Parque
Anseio
Como naquele parque em que te vi sorrir
Como naquele sonho que te senti me beijar
Como naquela vontade de te abraçar
Como naquele dia em que te vi passar
Como naquela vez em que te perdi no ar
Como naquela vez em que te procurei e você não estava lá
Como naquela vez em que te chamei e você não escutou
Como naquele vez em que você partiu e me deixou
Meu anseio, é te ter
Meu anseio é te querer
Meu anseio é te viver
Talvez seja verdade
Talvez seja mentira
Talvez seja... Realidade
Pego-me em alguns momentos da vida como uma criança perdida no parque.
Sabe, quando sentimos no nosso mais profundo que perdemos ou que estamos perdendo algo ou alguém?
É, me encontro neste momento agora.
Incapaz de conseguir agir, porque todas as ações, são vistas de forma errônea e depreciativa.
Mas, o que fazer, continuar e me sentir assim, ou parar?
Mas porque só de pensar em parar, eu sinto como se minha respiração também parasse junto?
Porque os sentimentos abalam tanto uma pessoa equilibrada mentalmente?
É, me pareço com uma criança perdida no parque, sem saber para onde ir, nem para onde fugir nem a quem recorrer...
ENDECHA (Almany Falcão - 02/09/2006)
"Coração de homem:
Parque solidão, imenso e popular
lugar vivido e explorado
pelos poetas algazes
que saciam suas vinganças
castigando com um lamento triste
a bela melodia do amanhecer da vida,
solfejada pelo majestoso sabiá.
Sentimento maior captado
pelas lembranças áureas
do vivido tempo decorrido.
O coração já envelhecido
Lamenta em passadismo
como cenas de um filme repetitivo
as memórias que atenua
As martelantes inserções
da castigante saudade."
O tempo vivido, jamais será esquecido.
O tempo pra viver jamais deverá ser perdido!
Viva a vida!
Vida eterna sempre...sempre que puder!
Almany Sol
Então, sentado no banco em frente ao Parque Natural da minha cidade, Paro por alguns instantes observando uma estrela solitária e atrevida, resistir ao sol que nasce em seu esplendor diário.
É muita ousadia.
Estrela rebelde, não vê que essa afronta não vence?
Como resiste ao inevitável?
Então me vem a lembrança de uma aula (há décadas...) em que o professor explicava que muitas estrelas que vemos, já não existem mais.
Não passam de brilho que ainda viaja pelo universo, mas cuja mãe já morreu.
Será que estou a conversar com um defunto?
Estrela rebelde, pirilampo estelar.
Não me faça de bobo.
Não mais.
Não de novo.
Amanhã volto, pra ver se ainda está aí.
Volto pra conversar
Volto pra ti.
Hoje é domingo,primeiro dia da semana
se tem sol eu vou ao parque se não tem fico na cama
e descanso meu corpo e mente, para nos próximos dias trabalhar e ganhar grana.
no parque, uma mulher sentou-se ao lado de um homem.
ela disse:
aquele ali e meu filho, o de suéter vermelho deslizando no escorregador..
- um bonito garoto-
respondeu o homem- e completou: - aquela de vestido branco, pedalando a bicicleta, é minha filha.
então, olhando o relógio, o homem chama a sua filha.
-melissa, o que você acha de irmos?
mais cinco minutos, pai. por favor. só mais cinco minutos!
o home concordou e melissa continuou pedalando sua bicicleta, para alegria de seu coração
os minutos se passaram, o pai levantou-se e novamente chamou sua filha:
-hora de irmos, agora?
mas outra vez melissa pediu:
-mais cinco minutos, pai. só mais cinco minutos!
o homem sorriu e disse:
-está certo!
- o senhor é certamente um pai muito paciente-comentou assim a mulher ao seu lado- o homem sorri e diz:
o irmão mais velho de melissa foi morto no ano passado por um motorista bêbado, quando montava sua bicicleta perto daqui.
eu nunca pascei muito tempo com meu filho e agora eu daria qualquer coisa só para que pudesse passa apenas mais cinco minutos ao seu lado.
eu me prometi não cometer o mesmo erro com melissa. ela acha que tem mais cinco minutos para andar de bicicleta.
na verdade, eu é que tenho mais cinco minutos para vê-la brincar...
por hoje não... por mais cinco minutos...
Magnífico parque
"Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá..."
Gonçalves Dias eternizou tais versos
Simples... e gigantescos!
Analogamente, vejo concretude por tais versos
No parque amado da CATI Campinas
Na Cidade das Andorinhas
Parafraseio o nobre mestre da Poesia:
"Nosso parque tem palmeiras
Onde canta e se reproduz o sabiá..."
