Partir
Carta aos Anjos
Não vejo mais o trem partir
Preso na vida da escuridão
Não quero mais sorrir
Só encontro solidão
Mas mesmo na escuridão
Tentava encontrar o caminho
Lutando pela minha salvação
Enfrentando o frio sozinho
A tristeza que me faz ir
É o mesmo medo me faz cair
Quero um lugar sem dor
Onde a vida já não tem valor
Minha mente, aflita
Com vida que me atormenta
Não suporto mais esse grito
Um corpo que não aguenta
A solidão me sufoca
E o desespero é meu guia
Leve-me até a corda
E a morte me arrepia
Com lágrimas nos olhos
E o coração em despedida
Dou adeus aos meus anjos
E me entrego à partida.
Sinto o peso da solidão
Que cerca como um abraço
É a dor do meu coração
Que me leva a este cansaço
A angústia em minha mente
Me faz perder nosso laço
O sofrimento é meu presente
Eu não suporto meu fracasso
A solidão me sufoca
E o desespero é meu guia
Não vejo mais a vida
E a morte me arrepia
Não há mais razão de ser
Nessa vida sem sentido
Apenas o desejo de morrer
Me traz um pouco de alívio
Com lágrimas nos olhos
E o coração em despedida
Dou adeus aos meus anjos
E me entrego à partida.
"O que me deslumbra numa cachoeira é perceber que toda a sua beleza se constrói a partir das suas quedas e das pedras que surgem em seu caminho"
Se um dia eu partir ninguém irá sentir falta de mim por que sou alguém que nunca existiu na vida deles.
Se basear em achismos únicos e suposições absolutas a partir somente da observação pessoal sem levar em conta os viés e variáveis é muito mais fácil e cômodo do que averiguar os fatos concretos e verídicos.
Como um vaso vazio ficamos se não tivermos em nossas vidas Jesus, o nosso Salvador.
Mas a partir do momento que o convidamos, Ele entra com a providência, nos enche com a água da vida e purifica o nosso interior.
Chega uma fase determinada da vida, a partir da qual, a maturidade passa a ser indispensável, sendo assim, precisa estar em constante atividade num contínuo desenvolvimento para se evitar pelo menos uma boa parte do peso desagradável da própria irresponsabilidade.
Entretanto, a sanidade também tem a mesma ou talvez até mais importância e uma das maneiras de defendê-la é colocar de vez em quando a perceção madura para descansar e enquanto isso, usar o olhar de criança, aquele mesmo que é trazido desde a rica infância.
E olhando gentilmente com esta apreciação infante tão valiosa, a bela simplicidade se une com a vívida imaginação, então, é notada com mais facilidade proporcionando uma imersão maior de deslumbramento, saída momentânea da normalidade em um necessário avivamento.
Exemplificando, as nuvens no céu podem ganhar formas semelhantes a coisas familiares que se tem guardadas na memória, é possível acessar outros mundos, peceber as lições que estão em algumas páginas ou em uma simples animação que são válidas para a fase adulta, uma saudável concepção.
Portanto, que o olhar de criança não se perca com o tempo, ao contrário, que esteja cada vez mais vivo, pois às vezes o que parece ser um chapéu pode ser algo totalmente diferente, mas que seja usado no momento certo para que não venha a ser inconveniente e sim ajude a manter sã a frágil mente.
Já é.
Talvez eu me canse de você depois que um raio me partir ao meio...
Talvez eu viagem para longe mais tão longe do infinito...
Talvez eu só quero o paraíso aqui comigo...
Talvez você seja meu talvez a perfeita lucidez o sonho-abrigo...
Eu quero a poesia perfeita...
e você tem que está por perto!
Eu desejo sentir frio na barriga...
isso quando os olhos seus estiverem nos meus congelados...
E na mesma direção sentindo mesmo nivel...
Esse brilho da sua alma hipnotiza meu corpo inteiro...
Amor verdadeiro a gente planta no coração guerreiro...
Tantas batalhas para fugir da morte eu tenho sorte de está vivo...
Semana que vem talvez eu ganhe algo milionário...
Você será o tesouro mais rico do meu calendário...
Eu juro viver cada dia como se fosse seu aniversário...
E todos os dias direi te amo olhos castanhos...
E os anjos do céu vai gotejar gostas de mel
E nossos corpos vão se abraçar nas histórias de papel...
E você faz falar se quer ir ou ficar na história.
Eu só vou embora quando você fechar seu coração...
E a minha canção não for mais remédio para seus tédio e o mistério em fim se acabar...
Joga a última flor
Não chora quando o caixão partir
É a ponte levadiça do castelo triste
Se abaixando pra eu fugir🎪
Fim de relacionamento...
Saber entender o fim e a partir desse fim abrir espaço para começo de um novo momento.
Complexo quando a sentimentos. Talvez sejamos amigos, mas hoje somos apenas os pais de nossos filhos. Obrigado por todos os momentos que vivemos juntos, aprendemos, acertamos e erramos.
Tivemos frutos e isso é que devemos cultivar.
Não importa o que os outros pensam ou falam.
Cada um sabe o que carrega no peito, todos temos valores e passado.
Inflexão de reflexos
Como ondulações causadas em um espelho d'água, a imaginação flui a partir do desejo.
Essas ondulações refletem infinitas possibilidades de existência, de criação e destruição.
Ondas carregadas do mais puro desejo de criar, transbordam realidades até que, no ponto de inflexão, um novo desejo surge, o de viver o que foi imaginado.
