Parque
Somos como doces crianças pedidas em um parque de traidores, ao relento de uma vida insignificante pra um universo que nos consomem, mas, por favor querida não vá ate o fim da noite , pois ha animais canibais a procura de nossa alma
Lá estava eu, no Parque que eu visitava todas as tardes para ter um instante de paz comigo mesma. Era um dia quente e eu resolvi tomar um sorvete, e como sempre as árvores pareciam conversar comigo. Eu não vi ele, mas ele se aproximou e sentou-se ao meu lado e perguntou:
#31;"Por que você resolveu fazer assim... Se distanciando de mim?"
E eu o olhei como que certificando-me de que não estava sonhando acordada, ignorei-o e voltei a ler o livro. Depois de algum tempo ele perguntou:
"Por que não quer ficar comigo?"
Olhei-o novamente, pensei e cheguei a conclusão de que um sonho não continuaria falando comigo se eu o ignorasse... E desabafei tudo que tinha guardado durante esses anos:
"Porque você é como heroína. Sempre que amo alguém eu dou toda minha vida à essa pessoa, mas só minha vida não lhe satisfaz, sempre queres minha alma, e mais que isso, sempre queres absorver toda a vida de minha alma. Você é parasita. E é por isso que não poderia continuar contigo, porque isso me tiraria toda a vida... E ainda tenho muito à fazer por aqui."
Ele ficou em silêncio algum tempo e depois perguntou:
"Você encontrou outra pessoa?"
"Sim."
"Você gosta tanto dele quanto gostas de mim?"
"Não, é por isso que estou com ele. Não há perigo de perder minha vida enquanto estou com ele."
Devemos ter ficado nos olhando durante alguns minutos, como se conversássemos através dos olhos. Duas almas se comunicando sem nenhum som além da respiração do corpo.
"E você, encontrou alguém?" - perguntei.
"Não sei." - ele respondeu.
"Como não sabe?"
"Saí com muita gente, mas não me interessei por ninguém."
Era assim que ele sempre me conquistava, dizendo essas coisas clichês... Eu resolvi ignorar outra vez, talvez ele fosse embora, talvez fosse um sonho insistente. Mas ele continuou lá, me observando de perto.
"Sinto tanto a sua falta." - ele disse.
"Você sempre sente... E quando volto, você sempre encontra um jeito de me perder de novo. Afinal, nós dois sabemos o quanto é masoquista." - respondi, tentando manter a expressão dura.
"Você acha que vamos nos encontrar de novo?" - perguntou ele, ainda tentando me conquistar - "Você quer me encontrar outra vez?"
"Não, nunca mais. Porque se a gente se encontrar outras vezes, eu posso me entregar de novo, uma vez ou outra. Não quero lhe dar minha alma outra vez." - respondi, chorando por dentro porque sabia que ele ia embora.
Ele levantou meu queixo, olhou nos meus olhos e disse: "Então eu vou voltar. Vou voltar, e quando você for minha outra vez, não te deixo escapar." - então ele me deu um beijo, que me fez derreter, e foi embora. Ao menos ele disse que voltaria.
Juro-te que até hoje não sei se o que aconteceu naquele dia foi real ou se era só um sonho...
(…) Enquanto andava pelo parque durante uma manhã de sexta-feira. Arrancou uma flor branca e linda que viu diante dos seus olhos. Olhou pra ela durante alguns segundos. E viu quão bela é a vida. Por mais que seja amarga e dolorosa por vezes. Existem coisas maravilhosas escondidas em cada detalhe. Aquela flor, a fascinou e a fez perceber que é preciso abrir os olhos e enxergar em cada detalhe a perfeição dessa coisa maravilhosa chamada vida (…)
Os brinquedos do parque já enferrujaram, os anos passaram, os anos passaram, um dia estive lá. Você que ainda está vivendo o seu passado, vivendo à espera de alguem te buscar, não morra à espera.
Ontem à noite me balancei num balanço aqui do parque da cidade. Parecia que eu ia sair voando e me perder no meio da escuridão do céu. Foi lindo!
As vezes conhecemos pessoas que parecem ser um parque de diversões. Porem depois que conhecemos melhor, percebemos que é apenas uma montanha russa, com altos e baixos, e que em alguns momentos assusta.
Manhã sem cor
Hoje de manhã resolvi ir ao parque,
Pra olhar as nuvens e sentir o sol me aquecer,
Mas as nuvens estavam sem forma,
O sol resolveu não aparecer.
Sentei debaixo daquela árvore,
Mas a grama e a terra não estavam aconchegantes,
Os pássaros não cantavam igual,
E nada mais era apaixonante.
As flores não cheiravam bem,
Estavam murchas, sem vida, sem sua linda cor.
Em meio a tamanha estranheza
Percebi que o que faltava era o amor.