Há de se ter brando coração para emocionar-se
Diante da visão de um filhote de sabiá no ninho
Insetos e até jabuticaba: uma fartura ao diminuto ser!
Lar na árvore, dia após dia, até alçar imperativos voos
É a ordenança pela inadiável voz da Natureza...
Reverberada na verde mancha arbórea do setor da cidade.
No parque da CATI aglomeram-se árvores em diversidade
As tais metaforizam pinceladas em tons de verde
Assim são compostos esplendorosos quadros
E livres das telas estáticas das tradicionais pinturas
Estabelecem expressões tão características em movimentos
Vão interseccionando cenas mui exuberantes, de dia ou de noite
Certamente figurariam nos quadros de algum pintor inspirado!
Os que se enveredam pelas entranhas do parque: privilegiados.
Com olhos atentos, sobretudo com sensibilidade
Agraciados serão pela contemplação digna
De tudo aquilo que à retina se descortina
Sob o espectro ótico, é concedida uma oportunidade
Ensejadas manifestações metafísicas
Visto que a vida vibra em cada sussurrar do vento
Nas asas dos pássaros ou nas copas das árvores.
Se faz generosa na seiva mantenedora que se eleva pelos troncos
Vai pelos galhos alçando a metamorfose bioquímica
Manifesta-se a fotossíntese em suas fases clara e escura
Metaforiza-se o ritmo do alvorecer ao anoitecer no plano botânico
Revelada uma evidente expressão do Criador,
Imbuída de poder, mistério, simplicidade e arte.
É possível que a cada olhar com agudeza
Com certeza teremos uma nítida percepção
Sensação de se encontrar em meio a uma dádiva
Uma dinâmica galeria de arte botânica a céu aberto
Sem pagamento de ingresso...
As obras-primas mantidas com dedicação continuada
Fruto da contribuição de servidores, com ou sem camisas suadas
Ao longo dessa história do parque, os tais impregnaram-se nela
Artistas servidores em prol da continuidade da vida vegetal
Cada exemplar arbóreo é um símbolo de luta pela sobrevivência
É o que dá a riqueza de tonalidades em pinceladas
Representam frações da Arte Superior
Dela fazemos parte e com ela buscamos nos harmonizar.
Há árvores que até sobrevivem às descargas elétricas da natureza
Mas que sucumbem aos poderosos raios destrutivos humanos
É uma premissa para alertar sobre gestos cotidianos
Diminutas ações, objetivando gerar sinergia com nossos semelhantes
Os desdobramentos naturalmente nos tornarão mais conscientes
Nos anos vindouros haverá a perspectiva de uma maior conformidade
Ideal e concepção original do mentor e arquiteto botânico Dr. Hermes
Legado desde a implantação deste singular patrimônio botânico.
Eu creio em dias azuis cheios de paz, com crianças correndo no parque, casais de mãos dadas à luz do sol de uma manhã clarinha.
Acredito na força dos sentimentos bons, na energia positiva e na colheita dos sonhos, que chega sempre nas mãos de quem semeia o bem, de quem espalha luz e alegrias!
Estava com ela em um parque , em um fim de tarde. O vento gelado nos tocava , me fazendo tremer , estavamos sentados , abraçados , olhando para o chao , quando vimos vagalumes voando e piscando , depois a lua apareceu grande e brilhante , tudo escureceu e no final estava ali você e eu.
Um dia, sentei vendo todos os meus netos brincando num parque... E meu neto chega em mim e diz: vô! Por que não conseguimos seguir algumas coisas que tanto queremos? Na vida, tudo é tão difícil assim?
Nesse momento, peguei uma rosa branca, e comecei a contar uma historia sobre a minha vida...
Depende do que queremos ser, onde queremos ir. Mais não busque explicações em outros rostos, outras frases e palavras, está tudo dentro de você. E ninguém nem nada pode mudar isso.
Percebi que naquele momento, todos meus netos se reuniram em volta de mim. E continuei a me expressar de uma forma, que eles me entendessem.
Eu nasci pobre meus netos, eu não tinha nada de onde vim, vim de baixo sim! Mas a vida me ensinou a jamais desistir. Tive motivos sim, mas não atendi.
Comecei a perceber, que existiam pessoas que pela frente nos beijavam e diziam palavras lindas, e por trás no abaixavam, e diziam mentiras sobre nossa pessoa, mais dessas pessoas a inveja minha, jamais existiu.
Pois quem fala mal de mim por nada ter feito, apenas se reflete em um próprio espelho.