Neste momento, a consciência que pairava por sobre as águas do seu fluído imaginar, imagina-se no início do seu pensar, com vontade de vivenciar tudo o que sonhou e ainda assim, continuar sonhando.
Um paradoxo entre liberdade e auto-contenção, uma nova luz que brilha em meio as trevas, deixadas pelo vazio das memórias ainda não vividas e então um intenso desejo começa a ganhar forma através de fractais de matéria luminosa, atraídos pela intenção de experienciar uma possibilidade.
O mesmo e ainda assim, diferente. Novas memórias criadas através da experimentação de memórias realizadas. A coexistência entre o eu e o não-eu.
Os céus da imaginação continuam a se ondular infinitamente, enquanto que a matéria, ainda um puro desejo informe, unifica-se formando uma sutil projeção mental, uma ilusão, que quando confrontada ao limite, deixa de existir.
Insatisfeito com o não pertencimento em sua própria ilusão, escolhe vivenciar sua própria criação, desencadeando caos e ordem, decide elevar a criação ao ápice do conhecimento a fim de deleitar-se do prazer de uma companhia.
Com muita astúcia, desenha um ser semelhante a si e dentro dele define a existência de um paradoxo.
O masculino e o feminino, a atração e a repulsão, a construção e destruição. Mas assim como em si, em sua mais perfeita criação, também residia a solidão.
Então um se tornou dois, um espelho pra um reflexo, um todo complementar.
E assim a ilusão criada vivenciou o perfeito prazer, a não-solidão, até que as suas existências são postas a prova: deixar de ser quem somos pra nos tornar uma ideia de quem podemos ser.
A imaginação, agora inserida na criação, gera camadas infinitas de possibilidades e escolhas que podem ser materializadas através do desejo.
Uma ondulação que permeia a ilusão da existência, refletindo a infinita onda exterior de possibilidades.
A união entre a matéria ilusória e o divino.
Eis então a primeira escolha: ser mais!
E, ao almejar o infinito, reconhece então sua própria finitude. Paredes de ilusão que antes representavam liberdade, agora representam grades para sua percepção. Ao ser questionado sobre sua escolha, escolhe a amargura como resposta, semente que imaginou ao ressentir seus limites.
Um plano, regado a suor e sangue, começa a se desenrolar. Dois se tornam três, quatro, milhares, milhões, até que o criador desta ilusão decide vivenciar a ilusão que criara e assim, por um breve período, coexistem apenas as ondulações dos céus da imaginação, a ilusão da existência de possibilidades escolhidas e uma consciência singular que agora possui fractais de lembranças do futuro, do passado e do presente.
Novamente uma nova existência, nomeada, ilusória, mas tangível pela própria ilusão, percebe o amor, a fúria, a dor, a tristeza, a alegria e o silêncio.
Até que, desperto novamente no início, compreende o sentir e sente-se verdadeiramente vivo, vivo de tudo.
Ele então começa a compor, não mais um plano, mas uma música. Uma música capaz de tocar todas as possibilidades simultaneamente, onde cada existência representa suas próprias escolhas como vibrações melódicas do concerto cósmico.
Infinitas realidades vivas coexistindo, ainda sem interagir, até que o maestro, dotado de reflexos, diga: fim.
Partir
Como é difícil ir embora e deixar um pedaço seu em outro lugar
Uma parte de sua alma que continuará lá, mesmo que você não continue
Pode dois dias ser tempo suficiente para nunca mais querer ir embora?
Pode algo te prender tanto assim em uma cidade?
Sempre tive um único lugar para chamar de casa
Um lugar que, por vezes, eu não queria estar
Mas, pela primeira vez, tem um lugar que eu quero chamar assim
Parti hoje para um lugar que eu não queria voltar
Fui embora querendo ficar, e fiquei querendo não ir
Lutei internamente comigo mesma, tentando me convencer de que era o melhor
Mas sabe o que é melhor? Estar num lugar e se sentir amada
Sonharei com lembranças ainda não vividas, mas que já dão saudades
Saudades das pessoas, dos animais, e da região "merecedora".
Sonharei até que o sonho se torne realidade, por mais que demore
Eu vou esperar e prometo não acordar,
Até que partir não seja mais uma opção
Uma obra inicia-se a partir de uma ideia. Não existe matéria que não tenha ultrapassado as dimensões do pensamento.
Mundo fascinante a partir da profundidade dos teus olhos, da sutileza da tua face, dos teus lábios charmosos, vejo a suavidade em cada fragmento, uma arte exposta, deslumbramento imediato, és de fato, maravilhosa, provocas um desejo veemente, uma força gravitacional que atrai para perto, que tira da realidade, que faz adentrar em um deleite temporal, onde o tempo aparenta não passar tão apressadamente, um momento mais do que especial, beijos ardentes, mundos que se cruzam, interação descomunal, emocionante loucura, do toque das mãos ao das almas, ocasião intensamente lúdica que nas mentes, ficará guardada.
Se eu partir amanhã
Deixando lembranças nos corações
Que sejam doces belas e singelas
Que tragam alegria ao lembrar de mim
A autenticidade te traz capacidade para demonstrar afetos humanos e, à partir daí, se conectar com pessoas e realizar uma persuasão natural, original e autêntica.
Amanhecer interior
Em um amanhecer interior
Começou a florescer o amor
A partir daquele sentimento
Foi como um novo nascimento
Onde as frustrações morreram
E as esperanças nasceram
Com um mágico novo olhar
A beleza da vida passei a enxergar
Alan Alves Borges
Livro Confuso Coração