Paradoxo
Umas das ironias ou dilemas existenciais é viver sob tensão entre as duas coisas que mais desejamos: segurança e liberdade.
Não é uma miragem mesmo, o modo que cada um a vida ver?!.
Tudo oque é tido como valioso, Apologico, importante, e como bom, até causal de felicidade, se esvaiu feito fumaça.
Então me diz! ... é ou não é, ilusório o caminhar, o viver!
Devaneios, entendem oque é?
São acontecimentos do dia a dia, em que vão nos resumindo.
É a comida que estragou ou em seu feitio queimou, a hora em que pensamos ter perdido a condução, o "tempo" e tudo oque devia ter dado certo e não saiu nos conformes.
Certa vez, com minha pressa vi o trem se distanciar e junto comigo alguns lamentando.
Foi desesperador ao inconsciente entrar em auto comiseração...
Mas... Percebi um fato. Tudo era, e foi, e é apenas Pressuposto!
Somos um montante Paradoxal em circulação, mero perambulantes, e melhor inconscientes. - Quer maior devaneio esse imaginar que é viver?!.
Sempre se viveu do achismo.
A dúvida, sequelas, convivência, amores, sorte e azar e paixões.
Esse modo particular de pressupor o outro cai numa espécie de engodo por se tratar do que esse "eu" suposto imagina.
E, nunca sairemos desse paradoxo, por sermos humanos iludidos.
Mas não precisa acreditar em mim, sou também uma miragem!
Com profunda tristeza, a solitude se revela como o estado mais paradoxal durante uma crise depressiva: ao mesmo tempo desejável e indesejável, é um encontro consigo mesmo, tanto o melhor quanto o pior.
Nem tudo na vida tem lógica, principalmente quando se trata de sentimentos: a minha parte razão quer que você vá embora, mas a parte coração implora para que você fique, mostrando-se absurdamente paradoxal e incoerente.
Essa coisa misteriosa que vez ou outra nos tira o chão, esse sopro de magia, essa saudade que faz doer o coração, esse suspiro demorado que chega à boca com o som do nome de alguém, acredite, mais que amor, isso é vida, vida em movimento.
Mulher é essa substância misteriosa constituída por força e fragilidade, uma dualidade meio mágica que oscila entre o yin e o yang, a grandeza e a pequenice e dá o equilíbrio perfeito que a vida pede.
Sempre chega o tempo, no qual o cara não pode se vingar, não pode matar, nem reclamar: está refém...
E diante de tudo que acontece, mesmo assim, ele, a tudo assiste e percebe, que é ele quem não pode errar; porque a ele é proibido errar, desistir ou confessar que perdeu;
É aquele tempo em que ele se confronta, depois de tanta provação; e fica se vendo, estupefato, se encarando, nos limites de sua própria fé. (Victor Antunes)
A maldição, além de ser um vício real de linguagem, pode ser vista como uma contradição intrigante. Porque o acusador da malevolência, ao lançar palavras carregadas de dor, muitas vezes inadvertidamente revela suas próprias feridas internas, criando um paradoxo entre o desejo de causar dano e a exposição de sua própria vulnerabilidade.
Um grande pensador grego disse: "Só sei que nada sei", e aqui estou eu, incapaz até mesmo de afirmar esse paradoxo intrigante, onde a única afirmação feita é sobre a própria ignorância. Dito de outro modo, como alguém que nada sabe pode dizer que sabe algo?
A equação de Deus é diferente da nossa:
- Tem situações que o maior serve o menor - Gn 25.23;
- Os felizes são os que choram - Mt 5.4;
- Aquele que perde é que ganha - Mt 5.39-42;
- Os últimos serão os primeiros - Mt 20.16;
- O louco que é sábio - 1º Co 1.27;
- O pobre que é rico - 2º Co 8.9;
- O fraco que é forte - 2º Co 12.10.
- Se você não entender isso, você não vai compreender os princípios do Reino de Deus.
Juvenil sonha com tempos de serenidade e sabedoria, enquanto o senil suspira por dias de juventude e euforia.
O paradoxo sutil da incapacidade de viver o momento.
SONETO PARADOXAL
Como quisesse poeta ser, deixando
O estro romântico, espaço em fora
O amor, ao reconhecer sem demora
A seleta face, abriu o ser venerando
Encontros e desencontros, cortando
Caminhos e trilhas, percorri: e agora
Que nasce a poesia, o poema chora
E chora, a rima passada, recordando
Ó, estranha sensação despropositada
Tão saudosa como se fosse “In Glória”
Invade o poetar sem ter um comando
Assim por larga zanga aqui pousada
Me vejo perdido, triste nesta oratória
Quando poderia êxito estar versando
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
04 de dezembro de 2019 – Cerrado goiano
Olavobilaquiando
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