Partida
CORAGEM
A minha alma está partida, dividida
Despedaçada já sem forças, eu só peço
Que minha coragem vença o meu medo
Que o meu corpo não se quebre de pranto
Que a minha alma não se perca em agonia
Que a minha mente permaneça sempre erguida
Que os meus joelhos se dobrem à esperança
Que o meu coração não seja devorado pelos lobos
Que os meus inimigos me respeitem e não me temam.
Esta crítica à ciência e à técnica modernas poderá ser o ponto de partida para uma pedagogia que pode transpor as redomas de vidro em que o físico pós-kantiano se aprisionou.
Não torne difícil o momento da partida.
Bata a porta e não olhe para trás.
Deixe as lágrimas escorrer no chão de cimento para o sol secar.
Secar com aspereza
Não olhe.
O tempo lhe mostrará o sentido da vida.
Os segredos ficarão entre nós
E a tristeza vai buscar na imensidão da escuridão a luz.
É na fraqueza de um coração partido que se perde e se encontra a razão.
Bata a porta e vá.
INDECISÃO
Sempre, na hora da chegada, ainda estou de partida. Cada dia faço menos. Produzo nada. Resolvo menos ainda. Quando decido, é para não fazer nada, deixar correr. Inação. Omissão. Indecisão. Procrastinação.(Juares de Marcos Jardim)
É que sempre fica algo lá no fundo, depois de uma partida, depois do fim. E saber que você vai passar por mim e, que não vou tocar mais num milímetro só de cabelo seu e que tudo isso não vai mais se repetir, me deixa um pouco mais amargo do que o normal de vez em quando. Em outras, sempre aparece alguém disposto a tocar fundo, lá no fundo e tornar tudo mais doce.
Lembrarei de tua partida pela mesma rodovia que circulávamos, onde encontros e desencontros acontecem através de um coagir da existência, pois não somos permanência, mas meu amor sim...
Tenha uma boa viagem, Buon Viaggio (Share the love)
Cesare Cremonini
Que é uma partida ou um retorno
É uma vida ou apenas um dia
Seja para o bem ou um segundo
O encanto vai desfrutar de alguns estrada
Meu amor tudo o que acontece
Arrume suas malas
E fechar as luzes da casa
Coragem de deixar tudo para trás e ir
Começando a começar
Não há nada mais real
Uma miragem
E até que ponto há ainda a fazer
Você vai adorar a final
Share the love (Compartilhe o amor)
Share the love (Compartilhe o amor)
Share the love (Compartilhe o amor)
Share the love (Compartilhe o amor)
Share the love (Compartilhe o amor)
Share the love (Compartilhe o amor
Quem te disse.
Que tudo o que nós procuramos
Não esta na palma de uma mão
E você pode olhar para as estrelas
Só de longe
Eu espero por você
Onde a minha cidade desaparece
E o horizonte é vertical
Mas nas fotos que você tem olhos vermelhos
E foi mal
Coragem de deixar tudo para trás e ir
Começando a começar
Que você acha que estamos apenas de passagem
E até que ponto há ainda a fazer
Você vai adorar a final
Share the love (Compartilhe o amor)
Share the love (Compartilhe o amor)
Share the love (Compartilhe o amor)
Share the love (Compartilhe o amor)
Share the love (Compartilhe o amor)
Share the love (Compartilhe o amor)
Share the love (Compartilhe o amor)
Share the love (Compartilhe o amor)
Basicamente, é apenas um mar de palavras
E como um peixe só você pode nadar
Quando as ondas são boas
E, embora seja difícil de explicar
Não é importante onde
O que conta é somente andar
Aconteça o que acontecer
Para o quanto ainda há para fazer
Share the love (Compartilhe o amor)
Share the love (Compartilhe o amor)
Share the love (Compartilhe o amor)
Share the love (Compartilhe o amor)
Share the love (Compartilhe o amor)
Share the love (Compartilhe o amor)
Share the love (Compartilhe o amor)
Share the love (Compartilhe o amor)
Tenha uma boa viagem
Que é uma partida ou um retorno
É uma vida ou apenas um dia
E estamos apenas de passagem
Eu quero aproveitar um pouco a estrada
Meu amor tudo o que acontece
Tenha uma boa viagem
Share the love (Compartilhe o amor)
Share the love (Compartilhe o amor)
Share the love (Compartilhe o amor)
Share the love (Compartilhe o amor)
Share the love (Compartilhe o amor)
Share the love (Compartilhe o amor)
Share the love (Compartilhe o amor)
Share the love (Compartilhe o amor)
Alegro a saudade que virá, com a triste
nota do pesar olhando a partida do poeta, que era tudo que ainda resta.
