Paradoxo
O PARADOXO DO INFINITO
(Um romance)
No vasto tecido do universo, onde o tempo é uma ilusão e o espaço apenas uma sombra do que somos capazes de sentir, existiam duas almas entrelaçadas desde o início dos tempos. Não eram corpos que se buscavam, mas partículas dançando na sinfonia cósmica, movidas por uma força tão antiga quanto o próprio Big Bang.
Cada encontro entre eles era um colapso quântico: um instante de possibilidade infinita que se condensava em uma realidade inevitável. Quando seus olhares se cruzaram, foi como se uma onda de probabilidade desmoronasse em certeza. Um portal se abriu entre as dimensões do "eu" e do "nós", e, naquele momento, tudo que existia era o agora – um agora que parecia eterno.
O amor que compartilhavam era uma singularidade, um ponto onde a paixão queimava tão intensamente que transcendia qualquer definição. Era um buraco negro emocional, sugando tudo ao redor, dobrando a gravidade de suas almas até que não houvesse espaço entre elas. Cada toque era uma explosão estelar, cada suspiro, uma supernova ecoando pelo vazio infinito.
Mas o tempo, essa teia ilusória, insistia em separá-los. Na linha cronológica dos mundos, suas existências eram ondas que se desencontravam, vibrando em frequências opostas. E, ainda assim, eles sempre encontravam um jeito de se alinhar, como pulsares sincronizados em galáxias distantes. Era o paradoxo quântico do amor: eles estavam juntos e separados ao mesmo tempo, vivendo todas as versões de si mesmos em universos paralelos.
Ele a via como a constante gravitacional que mantinha seu universo coeso, enquanto ela o sentia como o fóton que iluminava cada canto de sua existência. Eram opostos e iguais, caos e ordem, partícula e onda. A paixão entre eles era o fogo primordial, uma energia que não podia ser destruída, apenas transformada.
E, no fim, quando o espaço se dobrasse sobre si mesmo e o tempo cessasse sua marcha, eles ainda estariam lá. Não como corpos, não como memórias, mas como vibrações eternas na frequência do infinito. Porque o amor que compartilhavam não era governado pelas leis da física – ele era a própria essência delas.
”O paradoxo dos olhos abertos”
Sobre vida, interceda o mar que me deu
Ainda há quem diga que o vendaval sou eu?
Prepotente perante a todos
Impotente a mim mesmo
Escondo, odeio, exalto e amo
De minha verdade ser um quarto sozinho
E outras 3 perdidas por aí
Simplesmente complexo
No paradoxo dos olhos abertos
Um conto de fadas que termina em tragédia
Também é tragédia que termina em conto de fadas
É um paradoxo. Vivemos em um mundo competitivo. Não tem como alguém ficar rico sem outros tantos ficarem pobres. Ninguém ganha com venda de ações se outro não tiver perdido. E necessariamente enquanto um sorrir outro vai chorar. O que alimenta a fé é saber que a roda da vida gira e amanhã quem chorou poderá sorrir.
Existe algo mais paradoxal do que um aniversário universal? Porém, em cada paradoxo celebramos a verdadeira idade ou maturidade da consciência.
Caminhar é apreciar o paradoxo: perder-se no que já é conhecido e redescobrir que a beleza e a perfeição se revelam no já visto, mas só para quem olha com novos olhos.
O paradoxo da sensibilidade: quanto mais sensível você fica, mais sensível você se torna. Isso não tem relação com fragilidade, mas com potência e expansão, pois a verdadeira força está em perceber o que poucos conseguem sentir.
A autenticidade revela um paradoxo em que o Não Fazer se torna mais desafiador do que qualquer ação ou papel que possamos desempenhar. Esta aparente simplicidade esconde um esforço consciente e constante para resistir às expectativas, pressões e padrões externos, tornando o ato de não se conformar uma das tarefas mais árduas na busca pela verdadeira essência de quem somos.
