Partida
Quando deste mundo partir serei apenas um porta retratos na estante e o que sobrar de mim em suas lembranças,nem melhor,nem pior.
A pior dor, é a da perca.
A dor pior que a perca, é a que devemos, temos, e nos vemos obrigados a ter que abrir mão, para não perdermos nós mesmos.
Até onde é possível haver escolhas, sem haver dor?
O bom amor, o melhor amor, é aquele que não obriga você a deixá-lo perder nas memórias e no caminho.
O pior amor é aquele despertado bem e bondoso no início, e como rosa, se transformado em puro espinho, que cada vez corta, e corta, e fere.
Já não sinto dor. Já não sinto mais nada, já não sinto.
Só pergunto onde nos deixamos sermos mal amados, desamados, meio amados.
O amor que ficar, será aquele único que não fira e realmente ame em todos os sentidos das palavras, não apenas em alguns.
Preciso que o amor que fique, não seja tortuoso. Seja amor.
(des)amparo
você me deixou, mas não só me
deixou. deixou a vida sem graça.
deixou meu dia improdutivo. não
foi você, fui eu. você se foi e eu me
permiti que a vida ficasse sem cor.
eu me deixei por você e procurei
amparo em mim.
Viagens, viagens e mais viagens... assim resume um pouco da história de dois colibris. Num encontro ao acaso, o destino bateu asas sem destino. Houve a partida, eu sei. Houve a chegada, bem sei. Eu destilava quando a brisa tocava o meu rosto. Eu bailava ao flutuar nas águas da cachoeira. Eu me sentia leve ao voar do seu lado. Eu, eu, eu... foi um eu em nós. Cada viagem era única. Cada viagem era vivida como nunca. Cada viagem eu voava sem medo. Cada viagem eu me entregava mais ainda para um voo livre. Cada viagem me fazia sentir o quão bom é viver um voo sem ter medo da queda. Cada viagem me presenteava com uma plumagem nova travestida de amor. Cada viagem eu renascia; ressurgia das cinzas como uma fênix: o pequeno e sonhador colibri. Certo tempo, o destino me fez uma surpresa, como ele sempre me fez. Minha fênix o qual eu perseguira insaciavelmente voou bem mais alto para bem longe. Eu não consegui avistá-la! Tentava com todas as minhas forças vê-la, mas já era impossível. Chorei. Ela se foi. Ela se foi e deixou a saudade como lembrança de um voo que me fez livre, mesmo estando com os pés presos às razões que me aprisiona. Ela me apresentou a liberdade ao voar, a sua vontade de viver sem medo.
Se um dia alguém te perguntar se você voou, se você amou; pequena colibri, não hesite em dizer com todas as suas forças: eu amei e fui amada!
O amor não explica sua força pela fala, mas pelas pequenas atitudes que entrelaça o coração de quem com a mesma ânsia de vive-lo escolheu permanecer ficar ao teu lado mesmo quando a única saída era abandona-lo.
A vida é uma jornada
somente de ida,sem saida
me perco,me busco,me encontro
perdido em busca de mim
No escuro me procuro,me acho
convencer-me de voltar à luz me faço
tímido sorrio,crio um caminho de volta
à procura de mim me encontro,
não me sinto mais sozinho
O caminho escolhemos,
pode ser plano ou espinhoso,conforme o escolhemos
há várias maneiras de chegar,
tudo depende de como a jornada vamos encarar
há atalhos,por eles os caminhos encurtam,
porém as experiências adquiridas são menores,não educam
viver é galgar a vida,saber encarar,entender que é sofrida
mas não perdida gera experiências na jornada adquirida
tudo é ciclo, o dia nasce e morre,clareia ,escurece,
nasce tudo,tudo morre a vida
por entre nossos dedos escorre
Estão não era amor? Não era nada? Então o que era a dor em meu peito quando soltou minha mão e partiu, quando senti que não me olhava mas nos olhos, era minha solidão que havia partido? Se foi isso, porque me dói tanto a saudade de te?
Na angústia sensacionalista de todos os dias sentidos...
Toda despedida é dor...
E dói entregar nas mãos de Deus aquilo que você não pode mais ter...
Falo de mim porque bem sei que a vida é assim...
Meu coração não aprendeu nada...
Recolho assim minhas palavras em versos...
Feitas de lágrimas e silêncios...
Do que quero renego...
Me pesa na vontade...
Recebo o que me é dado...
E o que me é dado quero...
Mesmo com medo...
E de alma partida...
Só posso clamar aos céus...
Pela vida tal qual entendo...
