Partida
Ponto de partida
Ao novo ano, no tsuru pedidos escrevi,
em suas asas escrevendo lembrei de ti,
desejei pra ti que gosta da poesia daqui
muita saúde, paz, prosperidade e parti...
Fui pra bem longe e deixei - me voar,
no meu vôo, o vento e a tempestade,
o bem e também sem querer magoar,
alguns resquícios de pura maldade!
Dos olhos caíram algumas lágrimas...
Nos meus lábios também sorrisos vi,
houvera ternura e talvez duros dramas!
De tudo guardarei grato aprendizado;
Não quero ser mais, que meus poemas,
no mais agradeço a todos que tem lido!
Desvio para ver melhor
Tão repentina, rápida foi sua partida,
tão estonteante essa distância expandida,
tornou-se vermelho o seu suéter azul.
Olho suas fotos. Nelas o sol brilha
refletido em cílios, pálpebras, pupilas.
Uma estrela morta que fia sua luz.
E deste sol que esquenta olhos, cus,
gasta pouco a pouco toda sua energia,
você se escondia como um avestruz.
Mas, querido, tudo no planeta conspira
por nós em nome de vidas mútuas:
os genes de peixes, os jogos de exus.
A partida nunca existiu,
Em nós sempre um elo há,
Nunca houve despedida,
Comigo para sempre ficará
O teu riso igual o [meu,
- Verdadeiro
Você não me esqueceu,
E nem muito menos [eu.
Te espero inteiro,
No encaixe do nosso beijo,
No laço dos nossos corpos
Realizar todos os sonhos:
- Santos e profanos
Amar você está nos meus planos.
Ao recordar
bem estes
seis muito
tristes anos
da partida
do Comandante,
porto a nostalgia
do princípio da
minha mocidade,
que não permite
jamais deixar
de sentir muito.
Carrego memória
e não admito
a indiferença
de sentir o fardo
da falsa acusação
contra o leal
e bom General.
Carrego o quê
dói nele em mim,
e sigo com
o sentimento
latinoamericanista
que arrebata de
forma continental.
Unidade poética,
luta entre idéias,
batalha por ideais
para irem muito
além de mil vitórias:
cada uma delas
deve vir de mãos
dadas com
a lealdade,
virtude essa
que só o amor
de verdade
ao povo pode
nos ofertar,
que bom seria
se a liberdade
voltasse ao seu lugar.
És das nossas vidas
o ponto de partida,
Com as tuas cores
ancestrais mantidas.
Meu pendão místico
sob o signo perenal
de vinte e sete estrelas,
Pelo teu verdor devoto
cada instante da vida.
Do Príncipe dos Poetas
és a letra novembrina,
o nosso povo é o augusto
do teu amarelo ouro.
Sob a azul celeste aliança
não perderemos jamais
a esperança e a fé que
nunca se cansa por ter
orgulho de aqui nascer.
Meu pavilhão etéreo
e signo de amor terrenal
da Pátria da minha vida
é a nossa Bandeira Nacional.
A alvura marcada nos
teus valores positivistas,
É o quê nos identifica
como a Pátria pacífica
e a sempre os reverencia.
Matos Costa
Do Alto Vale do Rio do Peixe
a poética em mim vive
partida do Porto Amazonas
com o aventureiro
José Cordeiro que partiu
Rio Iguaçu adentro
e foi o primeiro que
se deparou com as terras
de São João dos Pobres
quando nem nome tinha.
Depois ganhaste o nome
do Capitão mártir e se ergueste
das cinzas provocadas
pela Guerra do Contestado,
Matos Costa, querida,
és lição perene de um
povo hospitaleiro e que ama a vida.
Por tudo aquilo que fostes,
és e e sempre serás,
Matos Costa dona de toda esplendente beleza, História
e sua gente espetacular
jamais deixarei de te amar,
é ali nas águas do Salto São Lourenço
que a poesia não se cansa de banhar.
A partida física é apenas uma mudança de rota confundida com a morte.
Morremos quando deixamos de acreditar em tudo aquilo que é necessário para manter e a obter a paz.
O amor que portamos é aquilo que nos leva a iluminar onde for preciso e a única comunhão com a eternidade.
