Paranoia
A mente é uma marolinha, o pensamento um oceano. A racionalidade um barquinho e a paranoia um tsunami.
Se desapegue dessa paranoia de "O QUE OS OUTROS VÃO PENSAR".
A vida é sua, a felicidade é sua... e a chance de recomeçar, é só voce que pode dar.
álcool, pilulas, erva, pó e loló, alimentam a paranoia, no fim você vai estar só, lembra-se é mais fácil não começar, a vida já é bem dura sem experimentar, lucidez é sinal de força, quando sair de si, na volta pode estar na forca.
O que está acontecendo?
Vejo a diversão de uns em troca do sofrimento de outros...
Vejo a paranóia da modelagem...
Vejo a era do imediatismo...
Do conformismo...
Do consumismo...
Do coitadismo...
Vejo bonecos de ventríloquos serem reconhecidos como heróis...
Vejo o tempo fracionado, às vezes com lágrimas, outras vezes como um mar vermelho de montanhas brancas...
Vejo que o escuro mostra claramente o que o claro esconde as escuras...
Posso ver uma lua minguante no rosto dos passantes...
Posso ouvir as imagens...
Enxergar os sons...
Posso sentir o sangue frio e assustado saltitar em minhas veias...
Me contorço! chego a ter taquicardia com o som ensurdecedor dos meus pensamentos...
Sinto o vento deslizar desesperado sobre a minha pele...
Fugindo?
Fugindo da ignorância!
Vejo pessoas sendo domadas por máquinas...
Vejo máquinas montadas sobre pessoas...
Foram criadas por nós...
Estamos a ser substituídos por elas...
Olhe para os pássaros!
Ouça seus cantos!
Não são mais os mesmos, pedem socorro através deles...
Onde estão as peripécias?
Você as viu por aí?
Vejo células cancerígenas contaminarem sutilmente as partituras...
Observo o mar lacrimejar silenciosamente às escondidas...
Assisto ao sol proclamar para a lua que não a empresta mais o seu brilho...
Vejo as nuvens se recusarem a decorar o céu...
Vejo seres pensantes sendo asfixiados com seus próprios pensamentos...
Vejo a espécie humana distinguindo-se em várias outras...
Vejo um simples papel sentar-se no trono como o deus das nações e para adorá-lo noto uma corrida de velocidade em que no final da prova completa-se com um salto em profundidade...
Vejo o motor do orgulho, auto-suficiência ser ativado pelas engrenagens do ódio, individualismo, preguiça, ambição, inveja e sendo movido com o combustível da competição...
Posso ver crianças, jovens e adultos, idosos se lambuzarem com o prazer imediato e envenenando-se com a cicuta da infelicidade...
Vejo muitos rodeados por multidões, mas sozinhos, isolados e abandonados dentro de si mesmos...
Ouço a arte gemer de dor...
Assisto as drogas cantarem alegremente...
Vejo grupos se digladiando por almas...
Vejo a música sendo afogada...
Vejo olhos vomitando lágrimas...
Vejo lágrimas vomitando olhos...
Vejo a separação...
Exclusão...
Eliminação...
Insatisfação...
Sinto medo de chegar em casa, de tocar as portas, paredes, janelas, os retratos entreolham-se sufocando-me...o silêncio é ensurdecedor, apavorante e golpeia-me com suas vibrações...
Vejo palavras vazias...
Sorrisos programados...
Atos ensaiados...
Mentes ajustáveis...
Vejo o capitalismo da mentira...
Milhares moram em palácios, porém habitam o anonimato...
Vejo o ser mutilado!
O ter exaltado...
Vejo a humildade esquartejada!
A arrogância endeusada...
Vejo a simplicidade amordaçada!
Os disfarces adorados...
Vejo a alegria sendo sepultada!
A falsidade almejada...
Bebemos e degustamos aos poucos do líquido da morte!
o que te faz sorrir? O que te faz sentir? Que paranoia te atormenta? O que vc realmente quer? Que tipo de anjo e vc? Que chega do nada, mexe comigo! e isso nao faz sentido, o que quer de mim? O que quer que eu faça? Se afaste! fique perto!...
olhos negros? Nao!, que cores sao essas? que arco-iris translusente e esse dentro de ti? que claridao produz teus olhos, que imensidão de segredos vc esconde? Que mãos são essas? suadas!, quentes!, que pele, que olhos, que cabelos, que labios, que beijo! bom não sei, que sindrome fantasmatica me assombra? Que escuridão, onde estou? Uma saída, parece ser real, mas quando chego perto, vc foge, se afasta, tem medo!, medo? medo de que? nao sou um vampiro, eu sei as vezes eu piro. mais tudo faz sentido.
Queria acordar, queria t ver ao meu lado, queria sair desse estado, de melancolia, de pensamento, de agonia...
Não queria sonhar contigo, tenho raiva disso pois não faz sentido... Não sou correspondido!
Que odio, que raiva! Eu me odeio!. Será. que destino existe? Sera que eu realmente não acredito nisso?
quem és tu? Androide da perfeição, que magoa sem a menor atenção, sem a menor intensao.
o futuro e seu, a escolha nao mais. pense nisso!
Ate mais!...
É sempre igual
Toda vez que o ciclo torna
Voltam os mesmos desejos
A mesma paranoia
Aos poucos se compreende
Um pouco mais sobre o que se passa
Sabe-se o suficiente
Pra se ter ainda mais dúvidas
Necessidade de liberdade
Nessa época do ano
O coração afastado da lua
Exige suas asas
Agora tudo está por um fio
À flor da pele
Nos extremos opostos
Decisões indecisas e exageradas
O pobre Quixote
Está trancado em sua casa
E quando pode
Sai correndo por cima de tudo
Ninguém o compreende
Sua nobre causa
Minha causa
Casualmente nesses dias
Os dragões são meus
Assim como são
Deixe que eu lute
Com minhas próprias mãos
Se para você
O que faço não faz sentido
Deixe-me fazer
Ou venha comigo compreender
Não olhe do seu ponto
Daí você verá com seus olhos
Me dê sua mão
E vamos saltar.