Partir
O Papo esta ótimo, mas tenho que partir antes que a noite tire o vestido, e o sol nos venha.
Antes que o sol aponte ali, ali na esquina do despertar... FuizZZzZz....
Deixe esse seu ex amor partir logo, porque na verdade ele já se foi. O que restam são recordações dolorosas, que impedem o aparecimento de uma novidade.
Hora de Partir
Você me olhou,
eu te olhei.
Você sorriu,
eu sorri.
E da minha mente
você nunca mais saiu.
Você pediu para que eu ficasse mais um pouco,
e as lágrimas vieram como um sopro,
dizendo que é hora de partir.
Chegou a hora,
chegou o tempo,
mas aqueles momentos em mim ficaram.
Agora é hora de ir,
hora de achar outro motivo para sorrir.
Hora de enfrentar a vida,
e esquecer da partida.
A partir dela, não seria mais ela e nem ninguém... Deixaria uma parte, um nada, um vazio incurável... Um buraco, um abismo, precipício... Sem fundo, interminável, sem fim... Definitivo, sem volta... O fim...
Vivo um coma dentro do meu coração esperando a receita que me refaça e não me faça partir em dois sem preenchimentos que desate minhas saudades;
Nunca verá o que realmente posso ser e no que preciso para completar o meu vazio e me fazer esquecer das lembranças que me trazem emoções;
À partir de hoje continuarei ... mas seguindo as instruções conforme o manual do fabricante ( Deus )
Nunca ti atrevas a virar as costa ou a partir o coração de alguém que ti ama pois tu ti encontras lá e podes acabar por ti ferir e nunca superar as feridas
Se a partir de uma costela criaram algo com tamanha beleza, graça, força e perfeição, me dou o direito de imaginar como seriam se fossem criadas diretamente do coração. As mulheres merecem o paraíso só pelo fato de serem mulheres.
Se eu tenho um medo? Sim. Que as pessoas, quando eu partir, esqueçam de mim, esqueçam daquilo que um dia eu as fiz sentir.
Um dia eu sentei ao lado do meu avô e ele me disse "Não posso partir sem te ver lá em cima.", e eu achei que ele estava gagá. Era quase meia noite e estávamos na varanda. O céu sem estrelas da metrópole cedia lugar às nuvens acinzentadas. Eu aguardava meu pai. Meu avô é um homem sábio...sábio até demais. Mas eu ainda não entendia o que ele quis dizer. Insistiu em esconder.
Naquela noite discutimos política, ciência, história e geografia. Falamos mal dos latifundiários e endeusamos os filósofos gregos. "Que gagá, que nada?!" - retruquei em pensamento - ele sabe mais que eu, e nem pisa os pés numa escola.
Era 1:15 da manhã e a porta se abriu. Me levantei da cadeira da varanda, lhe dei um beijo pedindo a benção e me retirei. Quase passando pela porta da sala ele me gritou. Fiquei de pé ao seu lado, ele não desviou seu olhar que estava fixado no horizonte dos arranha-céus. "Eu quero te ver no lugar mais alto do pódium. Quero te ver com um papelzinho enrolado nas mãos levantando de uma forma ridícula enquanto as pessoas aplaudem, e posso até lhe permitir uma valsa. Mas só quero te ver feliz. E me prometa uma coisa..." "Seja o que for, diga" "Cuida da nossa família, ela é a sua base - você sabe que eu sei - não se desprenda do que é forte e verdadeiro. Afinal, é pra isso que você está neste mundo.". Fixou-se nos arranha-céus mais uma vez, acendeu seu cigarro,golou a cerveja e eu parti. Naquela noite, os meus sonhos me levaram onde eu nunca imaginava poder estar.
-Noite equivale ao tempo. Tempo de partir. Deixar a existência.
-Por isso você não consegue dormir? Com medo de o tempo acabar?
Ele se calou. Talvez tenha respondido mentalmente, ou estava formulando bem o que disse:
-O sono é o apagar da realidade, o sonho o início de tudo que está oculto.
a terra é estéril,
a arca vazia,
o gado minga e se fina!
António, é preciso partir!
A enxada sem uso,
o arado enferruja,
o menino quere o pão; a tua casa é fria!
É preciso emigrar!
O vento anda como doido – levará o azeite;
a chuva desaba noite e dia – inundará tudo;
e o lar vazio,
o gado definhando sem pasto,
a morte e o frio por todo o lado,
só a morte, a fome e o frio por todo o lado, António!
É preciso embarcar!
Badalão! Badalão! – o sino
já entoa a despedida.
Os juros crescem;
o dinheiro e o rico não têm coração.
E as décimas, António?
Ninguém perdoa – que mais para vender?
Foi-se o cordão,
foram-se os brincos,
foi-se tudo!
A fome espia o teu lar.
Para quê lutar com a secura da terra,
com a indiferença do céu,
com tudo, com a morte, com a fome, coma a terra,
com tudo!
Árida, árida a vida!
António, é preciso partir!
António partiu.
E em casa, ficou tudo medonho, desamparado, vazio.