer e deveria ter sido lembrado.
Boa sorte!
Bruno, meu filho amado
Eu sei que você está por perto
E sei que estamos aqui apenas de passagem
Somos todos espíritos vivendo uma experiência humana...
E agora você retornou primeiro ao mundo de onde todos viemos
E para onde voltaremos
Ao Mundo espiritual...
Independente de você não estar mais alcance de meus olhos
Você estará sempre ao alcance dos olhos do meu coração...
Te sinto mais vivo do que nunca dentro de mim...
E prometo que meu pranto será apenas de suave saudade
Na certeza de que você estará sempre perto de mim...
Na misericórdia de Deus, você estará mais feliz
E assim estarei feliz também...
Não sei qual foi a razão de tudo isso
Mas Deus me dará a explicação
Quando mais tranquilo estiver o meu coração...
Você continuará sempre sendo o meu filho amado
Meu amor por você e seu amor por mim
Serão o laço inquebrantável que me fará sentir
Que a tua vida continua...
Pois o que aqui chamamos de morte
É apenas uma viagem ao encontro do amor de Deus por todos nós.
Na página da vida, hoje escrevi a passagem de meu dia e com a certeza de ter praticado o meu melhor.
A PASSAGEM DE ISABEL VIEIRA POR BELO HORIZONTE
CRÔNICA
Após retornar ao seminário Escola Bíblica Permanente de Sião (EBPS), da Assembléia de Deus em Belo horizonte – MG, em 1996, depois de um considerável período fora dessa escola e da vontade de Deus, conclui com êxito o curso de Educação Teológica, cuja matrícula havia trancado.
Convidei a mamãe para a minha Colação de Grau no Templo Cede da AD,na região central da capital mineira; que para a minha surpresa confirmou sua presença no evento.
“Mãe é mãe, não é madrasta!”...
Apesar da avançada idade e da distância (1.120 km) mais ou menos - do seu reduto, não mediu esforços e compareceu.
Dias depois, fizemos uma ‘via sacra’ em casas de amigos, numa região em que havia morado; nos bairros São Tomaz, São Bernardo... Oramos pelas pessoas, por onde passávamos:
No Luar da Pampulha a mamãe orou pelo seu José Caitano, acometido de um câncer; depois da oração, Jesus o preparou e levou para sua glória.
Em qualquer prosa que mamãe iniciasse com um descrente, logo falava de Jesus e fazia o apelo: perguntava se a pessoa desejava "aceitar Jesus como Salvador". E, geralmente de bom grado, ela aceitava, com palavras ou gestos afirmativos.
Dona Maria pediu oração para Jakson seu marido, policial civil, que a proibia de freqüentar igrejas evangélicas; há trinta e seis anos, estava privada de fazer isso. Aquele homem era um julgo tirano que oprimia aquela pobre mulher. Em seu coração não tinha espaço para a generosidade, justiça, e nem muito menos para um espírito fraterno.
Depois das orações de mamãe não demorou muito, ela já estava freqüentando a Igreja, glorificando a Deus. – O marido, partira dessa vida para outra e ela saiu do cativeiro; e como Miriam irmã de Moisés, depois da travessia do Mar Vermelho, cantou o cântico de liberdade.
Visitamos algumas viúvas em suas tribulações: Dona Ana... Dona Berenice; que pediu orações para os filhos (Manoel e Juca), dependentes etílico. Comemos salgados fritos feitos na ora, e tomamos café com fumaça saindo na beira da xícara; mamãe se comprometeu de fazer uma campanha de oração pelos seus rapazes.
Com o andar da carruagem... O Juca foi atropelado na porta da sua casa; muito debilitado, não resistindo os ferimentos, faleceu dias depois, num hospital da cidade. Manoel seu irmão, foi liberto do vício da bebida; ficou quinze anos livre do álcool e morreu em decorrência de uma cirrose hepática, ainda numa boa idade.
