Partir
“A partir do momento que você programa algo sem a conscientização do próximo a responsabilidade é sua. Não é aconselhável e muito menos legal querer que as coisas sejam do seu jeito sem saber a opinião alheia.”
Tenho medo de um dia olhar no espelho de minha alma e ver-me pronta, acabada, completa, pois sei que nesse dia terá chegado a minha hora de partir.
Hoje em dia quando te olho
Percebo que o que já existiu um dia
Deixou de existir!
O que um dia foi amor
Agora não passa
De pequenas saudades
De vidas passadas
Hoje olhá-la
É como estar olhando
Uma estranha em meu caminho!
Isso só torna mais claro
Que mais um sentimento chegou
Ao fim!
Fim de um capitulo
Para outro começar!
Mais uma vez você se foi.
Como água escorre pelos dedos;
Por falta de cuidado da minha parte
Você se foi…
Eu sei, caramba, nem estrelas são iguais
Tem mais, vitória agora é uma fresta de sol
No fim das conta, Tetsuo é quem tinha razão
Então todas areias da ampulheta, vão
Eu vinha, pé ante pé, em busca da pequena porta
que dava acesso aos mistérios da noite,
daquela noite em particular, por ser a mais terna
de todas as noites que a minha memória
era capaz de guardar, com letras e sons,
no seu bojo de coisas imateriais e imperecíveis.
Tinha comigo os cães e os retratos dos mortos,
a lembrança de outras noites e de outros dias,
os brinquedos cansados da solidão dos quartos,
os cadernos invadidos pêlos saberes inúteis.
E todos me diziam que era ainda muito cedo,
porque a meia-noite morava já dentro do sono,
no território dos anjos e dos outros seres alados,
hora inatingível a clamar pela nossa paciência,
meninos hirtos de olhos fixos na claridade
enganadora de uma árvore sem nome.
Depois, o meu pai morreu e as minhas ilusões também.
Tudo se tornou gélido, esquivo e distante
como a tristeza de um fantasma confrontado
com a beleza da vida para sempre perdida.
Deixaram de me dar presentes e de dizer
que era o Menino Jesus que os trazia
para premiar a minha grandeza de alma,
o meu desejo de ser bom para os outros.
Passei a escrever sobre tudo isso, sofregamente,
só para não ter de escrever sobre a saudade
que esse tempo fugidio deixou em mim.
A árvore mirrou de frio num canto da sala,
os presentes apodreceram no sótão da casa,
juntamente com os doces da Consoada
que ninguém teve vontade de comer,
nem mesmo os mais gulosos como eu.
Um homem de muita idade bateu-me à porta
e depositou-me nas mãos um pequeno embrulho:
«Eis o teu presente de Natal» — disse-me.
Abri-o e vi um livro onde se contava
toda a minha vida desde o primeiro Natal
de que conseguia lembrar-me, tudo o mais esquecendo.
Ali estava eu de pé, muito quieto, junto da árvore,
à espera que alguém me viesse dizer
que o céu era pródigo em revelações e dádivas.
Era para lá que eu sonhava ir quando morresse.
Quando Dezembro se aproximar do fim,
lançarei pétalas ao vento como se tentasse
semear o perfume do que fui enquanto acreditei.
Talvez o homem volte com outro embrulho secreto,
só para me dizer que esse é o livro que ainda me falta escrever.
Então, juntarei os amigos, os filhos e os netos
numa roda de luz à minha volta e direi do Natal
o que os antigos diziam dos heróis e dos deuses:
foi à sombra deles que nos fizemos homens.
Quando eu partir de vez, lembrem ao menos
a ternura do meu sorriso de menino
quando a meia-noite soava no relógio da sala
e eu acreditava ainda que a felicidade era possível.
Quando eu partir...
Quando eu partir, o dia não será mais a mesma coisa, nem a noite também;
O sol não terá o seu calor, e nem a lua o seu brilho.
Quando eu partir, as flores não serão mais coloridas e nem exalarão o seu perfume;
Os beija-flores e as abelhas não farão diferença alguma.
Quando eu partir, a criança não mais chorará, e nem o velho há de reclamar;
O brinquedo perderá seu valor, e a falta de atenção não será percebida.
Quando eu partir, a terra estará a espera ou as nuvens dirão: vem!
E eu irei, pois, de tudo o que importa, e a minha ida.
Porque faz isso?
Porque faz isso comigo?
Porque não me deixa ir?
Porque não me expulsa daqui quando eu quero ficar?
Você sabe o que eu sinto,
Você sabe que dói.
Quantas vezes te pedir pra dizer a verdade...
Quantas vezes de pedir para mentir se fosse necessário
E me deixar partir
Pois andor da partida vai ser grande, mais pior ainda é viver essa dor que não tem fim
Mesmo indo reflito que fico,
pois estando aqui sei que de mim
não irás partir, e como em ti
nunca estive, estou indo...
Escute, sua mãe partiu numa viagem muito longa. (...) Não é uma longa viagem em termos de distância, mas sim em termos de tempo.
Quando partir, deixem-me descansar sob o meu jardim..
Sementes e flores levarei em minhas mãos e do meu corpo farei um solo fértil.
onde junto delas pretendo viver eternamente em um ciclo sem fim.
rojanemary <3
Ele era um fardo, um espinho ao meu lado. Porém, ele era alguém que eu não podia deixar partir – o elevador da minha vida.
Tive que deixar você ir
Mesmo não querendo...
Só se que não vou te obrigar a ficar
Mas.... eu te amo....