Superei as maldades do ser humano, e entendi uma coisa, vamos ter surpresas na vida, vai cair uma tempestade em uma linda tarde de sol forte.
Mais precisamos ter o nosso quadra-chuva para não nos molhar, mais se estamos nela, não tem problema. Pois vai secar.
E fui lutando, por tudo o que tanto almejei, se Deus assim quiser, assim vai ser.
Fui em frente, estudei e tive meu primeiro trabalho, foi difícil, pois não era do “nível” dos outros alunos. Era sim descriminado, mais isso me abalava. Por cinco anos fui e aprendi a não ligar, a palavra dita é o bumerangue que sempre volta. E não vai acertar a mim, e a sim os olhos de quem disse.
Então, eu guardei todo meu dinheiro do trabalho, e comprei as melhores roupas, fui guardando e pagando um curso, eu juro por tudo que nunca me esforcei tanto!
Deu vontade, de viver mais. Pra um dia poder contar para vocês meus netos, o que aconteceu.
Sabe, eu um garoto de 17 anos do interior, não era bem visto por algumas pessoas, e pessoas que não sabem de suas origens. Diziam que iriam ter 5 filhos e ter tudo o que queriam, me deixavam mal com coisas que eu realmente acreditava. Mais conquistei o que lutei para ter, mas tinha medo, medo de acontecer novamente tudo, eu tinha medo de falar o que pensava, eu tinha medo de me olharem torto, tive frente a frente com a morte o dia, que um ônibus me atropelou na volta do curso. Foi estranho, senti que minha vida teria acabado.
Mais não, eu refleti todos os 40 dias que fiquei lá, me recuperando.
Talvez quem sabe, foi lá que encontrei o meu pior inimigo. Aquele que me barrava muitas vezes. Saindo de lá, fui em busca de respostas, e entendi que as respostas somos nós. Não tinha mais medo de quem me falava mal, fui tentando conquistar.
Aprendi a dar valor pra mim, conheci uma garota, que me fez entender muitas coisas que não entendia, me deu um sentido a vida. E com ela fiquei 3 anos de minha vida. Acabamos, por traição. Minha vida realmente estava perdida. Eu estudei, fiz curso, e depois de um acidente minha vida muda totalmente. 4 anos depois me vejo novamente, sentado nesse ponto esperando o mesmo ônibus.
E foi nele, que refleti o meu pior inimigo. Sim, eu sou o meu pior inimigo, temos duas escolhas dentro de nós, nos barrar ou prosseguir. Ser um lobo ou uma águia. Ter um coração puro ou mal.
É, talvez entendi, eu precisei voltar ao mesmo ponto que mudou a minha vida, para entender quem estava me atrasando. Não foi quem pensava, não era que me maltratava, e sim meu medo de tentar, de não precisar de promessas.
Muitas vezes, não precisamos de fato voltar fisicamente, mais sim em pensamento. Refletindo um dia, entendendo o brilho do sol apagando para lua brilhar.
Não ter medo, das pessoas. Mais sim o que temos dentro de nós.
Hoje, sou um vencedor por que eu lutei por tudo que almejei. Pelo que quis.
Posso ver todos vocês em volta de mim, não desisti quando minha casa caiu, quando tive forças para lutar contra a morte, sim. Eu a vi, e ela não usa uma capa branca.
Passei na faculdade, e comecei a trabalhar, e ensinar pessoas menos favorecidas a ter o que queriam, ensinar a quem tem tudo uma leve dica de vida. Sobre os ventos e palavras ditas.
Estava em meu carro. Em meus 39 anos já casado e com 2 filhos. E vi ao lado. Um casal com 5 filhos ao lado. Gritando e desesperados, não sabiam como acalmar as crianças, usavam uma roupa velha, e rasgada. Eu parei e fiquei observado. Agora, me diz quem era eles?
Bom, o tempo vai passar, e só vai depender se você vencer o seu maior inimigo se vocês vão ser um vencedor ou um derrotado.
A musica do Charlie Brown Junior diz uma coisa que reflito hoje. “Mudei minha historia e foi melhor pra mim, nem sempre o que a vida me pede é aquilo que a vida me dá”
Mudei a minha historia, e hoje estou aqui. ( aplausos dos netos no fim ) e ele diz: Muito obrigado. E pede um abraço de todos!
Três dias depois, um neto corre e diz - Vô!!! Eu venci meu medo! Eu consegui vô! Eu não tenho mais medo de dizer o que penso, eu aprendi a fazer tantas coisas, vô muito obrigado! Eu te amo! –
Naquele momento, fiquei estático. Paralisado. Imóvel. Sem reação mesmo!
