Para uma Pessoa Perdida
calor da alma perdida em pura perdição,
única como flor do teu coração,
preludio, pura voz da minha solidão,
a digo, pura como sois meu coração,
vadio tantas vez austero momento,
que esteve em minha alma como a luz
que difunde a escuridão de um sonho,
profundo nas profundezas de tua vida,
exclamo, embora isso seja a voz...
que reprime o esquecimento para sempre.
Sou uma astronauta perdida
Leve-me até a Lua
Mostre-me o brilho das estrelas
A linha do horizonte
Sou uma astronauta perdida
O ar da Terra tá' pesado
Na Lua é mais leve
Então me leve
Sou uma astronauta perdida
Mostre-me o caminho do espaço
Deixe-me descansar
Deixe-me respirar
Sou uma astronauta perdida
Mostre-me a pureza das crianças
Diga-me o quanto dói crescer
Entregue-me o meu capacete
Me devolva cada noite em claro perdida ao sonhar com as estrelas em teus olhos...
Me devolva cada deleite de um coração pulsante ao ouvir a sua voz, e desejar ouvi-la a cada dia...
Me devolva cada vã esperança, que brotou por nossos dedos entrelaçados, quando nossos lábios se tocaram...
Me devolva cada hora perdida em meus pensamentos afoitos sobre teus sorrisos e sobre tua imagem...
Me devolva cada mísera lágrima que brotou de meus olhos com as tuas ausências e com o teu silêncio...
Me devolva o tempo que perdi de amando,
Enquanto você apenas brincava de amar.
"Qualidade tão valiosa quanto rara, difícil de ser conquistada, fácil de ser perdida, improvável de ser recuperada. Possui valor incomensurável. Quem trai a confiança é passível de tudo, prejudica seu(s) semelhante(s), sua própria familia e a si mesmo. Quem não é digno de confiança, não é digno de mais nada, pois negligenciou um dos valores mais nobres do ser humano."
De tanto quebrar, partiu-se
De tanto chorar, esvaiu-se
De tanto ir e vir, perdeu-se
E perdida preferiu não ser encontrada.
Vejo os outros
Encontrando soluções
Mas me vejo sempre perdida
Buscando achar a saída
Em um quarto escuro, fundo e mudo
Disfarço pra ninguém perceber
Mas por dentro quero morrer
Com a tristeza que corroí a alma
A flor da pele
Destrói e me dá vida
Lentamente me encontro sem rumo
As vezes são tantos
Que eles não sabem
O que eu guardo, escondo é a verdade
Disfarço pra ninguém perceber
Mas por dentro quero morrer
Com a tristeza que corroí a alma
A flor da pele
Destrói e me dá vida
Vontade que eu não teria
De ser e viver pra fazer
Passado presente constante
Que volta sempre em torno de mim
Dá voltas sempre em torno de mim
E volta sempre em torno de mim
me perco nos pensamentos;
me vejo perdida frequentemente,em um mundo paralelo:
razão x emoção.
não me encontro quando me olho no espelho.
é irreconhecível a pessoa que me tornei!
os olhos que brilhavam,hoje despejam um mar de emoções,fazendo com que eu me afogue.
o que acontece?..nesse pequeno quarto,onde as paredes carregam pinceladas de sentimentos;
as tintas acabaram...
só me resta pincel e um potinho que porventura não há mais sonho nele.
algumas coisas ficaram cinzas aqui dentro,e eu espero pelos dias amarelos.
ou por mais tintas e pincéis...
Ela não está perdida.
Ela vai ao ritmo certo, há passos leves há procura do melhor caminho para chegar no destino ainda não percorrido, mas já marcado.
De repente,
Seu mundo cai,
Desmorona nas tuas costas,
E você não sabe oque fazer,
Fica perdida
Sem rumo,
Como um cão sem casa...
Quando os joelhos tocam a terra e o coração se eleva aos céus, nenhuma batalha está perdida, pois é na entrega que a vitória se revela.
ALMA PERDIDA
Caiu-me a alma.
Não sei se dentro de um rio,
Ou na turbulência do mar.
Talvez na montanha
Tamanha de frio,
No calor do estio,
Quente de enregelar.
Será que ela fugiu de mim
E se esconde na cidade imensa
À espera da recompensa,
Numa espécie de arlequim
De rir pelas ruas
Sujas e nuas.
O que é que minha alma pensa?
Fartei-me dela, tão tensa
E cada vez mais pretensa
Gozando comigo sem par,
Que não perco mais um minuto
Em absoluto,
Para a encontrar!
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 23-09-2022)
VINDIMA DE ESPERANÇAS
Quando se ama ou se volta a amar
A natureza perdida,
É sinal que a própria vida
Mesmo que dolorida
Tem esperança noutra saída
Rumo a um nova vindima.
Afagam-se os cachos com carinho
De baixo para cima
Como numa rima.
Provam-se as uvas coloridas
Prenhes de doçuras convertidas
Em álcoois depois amadurecidos
Em madeiras velhas consentidos
E fatalmente domados,
Aconchegados odores de bom vinho
Em toneis anciãos embriagados.
Era o Douro da Pesqueira em braços
De mulheres e homens de desembaraços
A soltar da cepa mãe, os filhos maduros
Naqueles socalcos pedregosos e duros.
Alguma lágrima vertida ao arrancar
Em doloroso transe de despedida,
A uva néctar fadada a uma nova vida.
Eram os bagos gordos e mimados
Pela natureza sol e solo vividos,
Que logo na prova primeira,
Fazem da minha amada Pesqueira,
A mãe do vinho dos meus sentidos.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 13-05-2023)
LUZ PERDIDA
Tantos anos na escuridão,
Procurei um dia a luz
No túnel da ilusão,
O brilho que me seduz.
Fiquei cego na minha cruz
Da vida,
De tanto olhar sempre em vão,
A luz da minha partida.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 28-11-2023)
O Dilema da Sabedoria Perdida
Tentando ensinar ao que não quer aprender,
É como dar pérolas a porcos, um esforço vão,
Pois na mente fechada, a sabedoria não há de penetrar,
E o risco é sempre duplo, um jogo sem chão.
Quando dizemos "sim" ao que não entende,
O simples assentimento pode até agradar,
Mas se a incompreensão é o que se defende,
A agressão, o acusar, não tardará a se manifestar.
É um esforço inglório, o confronto com o insensato,
Pois cedo ou tarde, a razão se esgota, se esmorece.
Seja pela força brutal ou pelo cansaço, um fato:
O desgaste é inevitável, e o desgaste, a vitória concede.
Tentativas de convivência se tornam um fardo pesado,
E a razão, em sua luta, pode se perder.
O estúpido, com sua ignorância e peito inflado,
É uma tempestade em que a sabedoria se vê a desaparecer.
O dilema é claro: a sabedoria não se impõe,
Mas a resistência e a negação têm seu preço.
Em cada tentativa, o risco se reescreve, e então,
O caminho do entendimento se torna um triste excesso.
Enquanto uma única vida for perdida em Desastres, todo o sistema de Proteção e Defesa Civil terá fracassado miseravelmente.