Parada do Mangue
Ela não é apegada
Pega a estrada
Sem medo de nada
Não olha pra trás
Topa qualquer parada
Ela se ama
Quem olha pra ela não se engana
A mina é firmeza e com certeza
Não se esqueça já foi sua beleza
Caminho
O destino
Me persegue
Sem me largar em nenhuma parada
Vou seguindo com ele
O nosso caminho
Olhando para tras e lembrando
Do sorriso
Que esqueci
De retrebuir.
O bom português
Do céu para o inferno
Da parada cardíaca de amor para infarto de tristeza
Um nocaute!
Minha caravela afundou
As ondas do destino me derrubaram
Agora
Deixarei para o tempo
Pois
Somente ele
Pode me curar
Depois
Continuarei na caminhada para a minha ''Índias''
Cuiabá parada obrigatória das férias, cenário da lembrança e dos amigos de sempre. Cuiabá cenário permanente da saudade de um tempo bom que não volta mais...
Olá menina, o que cê faz parada sozinha aqui nessa escuridão!?
Não fique triste, deixe eu ser seu amigo, a solidão não te trará nada de bom, pois a solidão é amiga da escuridão e nas trevas habitam seus maiores temores, demônios que só sugam sua vitalidade. Então saia dessa depressão e me deixe eu te ajudar!?
Não sou o melhor homem para sua vida, pois não vivi uma vida boa e nem fiz nada para melhorar só para piorar, e depois de viver muito tempo na solidão, conversando por vários anos com a escuridão, aprendi que a verdadeira amizade aquela que te empurra pra cima é a que vai te salvar, pois na vida existe várias pessoas pra te empurra pro buraco e poucas pra te dá uma mão mesmo que seja só pra bater a poeira. Então moça me deixe ser seu amigo, pois posso não ser um bom homem para sua vida, mas sou um ótimo amigo pra ela!
O encontro.
Em um desses dias despretensiosos eu o avistei na parada de ônibus, aquela cena nunca saiu da minha mente. Ele tinha uma distração interessante, as pessoas, o movimento que elas faziam ao seu redor, o meu olhar fixado e obsessivo não chamavam sua atenção. Eu fiquei ali, a observar, percebi que estava com a concentração voltada para um livro, Kafka, ótima escolha, certamente não era um leitor iniciante. Permaneci alguns minutos no mesmo local e ele também, nossas visões não se modificaram nesse meio tempo, a minha para ele, e a dele para o livro. Quando finalmente um ônibus de cor escura se aproximou, isso foi o bastante para rouba-lhe atenção, guardou o livro que estava em mãos dentro de uma mochila ao lado de sua perna esquerda e seguiu em direção ao ônibus, foi quando percebeu que o olhava, me lançou um olhar atento e um sorriso no canto da boca e foi-se. Ele nunca saiu da minha mente, dediquei alguns textos a ele, como este agora, voltei ao ponto de ônibus por alguns dias na tentativa incansável de reencontra-lo, mas nada foi possível.
Numa manhã de segunda-feira o despertador tocou às sete horas, o corpo me pedia mais cama, mas as obrigações me forçavam a sair da lá, por fim consegui levantar-me com a sensação de pesar cem quilos. Encaminhei-me para o banheiro, tomei um banho que durou menos do que eu esperava, tomei um café rápido e parti para a Universidade onde trabalhava, era professora do curso de Letras, especificamente de Literatura. Ao chegar lá nada me denunciou novidade, mais um dia normal, como durante aqueles últimos dois, foi quando avistei aquela figura que durante muito tempo se manteve viva em minha memória, fraca agora, mas viva, era o homem que um dia fitou meu olhar, não sei se ele havia me reconhecido, mas algo o deixou um pouco desequilibrado diante a minha presença.
- Olá professora Julia. É um prazer conhece-la pessoalmente, durante muito tempo acompanho seu trabalho e me sinto fascinado com tanta criatividade com a sua escrita.
Além de professora eu me dedicava à escrita, havia publicado dois livros, “Três contos de pura solidão” e “Cem anos de amor & dor”, romances clássicos.
- Olá, obrigada por acompanhar meu trabalho. Perdoe-me, embora me conheça devo dizer que não reconheço ou não me recordo do seu nome e/ou de você. – Além de uma boa escritora eu também era uma boa mentirosa, ele permaneceu presente em minha memória por longos dois anos.
- Não, claro. Que tolo! Não nos conhecemos, me chamo Gustavo, sou professor também, agora professor substituto aqui na Universidade. Irei substituir o professor Fernando na disciplina de Literatura Brasileira. É uma honra conhece-la.
- Que legal, um companheiro para discutir sobre literatura. Isso não pode ser melhor.
- Enfim, preciso ir para a aula, posso pagar uma cerveja hoje à noite para você enquanto conversamos um pouco?
- Sim, claro. – Aquela certamente seria uma oportunidade de contar-lhe tudo que havia acontecido há dois anos atrás no ponto de ônibus.