No mesmo dia, de noite dei uma palestra para uma empresa grande, e no fim recebi aplausos. E uma única pessoa me vaiou. E disse em voz firme “Não preciso do seus aplausos, a vida já me deu o maior aplauso de minha vida!”
Não disse no momento, mais foi o meu próprio aplauso. Em cima da casa olhando meus netos brincando, me aplaudi.
Você pode ter vários motivos para desistir, mais manter a cabeça no lugar e sobreviver a tudo o que dizem, é o primeiro passo. O que vem adiante, é encontrar o que tanto te barra, o que tanto não deixa você seguir em frente, e muitas vezes não é ele, ou ela. Mais sim eu mesmo. Você mesmo!
Liberte seus medos, sinta a brisa. Feche sua mão e descarregue em você, não no rosto e ouvido de um inocente.
Só por uma noite eu queria dizer. Eu posso te fazer chorar, mais eu jamais vou abandonar. Lado a lado com quem nos apóia.
Vou subir o mais alto possível, mais não vou esquecer de manter minha base, pois vou saber quando cair, onde me apoiar.
A vida é um mistério, e basta você desvendar o enigma que está em você. Sou um enigma, sou a louca pessoa que faz você pensa. Mais me diz. Quantas vezes eu fiz sorrir, chorar, ensinar a pesca em um rio escuro com apenas suas mãos.
Meus netos. Agradeço a todos.
PS: você pode ler este texto de muitas formas, seja um desafio na escola, uma superação na vida, mais você vai sempre encontrar seu inimigo em você mesmo.
DGR.
O barrigudo solteiro
No Parque da Cidade vai
só pra ver
as mulheres seminuas
que por Brasília
estão a correr.
Cumprimos nossas obrigações durante o dia, e a noite nos entregamos ao parque de diversões. Vivemos as experiências derradeiras e duradouras. Somos um anacronismo que sobrevive ao tempo. Afirmamos nossa estrada, confirmamos nossa história.
A vida é um parque de diversões, brinca nos brinquedos mais perigosos quem mais gosta de aventuras, no meu caso.
Sabe aquele parque que eu, sem querer, mantinha montado para que muitos entrassem e ficassem a vontade para brincar com meu coração? Acabo de desmontá-lo. Suas peças enferrujadas encostei num ferro velho e no terreno estou plantando somente arvores cujos frutos eu vou poder colher... E tenho dito
Voltar a ser vizinhos novamente, brincar no parque como nos velhos tempos. Retornar à rotina de poder te acordar com gritos pela janela, convidando-lhe a tomar café comigo, porque minha mãe fez pão de queijo, e eu sei que você ainda gosta. Retomar às conversas de papel pelo vitro do quarto, as duas da madrugada, como se aquilo tudo fosse necessário. Todos aqueles planos que construímos na casa da árvore, onde fingíamos sua existência, e não passava de um banco embaixo de uma imensa arvore, na qual remendávamos com nossos trapos velhos, e era o suficiente para que nossos sonhos se mantivessem guardados e protegidos. Vamos voltar, vamos voltar, amor. Você se lembra de todas as vezes que disse em meu ouvido, baixinho, que nunca me abandonaria? E iriamos ficar juntos para sempre? E aquele feriado que minha mãe me deixou dormir em sua casa, e nos aconchegamos em sua cama pequena, com suas historias de terror me amedrontando, mas no fundo eu sabia que com você do meu lado, não existia perigo, eu sabia da sua proteção. Não vá amor, não vá. Lemba daquele toque de lábios debaixo das cobertas, nosso primeiro descobrir, e apenas, olhe apenas, com nove anos, ou eram dez? Tinhamos a mesma idade, mas eu sempre ingenua, e você sempre meu porto seguro, minha inspiração ao escrever aquelas bobagens no bloco de papel cor-de-rosa que você me deu no dia dos namorados, onde brincamos em ser namoradinhos por um dia, mas nunca me atrevi a mostra-lo aquelas palavras. Eu sei que foi demais, e chegou rápido demais, ou tarde demais, eu não sei, você sabe, e sabe bem que não quero que vá. Achei uns versos soltos no criado mudo da ''nossa'' antiga casa, quando tudo que era meu, o pertencia. E dizia assim:
''Quando chegar a hora de ir embora
lembre-se de não se esquecer
daquela velha história
onde fazíamos parte
até você partir.''
Recordar.
E literalmente em um parque de diversão,cercado por brinqdos...resolveram brincar justo com o meu coração