A gente tem tantos altos e baixos que eu me sinto uma bolinha de ping pong numa partida torturante e interminável.
Eu já chorei com o peito inflado de dor, eu já chorei partida de familiares pra nunca mais, eu já chorei a dor da humilhação, eu já chorei a dor na pele, mas hoje meu choro vem em forma de sorriso. E em minha alegria, em companhia de amigos ou mesmo sozinho, o sorriso é bem maior.
é domingo
o carro que dá partida é o mesmo há alguns anos
o caminho é quase o mesmo
a mesma estrada
os mesmos lamaçais
os mesmos vira-latas nas calçadas
as mesmas bicicletas
talvez sejam os mesmos os homens que ali vendem abacaxis
a senhorinha da barraca de verduras
ainda é a mesma
O paradoxo da pobreza material
e da riqueza
daquele ar romântico
e meio bucólico
são os mesmos
as mesmas galinhas nos quintais
o cavalo que puxa a carroça
o pasto
o curral
o Sol que reflete na vegetação
o trem que anuncia passagem
todos ainda são os mesmos
entro pela mesma porta
encontro ali
a mesma poltrona
a TV ligada no mesmo canal
o mesmo café
o mesmo bolo de fim de tarde
a rotina é a mesma
um passeio pelas plantinhas da varanda antes de pôr a mesa
uma indicação de um remedinho pra tosse antes de partir
exatamente a mesma Helena
exatamente o mesmo João
eu, que há muito já não sou a mesma
minha cor preferida já é outra
já não leio a mesma coleção de livros do Pedro Bandeira
já não vejo mais os filmes de antes
e a cada instante mudo um pouco mais
conservo exatamente a mesma vontade
de que aquilo contrarie o tempo e a natureza
e permaneça
naquele mesmo vazio de grandes construções
atrás daquele mesmo trilho de trem
e que a cada domingo que a vida guarde
baste atravessar a mesma estrada
o mesmo lamaçal
e aquele amor continuará ali
exatamente o mesmo
desde o meu primeiro abrir e fechar de olhos
há vinte e dois anos atrás
SONETO DA PARTIDA
Ao despedir do cerrado, central sertão
na noite, eu deixarei a luz da lua acesa
a minha admiração posta, fica na mesa
e as lembranças largadas no árido chão
Os cuidados, ao pai, deixo minha certeza
que o bem é mais, mais que a ingratidão
que a vida com amor é repleta de razão
e que o sono só descansa com nobreza
Talvez sinta falta ou talvez só indagação
o que importa foi a história com clareza
e paz que carrego no adeus com emoção
E nesta canção de laço e fé no coração
a esperança na bagagem, única riqueza
se parto, também, fica a minha gratidão
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, maio
Cerrado goiano
Eu não sou porto, sou partida, dessas que deixa sempre um pedaço do coração em todos os lugares de onde partiu. Um dia me acostumo a viver sem ele, ou volto para me juntar ao pedaço que não consegui mais viajar sem.
A vida continua mesmo depois da sua partida.
Sei que os dias de felicidade que vivi ao seu
lado não voltarão.
Mas a reciprocidade do amor que recebi
de você, foi com a mesma intensidade que
eu te amei...
Estações do amor.
Vi sua partida ontem...
Estava de branco,
Tristezas nos olhos...
Dois corpos estranhos!
Fostes para longe...
Além de meu olhar!
Vi-te além dos montes...
Chorei para regressar.
Deixaste-me triste,
Chorando às malas feitas...
Nelas dobrasse o amor!
Por cima versos de meias.
Olhar distante na estrada...
Marcou o dia de ida,
Foi embora tocando nada.
Ficou o corpo na cama...
Um sofá cheio do todo!
Dias de silêncios e dramas.
Nas meias Palavras que deixou...
Só contas que me amavas!
Mas o tempo tudo esfriou.
Denise Valentim
06/2016
https://www.facebook.com/VidaAires/