Para uma Pessoa Perdida
Vitima do amor
Uma bala perdida
com cheiro de hortelã
entrou em minha vida
em noite chuvoso e sã
Sequestrou meus sentimentos
de resgate pediu meu coração
me tortura a cada momento
me deixa jogado no chão
Traficando sonhos e desejos
em amores me enriquecer
desfrutando com doces beijos
e volta seu cheiro a me entorpecer
de forma hostil me agride
chega até me arder
pois fui vitima de um crime
de morrer de amor por você
O conto dos dois caminhos
Eu estava perdida em sofrimento, solidão e agonia. Desejava tanto a morte quanto a luz do dia. Já não sabia se amava mais a vida ou se desejava mais a morte. Só que eu era covarde. Tão covarde que eu não sabia viver e nem morrer. Tinha medo da vida e da morte. E eu vivia vazia, parada nessa encruzilhada. Olhava para os dois caminhos, sem saber qual seguir. Então peguei a direita, o caminho da vida. Fiquei tão apreensiva que eu chegava a subir nos barrancos da vida, só para não entrar de cabeça nessa estrada. Olhava para todos os cantos, todas as sombras... Eu prossegui pelo caminho da vida solitariamente. Durante algum tempo... Mas, ao decorrer desse, eu encontrei outras pessoas nesse caminho. Pessoas como eu. Que também haviam parado na encruzilhada e que também haviam ficado indecisas. Conheci um senhor que havia dito que havia conhecido um homem sofredor, como nós dois. Esse homem optou pelo caminho da esquerda, o da morte. E o senhor me disse que não sabia por quê. E eu lhe disse que também não sabia. Então nós rimos, aquele riso triste. E então o senhor começou a narrar-me sua história de vida. Disse-me que, quando tinha a minha idade, também havia chegado na primeira encruzilhada. Nesse instante, arregalei os olhos. E o senhor entendeu porquê. E ele disse-me para não me assustar, pois no decorrer deste caminho eu hei de encontrar mais encruzilhadas como essa primeira. E eu perguntei-lhe como ele sabia disso, sendo que nós dois estávamos apenas no início do caminho da vida. Ele me disse que ele já não estrava mais no início. Disse-me que havia nascido, prosseguido feliz e chegado à primeira das encruzilhadas. Disse-me que passou pela vida e que a seguiu até encontrar outras tantas encruzilhadas, iguais à primeira. E disse-me que, como eu podia observar, ele havia optado sempre pela vida, mesmo desejando também a morte. Ele me disse que a única certeza que tinha nessa vida era que um dia ele teria de seguir o caminho da morte, mesmo querendo ou não. E então ele me disse que não havia porque em apressar o fim, já que ele viria de qualquer jeito. Ele me disse, então, que optou pela vida porque queria saber mais sobre ela. Queria encontrar, no fim disso tudo, mais uma vez a alegria que sentia ao ser criança. Perguntei como ele sabia que a encontraria. Ele me disse que não sabia. Perguntei, então, se ele havia encontrado. Ele me disse que sim, mas que já à havia perdido. Ao me ver com um olhar desentendido, ele disse à mim que havia encontrado o amor. E então eu perguntei a ele por que ele havia voltado. Ele me disse que não tinha mais o que viver. Que sua vida já estava no fim e que jamais encontraria felicidade nessa, já que seu grande amor se fora. Ele me disse que optou por voltar, apenas para narrar aos outros, como eu, suas histórias. Disse também que queria terminar no início. Que gostaria de morrer na primeira encruzilhada. Que esperaria pela morte ali mesmo. Disse-me que estava apenas voltando no tempo. E disse-me também que queria prosseguir, antes que esse já não o deixasse mais fazê-lo. Assim, o velho me disse um adeus e se foi. E eu prossegui meu caminho, desejando, lá no fundo, encontrar a alegria. Prossegui. Após um tempo, encontrei um garotinho. Estava escondido no meio do mato que crescia pelo barranco em que eu andava. Ele se escondia da vida, mas ela não o deixava. Perguntei a ele por que se escondia. Ele me disse que era a vida quem se escondia dele, e não o contrário. Ele me disse que a vida é que não quis ser gentil com ele. Ele era tão pobre com um rato. Era sujo e imundo. Olhei para ele e disse-lhe que a vida também não me é gentil, mas eu não desisti de conquista-la. Disse à ele para prosseguir que um dia daria certo. Dei então um abraço bem forte no garoto sujo e prossegui. Ao olhar para trás, vi que ele sorria. Eu continuei andando. O tempo passou. Encontrei pelo caminho água, comida e ar fresco. Encontrei o necessário para continuar vivendo. Mas não encontrei a alegria que, lá atrás, aquele velho senhor dizia ter encontrado. Eu, hoje, sou tão velha quanto ele. Estou tão cansada que resolvi parar na próxima encruzilhada que me vier. E farei a mesma coisa que fez aquele velho. Vou ficar parada na encruzilhada, pensando na vida e na morte. Esperando-a chegar. Pensando em como fui feliz antes da primeira encruzilhada. Tudo porque eu tinha conhecido a alegria que um dia aquele velho sentiu. Eu só não dei a sorte que ele deu. Eu apenas vi a alegria andando ao longe, já o velho pode abraça-la. Ele pode amar e ser amado. Já eu, parei na primeira parte, na primeira encruzilhada.