A vida se transformou nisso,
Em dias de garoa fina e de frio,
Depois da tua partida
Dentro de mim habita um grande vazio.
- Eu te amo.
- 50 reais.
- O que? Não entendi.
- Ué, você não paga para brincar num parque de diversão?
- E daí?
- E daí que agora deixei de ser otária, e estou cobrando para aqueles que querem brincar com meu coração. Vai que eu lucro!
— Thiara Macedo.
Anseio
Como naquele parque em que te vi sorrir
Como naquele sonho que te senti me beijar
Como naquela vontade de te abraçar
Como naquele dia em que te vi passar
Como naquela vez em que te perdi no ar
Como naquela vez em que te procurei e você não estava lá
Como naquela vez em que te chamei e você não escutou
Como naquele vez em que você partiu e me deixou
Meu anseio, é te ter
Meu anseio é te querer
Meu anseio é te viver
Talvez seja verdade
Talvez seja mentira
Talvez seja... Realidade
Pego-me em alguns momentos da vida como uma criança perdida no parque.
Sabe, quando sentimos no nosso mais profundo que perdemos ou que estamos perdendo algo ou alguém?
É, me encontro neste momento agora.
Incapaz de conseguir agir, porque todas as ações, são vistas de forma errônea e depreciativa.
Mas, o que fazer, continuar e me sentir assim, ou parar?
Mas porque só de pensar em parar, eu sinto como se minha respiração também parasse junto?
Porque os sentimentos abalam tanto uma pessoa equilibrada mentalmente?
É, me pareço com uma criança perdida no parque, sem saber para onde ir, nem para onde fugir nem a quem recorrer...
ENDECHA (Almany Falcão - 02/09/2006)
"Coração de homem:
Parque solidão, imenso e popular
lugar vivido e explorado
pelos poetas algazes
que saciam suas vinganças
castigando com um lamento triste
a bela melodia do amanhecer da vida,
solfejada pelo majestoso sabiá.
Sentimento maior captado
pelas lembranças áureas
do vivido tempo decorrido.
O coração já envelhecido
Lamenta em passadismo
como cenas de um filme repetitivo
as memórias que atenua
As martelantes inserções
da castigante saudade."
O tempo vivido, jamais será esquecido.
O tempo pra viver jamais deverá ser perdido!
Viva a vida!
Vida eterna sempre...sempre que puder!
Almany Sol
Sou criança em um parque de diversão e meu brinquedo predileto é teu olhar que me faz girar em carrocel. Pulo, brinco de esconde- esconde, corro e encontro os olhos teus...me lambuzo, me delicio...tem sabor de sorvete, bolo de chocolate, de pipoca e mel !
FELICIDADE
Um dia vamos passear no parque e o tempo não passará
Será uma linda manhã de outono
E tudo quanto dissermos, assim será
Nenhum amor, nenhuma dor nos cairá.
Um dia vou ser tão feliz, que vai ser difícil me aturar.
Vou por ai a espalhar sorrisos, alegrias e amor.
E todos que me encontrarem terão certeza
Que mesmo diante de todo infortúnio... Eu sou feliz.
Serei repleto de tanta felicidade
Que até o vento soprará como brisa
Nesse crepúsculo bendito que vem da experiência
Numa essência capaz, de me fazer sonhar.
Sonhos bons.
E não haverá fim
Pois de tudo que a felicidade trouxe
Veio a certeza que foi como eu quis
E agora pleno, posso dizer... Eu sou feliz.
Os Hippies e as Freiras
Um casal de hippies estão sentados em um banco do parque, quando um par de freiras anda perto, um deles de muletas e com a maior parte de sua perna engessada. O mais extrovertido dos dois hippies pergunta:
- Oh, cara! O que aconteceu? Você está bem?
A freira mancando responde:
- Sim, meu filho. Eu escorreguei, caí na banheira e quebrei a tíbia. O médico disse que eu vou ter que ficar com o gesso por mais duas semanas.
- Bastante, hein, cara. Bem, boa sorte e, uh, Deus abençoe?
Ela responde:
- Obrigado, meu filho - , e elas continuam no seu caminho.
Quando eles estão fora do alcance da voz, o primeiro hippie pergunta ao outro:
- O que é uma banheira?
- Como eu poderia saber, cara? Eu não sou católico.
Numa ilhota de aprazível parque, vejo diariamente garças que, ao cair da tarde, no seu recolhimento noturno, buscam a proteção das árvores. Essa imagem me faz pensar que a Terra, o nosso maravilhoso “Planeta Azul”, é um imenso ninho, do qual, um dia, como pássaros adultos, que cumpriram a jornada da evolução terrena, empreenderemos voo às alturas das dimensões celestiais.
(Pensamentos soltos na brisa das tardes. Sorocaba/SP. Crearte Editora, 2013)