Sandro Paschoal Nogueira
O QUE FUI
O que fui, ficou parado na vida
Meu sorriso aberto, um dia chorou
A saudade de mim, em mim agora atordoa meu ser
O vazio me mata
Caí, e gravemente feri-me
O pesadelo acordou, já não sonho
Na cama vazia eu busco refúgio
Meu chão é meu hoje, não tenho amanhã…
Perdi ilusão
Hoje proclamo o dia da perda, não mais ouço meu grito
A vida é nefasta em mim, não creio em mais nada
A lua apagou lá no alto
O brilho do sol não volta amanhã aquecer meu viver
A cidade é vazia
O veneno não me consola, me isola e me salva do nada
Omitir pra viver, me disseram
Eu não quero
Quero ser livre, quero ser eu, e já não posso
No vento forte caí, queria poder levantar
Bater a poeira e voltar a viver
Mas…Já não posso fazer
O meu tempo foi ontem, o passado levou
Meu espelho já não mais pode me ver
Parti, fui embora de mim
No dia que a ti me dei por inteiro
E hoje por detrás dos trapos em que me escondo
Vivo estou, na letargia do tempo
Tempo que em mim parou
Nas profundezas do pântano
Que todo meu ser mergulhou
Este post é de um pequeno poema de poucas palavras - porém profundas - Que vi pendurado em um poste . "Parti! Mas primeiro você me partiu em mil pedaços!"
São 15h18min , acho que vou , porém a vontade é de ficar , ficar até o anoitecer , ficar até ver você novamente, ficar pra beijar você outra vez , ficar, ficar , ficar sempre com você , mas tenho que ir, aliás não tenho , só estou indo por que você não está aqui.
Querido adeus
Ver-te partir, fatal como o morrer,
Pensei que em pranto e dor eu me afogaria,
Num drama intenso que faria tremer,
Mas jamais em versos a ti dedicaria.
Não nego, a dor veio, sim, chegou,
Menor, porém, do que em sonhos previa.
Findou-se e o coração sequer notou,
Menos te amei do que eu mesma dizia.
Dei-me por completo, sem hesitar,
Mas não a ti, e sim à visão que criei,
Dotei-te de virtudes, sem notar,
Que tuas reais cores, a ver me neguei.
Querido, chamá-lo assim te irrita, sei bem,
Apenas refletir sobre o sentir é meu desejo.
Raiva? Saudade? Nada em mim retém,
Grande paz em tua partida eu vejo.
Entre as sombras do adeus, o coração é um poço de melancolia,
Onde ecoam ecos de um amor que partiu, mas ainda se aninha.
No teatro da vida, a cortina caiu sobre o palco do afeto,
E a dor da separação se insinua como um frio inverno repleto.
Oh, homem de coração trespassado, teu peito é um relicário,
Guardando lembranças de um passado que se desfaz no calendário.
A mulher que partiu deixou rastros de saudade e desespero,
E o que resta são memórias que ardem, como brasas no fogueiro.
Ainda paira no ar o perfume da pele que um dia foi tua,
Mas agora, na solidão, a cama é um deserto que insinua
Que o calor humano se dissipou, deixando apenas o frio,
E o eco dos risos passados ressoa como um lamento sombrio.
As lágrimas, silenciosas testemunhas da tua dor,
Deslizam pela face, buscando alívio para a alma que chora.
A cada suspiro, ecoa a melodia triste da desilusão,
Enquanto o coração insiste em bater ao ritmo da solidão.
Mesmo assim, o amor persiste, como uma chama teimosa,
Que se recusa a extinguir-se, apesar da tempestade furiosa.
A mulher ainda vive nos recantos da tua mente,
Como uma sombra que te acompanha, constante e insistente.
Na escuridão da noite, o vazio se torna mais profundo,
E o eco do silêncio é a trilha sonora desse mundo.
Mas, oh homem que ainda ama e sofre na escuridão,
Lembre-se, o amanhã pode trazer consigo a luz da redenção.
Que o tempo cure as feridas e console tua alma aflita,
E que o amor renasça das cinzas, como a fênix bendita.
Pois, mesmo na dor da separação, há a promessa de um novo dia,
Onde o coração poderá encontrar a cura e a alegria.
E de forma imersiva a solidão, encontrei-me quando partiste e esqueci quem um dia fui nos melhores dias ao teu lado.
Aquele amor que no passado jogaste em um lago congelado
Pouco antes de virar sua face para o outro lado
E sem que eu pudesse ao menos sussurrar
O pior aconteceu
Em meio a tamanho frio
Por dentre a neblina
Você desapareceu.
E agora? E eu?
-me perguntei
Permanecendo deitado, derrotado, por dias.
Quando aconteceu.
Toda noite, em cada estrela eu via o brilho teu.
O chão gélido, um lago congelado e no céu, cada um de seus traços.
Levantei-me lentamente, ainda visivelmente baqueado.
E enquanto levantava, dentro de mim, várias vidas passavam.
Me pus completamente de pé, por uma única razão.
Deixar de olhar para o céu, e voltar a olhar pro chão.
Viver a realidade, sair da ilusão
Porem dia após dia, mergulho neste lago congelado, em busca do seu coração.
Talvez eu nunca mais venha a encontrar
Mas enquanto meu corpo não estiver inteiramente congelado
Jamais deixarei de tentar.