O paradoxo da sensibilidade sugere que sentir intensamente não é uma fraqueza, mas sim um indicativo de força profunda. A vida, semelhante a um sonho vívido, é uma jornada de despertar que exige uma percepção sensível para ser verdadeiramente compreendida e apreciada. Assim, uma pessoa rústica pode engolir pedras sem perceber, mas isso não a torna mais resistente do que alguém sensível, que capta e sente cada nuance ao seu redor.
Paradoxo da Vida
Tem coisas na vida que desejamos ter, mas nunca será possível, existem outras que quando temos não conseguimos segurar, se torna impossível conter o tamanho de sua dimensão em nossos frágeis braços.
Não sei o que é pior, sonhar e nunca ter ou ter nem que seja por um breve momento e logo em seguida ter que abrir mão do sonho realizado.
A vida é um paradoxo sublime: quanto mais a tentamos compreender, mais ela nos surpreende com sua misteriosa simplicidade.
A afirmação de Jesus sobre sermos sal e luz do mundo carrega um paradoxo profundo.
O sal simboliza essência, propósito e aliança, enquanto a luz representa reputação, propagação e exposição.
O desafio é que alguém pode manter a reputação mesmo tendo perdido a essência ou a unção, assim como pode estar cheio do Espírito Santo sem necessariamente estar em evidência.
Chego à conclusão de que a luz, mesmo oculta sob um cesto, ainda brilha e, mesmo que se apague temporariamente, há quem possa reacendê-la. Já o sal, quando perde seu sabor, por mais branco e puro que pareça, torna-se inútil e acaba sendo lançado ao chão, pisado pelos homens. Se o sal se torna insalubre, sua utilidade chega ao fim, sem possibilidade de restauração.
Isso nos lembra que, diante de Deus, a essência sempre precede a exposição, e que, enquanto a luz pode ser reacendida, o sal sem sabor não pode ser restaurado.
PARADOXO DA EXISTÊNCIA:
É filosófico saber quem eu sou
De onde vim, onde estou
E para onde vou
Meu ego, como o teu
Mutila-se
Na busca de autoafirmação
A beleza anatômica
Reflete-se nas entranhas do teu eu
O pechoso
Infinitamente reluz em tua razão
Nesse afã
Nosso ímpeto nos remete
Ao orbe de que somos
O que não seremos jamais
Que viemos de onde jamais passamos
E iremos talvez
Para um universo
Paradoxal...
Ao sentir a ausência do sentir, experimento o paradoxo de uma existência vazia, mas plena da angústia de não poder preencher este vazio.
Ao sentir a ausência do sentir, percebo que sinto mais do que aqueles que sentem o que deveriam sentir.
O vazio que preenche meu ser é a prova paradoxal de que a ausência é uma presença avassaladora em minha vida.
Às vezes, pode ser que sentir o nada é sentir tudo, enquanto sentir tudo pode nos levar a sentir o vazio da falta do sentido.
Às vezes, sentir o vazio é a única forma de sentir que se tem algo, mas ter algo pode ser sentir o vazio que falta quando não se tem nada.
Às vezes, sentir nada é sentir tudo, e sentir muito de não sentir nada é sentir a ausência de tudo.
A dor de não sentir nada é sentida intensamente, enquanto a ausência do que se deveria sentir é uma dor silenciosa e constante.
A ausência de emoções nos faz sentir mais humanos do que a presença delas, pois é na falta que percebemos a profundidade de nossa existência.
Pode ser que eu entenda disso.
Pode ser que eu não saiba sobre.
Entendo disso?
Conheço sobre?
Talvez possa ser, que o conhecimento não seja uma linha reta, mas sim uma teia complexa de saberes e ignorâncias entrelaçados, na qual o entendimento de uma coisa pode coexistir com a completa ignorância de outra.
Ou até mesmo, que o entendimento possa ser uma rede intricada de saberes e ignorâncias interconectados, na qual a compreensão profunda de uma coisa pode coexistir com a completa falta de entendimento em outra, desafiando a noção de que o entendimento é uma linha reta.
Sigo pensando...