Fomos bem recepcionados na residência do Seu Edson, meu ex-patrão; como boa maranhense mamãe ensinou dona Maria José sua esposa, a fazer cuscuz de milho; o mineiro conhece muito de pão de queijo e outras iguarias... A janta estava uma delicia!... Com toda a família em volta da mesa.
Ainda abusando da boa vontade e das energias de mamãe, às 19h30 fomos para o melhor lugar do mundo: o templo. Participamos de um belo culto na Assembléia de Deus do Bairro São Bernardo.
De longe, se ouvia os irmãos falando mistérios com Deus. Apressamos os passos. Não queríamos perder um minuto sequer daquela benção.
Bem recebidos na congregação, como usam fazer os santos; após a leitura da Carta de Recomendação que mamãe apresentou, oriunda de sua congregação de origem – em Campos Belos - GO...
O culto transcorria de maneira esplêndida e o Espírito Santo operando grandemente no seio da igreja.
Presenciamos, in loco, um dos cenários de grande beleza na vida da igreja; uma reconciliação entre irmãos, intermediada diretamente pelo Espírito Santo.
Aquilo que o Senhor deseja para seus filhos, e que está registrado nas Escrituras para nós: “Ó quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!...”
Essa reconciliação foi concretizada ou restabelecida à contra gosto de dois jovens integrantes da mocidade da Igreja local - Silas e Carlos. Pois até aquele momento nenhuma manifestação de arrependimento havia acontecido entre eles.
O primeiro era dirigente da mocidade e o segundo cursava o Bacharel em Teologia num seminário da instituição religiosa em que servia.
Por algum motivo qualquer, não se falavam há muito tempo e por causa desse impasse, a Igreja gemia com aquela relação desigual e conflituosa.
“Como poderão andar juntos se ao tiverem de acordo?...”
Deus se mostrava aborrecido, e dava oportunidade a eles para o arrependimento:
Usava os vasos da sua casa, em mensagens proféticas, quanto à necessidade do arrependimento e do perdão entre eles, mas se faziam de surdos.
Não desejavam mesmo fazer às pazes; não queriam conversar nem se fosse para irem para o céu juntos. Vejam caros leitores, a que ponto os dois chegaram!
Então, Deus mesmo tomou uma atitude mais séria com eles: agarrou o Silas pela gravata e o levou à frente de povo; e da mesma forma, fez também com Jeremias.
Do percurso de seus assentos, seguindo pela nave do templo em direção ao santo altar, se derretiam como manteiga no fogo.
Perdoaram-se e ficaram abraçados chorando,chorando,chorando... Por mais ou menos vinte minutos. E a irmandade em pé, chorando também. Houve profecias, e a igreja, em peso, glorificava muito, a Deus.
A alegria naquele instante foi tão grande que ia da Terra ao céu!... E os mensageiros de Deus fizeram a festa.
E via-se renovo espiritual, por todos os lados; não somente dos jovens mencionados nesta narrativa, mas também de toda a congregação. Foi um culto maravilhoso e inesquecível, aquele!
Alguns irmãos, com dons de visão, viram anjos celestiais trabalhando naquela operação divina.
Naquele culto abençoado e histórico o inimigo mais uma vez foi grandemente derrotado. Louvado seja Deus!
Dormimos na casa de Raul e de Dona Luzia, casal não evangélicos, mas abençoados; ao qual tenho muito apreço e que, nos acolheu maravilhosamente bem, naquela noite!
(14.02.16).
Loucura
Loucura pouca é bobagem
Aqui a gente ta só de passagem
Uma vida tão linda
Vou me privar de que?
Tenho fé, tenho Deus, e tenho tu.
Onde a fé é meu caminho
Deus minha lucidez
E tu minha loucura.
Sempre que a loucura me pede passagem ela vem na tua companhia, traz teu cheiro ! Me invade, é mente que pira, corpo que explode, desejo irracional. Bagunça minha alma, esconde meus medos; é assim toda vez que te sinto perto, que te tenho nos olhos: obsessão ! Faltam estradas, caminhos...me vejo sem chão. Bate coração e pele no mesmo ritmo, mesma estação.