Logo depois das seis horas da tarde eu o reencontrei na sala dos professores, curiosamente da mesma maneira que teria visto há dois anos, cabeça baixa, lendo, a movimentação e presença de outras pessoas não chamavam sua atenção, nem que por um instante. Aproximei-me e o toquei, só assim pude roubar um pouco daquela atenção para mim. – Vamos?
Ele não conhecia a cidade, como presumi. Entramos no meu carro e levei-o a um restaurante famoso, mas calmo da cidade. Algo me dizia que o conhecia há muito tempo, não sei se pelo fato de muito tempo imaginar aquele momento ou se pelo fato de ele ter se mostrado à vontade demais, embora que ainda assim estivesse um pouco nervoso, percebi pela maneira que batia nas pernas com as pontas dos dedos. Ao chegarmos ao restaurante ele pareceu um pouco quanto curioso, mas não o julgo, senti a mesma sensação quando estive ali pela primeira vez, era um lugar um tanto quanto casual, demonstrava um pouco de cultura em sua decoração.
Quando sentamos em uma mesa próxima da varanda com vista para a cidade eu iniciei a conversa.
- Sinceramente eu não sei como dizer isso, mas hoje pela manhã eu não fui honesta com você, não uma foi mentira absoluta, mas uma meia mentira, se por assim posso classificar. Já conhecia você, mesmo que só de vista, uma breve vista. Há dois anos eu o encontrei no ponto de ônibus dessa mesma cidade, eu estava chegando para ensinar na Universidade e encontrei você em um dos bancos, com a cabeça baixa, lendo um livro de Kafka, nada tomava sua atenção, mas você me tomou muita, na chegada do seu ônibus você me lançou um olhar penetrante e um sorriso de canto da boca, aquela imagem ficou viva durante dois anos em minha mente, desejei encontra-lo por muito tempo e agora você “cai em minhas mãos” se por assim posso dizer, é estranho e ao mesmo tempo reconfortante. - Sem me dizer nada, apenas a me observar eu continuei. – Você permaneceu presente em meus pensamentos até o presente momento e hoje eu reencontro você, está comigo agora, existe destino maior que esse? – Por um instante eu só queria que ele me calasse com um beijo e/ou abraço, e assim fez, em um movimento minucioso ele me beijou, o seu beijo foi tão intenso, tão penetrante que por um instante ali eu desejei morrer, havia imaginado aquele instante por muito tempo, mas nunca havia chegado nem perto do que realmente aconteceu.
Por um instante ficamos ali, calados, apenas refletindo o que acabara de acontecer, mas o silêncio em alguns momentos se torna agressivo e nada confortante, então retornei a falar.
- Eu não peço que me entenda, nem muito menos que faça esforço para recordar de algum momento. Por favor, não. Só não me ache estranha e isso será de grande importância para mim.
Ele me olhou agora com um olhar diferente, um pouco assustado, mas com leveza. – Não seja boba, acho que eu esperava por esse momento tanto quanto você, sempre fui um grande admirador do seu trabalho e agora eu descubro que você sempre manteve em sigilo um interesse por mim. Enquanto eu, pouco me recordo daquele momento na parada de ônibus, sempre soube tanto de você. Você por outro lado recorda-se perfeitamente do momento, mas pouco me conhece, o destino parece brincar com nós dois, mas finalmente nos uniu.
Destino. Nunca acreditei nisso, sabe? Mas agora, percebendo que ele nos deu outra chance, que nos proporcionou outro encontro, agora eu percebo o quanto foi generoso conosco. Se assim posso dizer, o destino está ao nosso lado, e agora do seu lado não quero mais sair.
Essa parada de ter que seguir um costume ou um caminho preestabelecido não funciona comigo, eu tentei diversas vezes e também diversas formas de fazer, de me apegar ou interessar por ideias recomendadas, DECIDI VIVER POR MIM MESMO!
Estava eu sentado em uma parada de ônibus em um dia qualquer, então comecei a observar as pessoas na movimentada avenida, pessoas indo e vindo, andando ou correndo, na bicicleta ou no carro, e eu me questionei sobre o real motivo da vida, seria apenas correr atrás dos nossos objetivos? Correr atrás dos nossos sonhos? Sim, isso é de extrema importância, o que seria um homem sem sonhos e objetivos? Seria uma folha sendo guiada pelo vento, com um destino incerto. Mas será mesmo que a vida é apenas buscar incansavelmente os nossos sonhos? Eu diria que não, uma vez eu disse para um amigo que não espere para querer viver quando tudo estiver como você quer, pois isso é impossível, nunca tudo estará como queremos, se esperarmos para viver no futuro perderemos o presente e como a própria palavra diz, presente será passado amanhã e tudo que fizemos ficou para trás, sem opções de alterações, o único momento que podemos ter o poder de mudança é o presente, o aqui e agora, podemos nos planejar para futuro e esperar ele chegar, mas podemos viver o agora e nos prepararmos para o futuro. Qual o real sentido da vida para você?