Os verdadeiros mortos são aqueles que acreditam na guerra.
Deus Forte, Santo e Imortal permaneça conosco e com
todos aqueles que amamos
onde quer que eles se encontrem.
Porque creio que o amor ensinado por Ele sempre será mais forte do que a morte.
Quando paro e penso no que vale da vida,não é a velocidade da partida e sim,no percurso da caminhada,onde com calma vamos semeando a boa semente, e no final da jornada teremos o que colher.
XEQUE-MATE, BABACA!
A partida já durava pouco mais de 45 minutos, uma pequena eternidade para uma criança de 5 anos e meio.
– Mamãe, eu sei que o certo é jogar em silêncio, tentando “adivinhar” as próximas jogadas, mas preciso falar uma coisa – disse em tom solene, esfregando os olhinhos já cansados.
– Pode dizer, filha.
– Acho esse Rei muito “babaca” – disse apontando uma das duas peças coroadas por uma cruz.
– “Babaca”? Como ele pode ser um “babaca” se ele é a peça mais importante do seu reino? Se ele for capturado, você perde e acaba a partida – retruquei.
– Ah, mãe, o xeque-mate deveria ser com a eliminação da Rainha. Já reparou que ela é muito poderosa e que ele é um tremendo “Zé Mané”?
– Respeite o seu Rei, não fale assim dele – reclamei com um sorriso no canto da boca. – Onde você está aprendendo essas palavras?
– Mãe, a Rainha é toda “triunfante”. Consegue “dançar” pelo tabuleiro inteiro, como se fosse uma pista de dança… Olhe – e movimentou a sua Rainha na horizontal, vertical e diagonal, por várias casas já vazias. – Ela é tão esperta que “observou” e “aprendeu” os movimentos da Torre e do Bispo.
– Isso é mesmo. Ela é uma peça muito importante, filha. A perda da Rainha é uma grande derrota para o reino. Considero o “começo do fim” da partida – expliquei.
– E esse “Zé Mané” aqui é todo duro, travado e “perna de pau”. Já viu como ele “dança”? – Disse pinçando o seu Rei com seus miúdos dedinhos e o movimentando pelas casas que o circulavam. – Ele fica assim fazendo movimentos curtinhos, todo indefeso e fraco. Raiva desse “babaca”. Não quis aprender nada na vida. Até o Cavalo sabe saltar… E ele? Só sabe “se esconder na sombra da Rainha” – palavras literais da minha pequena.
– Amor, não fale assim. Se você estiver com raiva ou aborrecida, vai interferir no jogo e você não vai conseguir pensar na melhor jogada. Como eu sempre te digo, Xadrez exige concentração, “sangue frio”, estratégia e equilíbrio. E outra, não desrespeite o seu Rei. Seu dever é protegê-lo a todo custo, para continuar na partida. Acha melhor parar para descansar e continuamos depois?
– Mãe, a senhora está “toda” enganada – disse fazendo carinha de desdém.
– Oi? – Questionei, sem entender.
– Eu ainda “sou princesa”, mas serei como a Rainha, vou viver observando e aprendendo, toda poderosa, dançando com um longo vestido brilhante pela pista inteira. Mas não quero fazer sombra em nenhum “Zé Mané”… Na verdade essa conversa toda foi para te distrair, foi um papo “estlatégico” – pronunciou “fazendo bico” e levantando levemente os pequenos ombros. – Xeque no seu Rei, esse “babaca” aí.
Estatelei os olhos e tive que me render, orgulhosa, abrindo a retaguarda do meu Rei para que ela pudesse capturá-lo com o seu último e aparentemente inocente Peão, que “conseguiu atravessar” o tabuleiro quase sem ser visto por mim, no decorrer do nosso diálogo.
Parecia inofensivo, mas… Por vezes, o Discípulo supera o Mestre.
Xeque-mate, “babaca”.
Quando acaba uma partida de xadrez, independente do resultado, o rei e o peão vão para a mesma caixinha. Então, de nada adianta a arrogância de alguns. No final do jogo, vão para a mesma caixinha.
Partida
[dezembro, 2019]
Foi com um toque meio ríspido
E com teus olhos flexionados
Que entrevi no seu olhar,
o tamanho da incógnita
que te rodeava a mente
Nada disse, mas eu sabia
que havia efemeridade nos teus olhos
E foi assim que você
Partiu.
