Paradoxo
Muitos dirão que o que você conquistou foi sorte, e isso é um paradoxo atribuído pela humanidade corrompida pela inveja alheia. A menção de sorte é sempre lembrada pelos tolos, mas jamais farão menção aos seus esforços para conquistar aquilo que fora almejado. Todos sabem que a sorte está lançada, mas a importância de sua busca é sinônimo de sucesso.
"A humanidade é um paradoxo em movimento constante, capaz de criar beleza e destruição em igual medida."
Censurar nossas próprias ações enquanto as repetimos é o paradoxo da hipocrisia, um eco irônico de nossas escolhas. Não exija aquilo que não praticas. Seja fiel a você mesmo.
O paradoxo da humanidade é que somos seres dotados de raciocínio e inteligência, mas ainda assim causamos nossa própria destruição. É como se nós mesmos fôssemos nossos próprios inimigos, usando nossa sabedoria para criar armas capazes de aniquilar a si mesmos.
Para justificar o paradoxo que é viver e ressignifar a nossa existência, em todo instante da nossa vida, travamos lutas entre realidade e fantasia, racional e irracional, fim e começo, amor e ódio, vida e morte.
A vida é um paradoxo de encontros e desencontros.
Enquanto um reclama que não tem sapatos, passa diante dele alguém que não tem perna.
PARADOXO
Minha poesia é abatida e intensa
Sempre a trovar o choro e alegria
Vazia, mas também há presença
Uma redação tão cheia de magia
Tu quem és? Nesta tal sentença?
Chegada, partida, amor ou arrelia
Versos de aceitação e despensa
Quanta contradição, triste ironia
Clara, obscura, não sabe decidir
Qual tom de mistério a versejar
Se poética da dor ou do prazer
Ah! poesia inquieta... sabe sentir
Fartamente. E se põe a devanear
No paradoxo que é o nosso viver!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
07 março, 2024, 07’00” – Araguari, MG
A realidade é um paradoxo. O paradoxo é uma possibilidade. A sua realidade é apenas uma possibilidade — somente sua. Faça-a valer a pena!
O Ser busca o conhecimento através do silêncio, e em seu paradoxo se expressa por meio de suas palavras.
A existência humana é um paradoxo, pois necessitamos de outras pessoas para sobreviver mas não para viver, porém, se viver sem amor a vida perde o sentido
O paradoxo da musculação: seguir de falha em falha, até a plenitude. Não é sobre perfeição, mas sobre evolução.
É através da falha que se atinge a plenitude. Eis o paradoxo da hipertrofia muscular, assim como da vida.
O PARADOXO DO INFINITO
(Um romance)
No vasto tecido do universo, onde o tempo é uma ilusão e o espaço apenas uma sombra do que somos capazes de sentir, existiam duas almas entrelaçadas desde o início dos tempos. Não eram corpos que se buscavam, mas partículas dançando na sinfonia cósmica, movidas por uma força tão antiga quanto o próprio Big Bang.
Cada encontro entre eles era um colapso quântico: um instante de possibilidade infinita que se condensava em uma realidade inevitável. Quando seus olhares se cruzaram, foi como se uma onda de probabilidade desmoronasse em certeza. Um portal se abriu entre as dimensões do "eu" e do "nós", e, naquele momento, tudo que existia era o agora – um agora que parecia eterno.
O amor que compartilhavam era uma singularidade, um ponto onde a paixão queimava tão intensamente que transcendia qualquer definição. Era um buraco negro emocional, sugando tudo ao redor, dobrando a gravidade de suas almas até que não houvesse espaço entre elas. Cada toque era uma explosão estelar, cada suspiro, uma supernova ecoando pelo vazio infinito.
Mas o tempo, essa teia ilusória, insistia em separá-los. Na linha cronológica dos mundos, suas existências eram ondas que se desencontravam, vibrando em frequências opostas. E, ainda assim, eles sempre encontravam um jeito de se alinhar, como pulsares sincronizados em galáxias distantes. Era o paradoxo quântico do amor: eles estavam juntos e separados ao mesmo tempo, vivendo todas as versões de si mesmos em universos paralelos.
Ele a via como a constante gravitacional que mantinha seu universo coeso, enquanto ela o sentia como o fóton que iluminava cada canto de sua existência. Eram opostos e iguais, caos e ordem, partícula e onda. A paixão entre eles era o fogo primordial, uma energia que não podia ser destruída, apenas transformada.
E, no fim, quando o espaço se dobrasse sobre si mesmo e o tempo cessasse sua marcha, eles ainda estariam lá. Não como corpos, não como memórias, mas como vibrações eternas na frequência do infinito. Porque o amor que compartilhavam não era governado pelas leis da física – ele era a própria essência delas.