O MODERNO ESCOLARIZADO PÓS-PANDÊMICO ("Cara, se essa parada de 'aprenda com os seus erros' funcionasse. Eu já tinha pós-doutorado em relacionamentos, faz tempo". — Soulstripper)
Os professores voltaram da Pandemia com certo domínio das tecnologias. Experimentaram a agilidade dos aplicativos. Foi difícil aprender, mas se superaram! Já bem acostumados, agora se depararam com os eletrônicos pedagógicos da escola, parecidos com armadilhas: além de velhos e ultrapassados, ainda todo mundo mexe irresponsavelmente, embora bem intencionado ou não: vida real. Eu queria fazer uma aula diferente, exigida pelo planejamento da coordenadora; todavia, queimei a fonte do computador, tentando que lesse meu "pendrive"; tentando outra vez, desloquei o computador para tomada 220v da sala dos alunos, e alguém o usara com o transformador em 110v, como eu ia adivinhar que tinha de mudar a chave? Sou apenas um professor de Língua Portuguesa pós-pandêmico. (CiFA
Foi levando alguns tombos que eu entendi a parada:
é bem mais fácil tropeçar se largo for a passada; Tenho que cuidar pro gênio aqui não ficar preso numa garrafa.
beija-flor que beija tantas flores e nunca faz parada, se encantou com esse amor e decidiu fazer morada e beija ela beija a boca beija-flor porque de todas as flores o mel dela tem muito mais sabor. CM.
Sou uma religiosa
Sem religião
Sou uma ateia
Cercada de deuses
Sou uma peregrina
Parada no tempo
Sou uma profana
Que embeleza o templo
Sou o riso puro
Na sordidez desmedida
Sou a palavra dada
No silêncio da noite
Sou a ternura plena
Na entranha do vil
Sou a estranha imagem
Do meu próprio desvario
Não procure culpado, procure soluções.
A vida é trem, sempre tem uma parada. Você decide descer ou seguir viagem.
mais uma manhã se inicia "espero não me frustar hoje novamente,estou cansada de ficar parada sem solução alguma,sol bate na janela.me despertando lentamente..... Mais me pergunto que insolente,deveria ter escurecidos mais o quarto.mais não adiantaria o frio como seu cúmplice vem encomendar também acho que e hora de acordar. Acordar espírito a mente o corpo e a alma! Obrigada
Como foi sentir a morte:
Corre, mulher com parada respiratória.Médico e equipe em volta de uma sala com pouca coisa em segundos enche de pessoas e equipamentos.
-Pega a adrenalina!Fala o médico a enfermeira q já está terminando de pagar o acesso da mimha veia.
Coração parece q vai explodir.
Olham a oxigenação e está muito baixa.
-Mais adrenalina agora! Repetiram por 4 vezes
Médico olha para mim e diz:Fica comigo,tenta se acalmar,vai dar tudo certo.
Eu:Não entra nem sai o ar. Nessa hora, parece que "entupiu" os lábios roxos,sinto cada célula minha implorar ar,as costelas parecem que se quebram uma a uma.A enfermeira ao lado se prepara para a traqueoscopia,o outro arruma para uma possível entubação o anestesista entrou na sala, mas eu preciso reagir primeiro.
Ligaram o desfribrilazador.
Sinto a vida esvair pela pontas dos dedos, só sei pensar: MEU DEUS, SERÁ QUE VIVI?TENTEI AGRADAR A TODOS E NÃO VIVI!!!VOU MORRER SEM TER VIVIDO!Foi para isso que tive vida?Para tentar agradar aos outros?Tentar buscar o amor de um pai que nem quer me ver?Fiquei esperando o ex voltar por causa de uma profecia de fundo de quintal?
Meu Deus, que dor!Sinto dor em tudo, uma fraqueza,tô lutando mas não sinto vencer..O médico pedindo para eu tentar ficar e estou sem forças, vejo tudo embaçado...Tudo apagou!
...
Acordo na UTI. Médicos em volta de mim, muita dor no corpo e ainda dói respirar,mas acordei!
Sem consegui falar,com um fino tubo que entra pelo nariz vejo que fecharam o corte na minha garganta, tem pontos.
O médico com brilho nos olhos me diz:BEM VINDA!A equipe agora tem sorriso nos olhos,as máscaras não escondem o alívio de todos.
São 4 bombas de medicações diferentes naquela UTI, mas a escuridão acabou:EU VOLTEI!
Agora sim,mesmo com muita dor, terei um recomeço.
Parei de viver esperando o extraordinário,agora volto ao simples:AO FÔLEGO DE VIDA!
Meus olhos abriram, e não foi só no corpo, a alma acordou.
Agora quero vida em meus dias, sorriso em minhas palavras.
Quero viver TUDO, não é sobre ser feliz o tempo todo,é sobre se permitir sentir TUDO que a vida nos dá, aprender e se respeitar.
Viver uma vida em minha vida.
Deborah Surian