Destino/ hora da partida…
Por ser, o que todos temos mais certo;
Não há, como fugir a esse seu querer;
Quer ele, esteja longe, ou esteja perto;
Um dia, connosco, cá virá ter!
Virá pra desligar, o bom viver;
Do corpo, que a nós temos emprestado;
Por A nosso CRIADOR, pertencer;
O Interior, cá neste mesmo andado!
Tão certa, é como O, DELE existir;
A hora da partida, desta em Nós, vida;
Num corpo, que tão é, da natureza!...
Daí, cá todos termos, que ir partir;
Para no universo, A ALMA em nós, cá Tida;
Ir viver, com Quem à Tida embeleza.
Com esperança e certeza;
MELANCOLIA
Não há nada mais catastrófico que um poeta de alma partida, é catástrofe em cada estrofe de maneira decidida.
A alma do poeta é onde contém sua arte,
E a divisão dela pode ocasionar diversos dilemas morais, em diversos dilemas poéticos, em dilemas ecléticos.
Dividir a alma de um poeta é quase uma contravenção, um crime sem punição, sim, quase, pois se tal não fosse partida, jamais existiria no mundo mais doce poesia de amor.
O poema de amor nasce da dor de um poeta magoado, de um poeta machucado, de um poeta alcoólatra e melancólico e viciado, de um poeta que cheira a desespero.
A melancolia que devia ser sua amiga,
Desaparece deixando apenas a garrafa de vinho barato na mesa, dando espaço para o remorso, arrependimento e a tristeza profunda, amarga e fria.
Alguns relacionamentos são como uma partida de futebol, Em certas ocasiões aparece um melhor para lhe substituir
Hoje
Hoje faz um ano da sua partida...
Hoje faz um ano sem o seu sorriso
Hoje faz um ano que não saímos para fazer mais uma festa
Faz tanto tempo da sua partida, mas sua ausência é notada diariamente
Por todos que cruzaram seu caminho...
Ainda tenho nossa última conversa, meu amigo, é difícil apaga-lá
Ainda guardo no peito as lembranças de todos os momentos de diversão, sorrisos, confissões.
Bem sei que estamos de passagem, mas nunca estamos prontos quando é com quem conhecemos e temos contato.
Você partiu sem aviso, sem mais, só se foi.
Foi um dia, dias tristes, meses tristes...
Espero que sua doçura de pessoa que cativava a todos aqui embaixo, cative os anjos aí em cima.
Saiba que os dias aqui são difíceis, mas seguimos todos com a certeza de que está em um bom lugar.
Quem não te conheceu não sabe o tamanho e a imensidão de pessoa que você era.
Mas os que te conheceram foram eternamente gratos por tê-lo em suas vidas.
Ah, meu amigo, você nos faz falta.
Mas agora é nosso anjo que nos ilumina dia a dia daí de cima.
Que Deus seja sua luz!
E que a imensidão de estrelas seja seu guia para a eternidade no céu!
Solidão,
Fiel companheira,
Do parto à partida.
Se aquieta com a vinda de um novo amor,
No aguardo de uma nova ferida.
Melhor sentir a dor da partida e com o tempo cicatrizar do que viver a ferida aberta e nunca nos curar
Caminhos
Deambulo pelo mundo, corajosa
Pela partida ansiosa…
Na bagagem dispenso banalidades
Levo comigo uma mala de sonhos.
Sapiente de que nada é meu!
Percorro caminhos de pedras e montanhas.
Longos e penosos, escuros como breu!
Que me intimida e desafia!
Por vezes eu desatino, no meio de tropeços.
Arrasto pesadas correntes
De desencontros, tristezas e tormentos
Perco-me nos meus pensamentos ...
Questionamentos e ambiguidades
Devastadores caminhos de iniquidades
Por vezes a minha alma gela!
o meu corpo no tempo congela
Procuro incessantemente a minha essência!
Perco-me, desvio-me, reencontro-me…
Porque a minha vontade é soberana!
No eco silencioso dos ventos auspiciosos
Ouço a minha voz em forma de oração.
Confio a ti o meu destino.