Eu sei que vou te encontrar, eu sei que nós vamos se encontram, mesmo com a minha alma perdida em meio à escuridão.
No meio do caminho da minha vida
me encontrei tão perdida...
uma selva tão escura
sem entrada, sem saída.
Estão pálida, esquálida...
debilitada, depauperada...
enfraquecida... desiludida
desisto desta vida.
Quero em outros ares procurar
tudo aquilo que aqui não consigo achar,
uma vida com um sentido
pra minha vida quero dar.
O que dizer, o que falar, apenas nada, nada, cansada, perdida nesse mundo grande, não sei que porta ir, não sei qual ir, estou perdida, alguém para me ajuda? Ninguém para me dar a mão, preciso de ajuda e ninguém vê.
Esperança esquecida, sentida, perdida
cheiro a rosmaninho perfume do tempo
fogem da morte, vida, amor, saudade
escombros de um barco atolado na praia
lágrimas de um marinheiro nas ondas do mar
sonhos forjados de uma sereia na areia quente
deserto de dor, alma estendida seca ao relento.!
"Doce melodia ao bater de assas da noite
perdida entre utopias e devaneios
Alma dançante, flauteado ritmado
Em pleno silenciamento de bocas
resplandece de repente teu sorriso
Já não se pode respirar, frente a ti
já não se pode respirar sem ti
Cabeça funciona pouco
coração trabalha dobrado
Quero estar ao teu lado
sob embalos compassados e lençóis amassados
Minta-me a verdade, preciso entrar neste passo
Mesmo quando não acontece, acontesse
mesmo quando não se tem, se tem demais
Sentimento florescente, sem a chuva morre
E logo ouve-se o chorar dos violinos, e então silêncio
Quando se acaba a música, se acaba o amor"
Encontrava-me perdida do outro lado da vida, até quando eu tinha pessoas ao meu redor, eu me perguntava por que mesmo assim esse vazio não passava? Mas contigo apesar de ser exótico se é que se usa ainda esta palavra, era surpreendente olhar e sentir a vibração que nossos corpos faziam quando se entrelaçavam, e por mais que eu tentasse sumir, desaparecer esse sentimento continuava exatamente vivo, e muito mais do que isso, continuava forte e intenso, e mesmo que parássemos de nos ver por algum tempo quando nos víamos novamente era como se tudo continuasse exatamente igual.
Brenda Ribeiro
Perdida andava a minha alma, a minha mente..
numa estrada, num caminho, num trilho..
cheia de solidão, dias cinzentos, noites sombrias...
adormecidas, perdidas, esquecidas, feridas, magoadas.
rompi o silêncio que jazia na minha alma, deixei o sol entrar..!!!
"A sabedoria não é perdida através dos tempos e sim acumulada para tornar-se herança para os que ficam." ___Eliani Borges.
Há uma cena que quero comentar: o encontro de Alice com o gato. Na cena, Alice está perdida, e de repente, vê no alto da árvore o gato. Ela olha para ele lá em cima e diz assim:
Alice:"Você pode me ajudar?"
Gato: "Sim, pois não."
Alice:"Para onde vai essa estrada?"
Gato:"Para onde você quer ir?"
Alice:"Eu não sei, estou perdida."
Gato: "Para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve."
Perdida na escuridão da noite.....
Tento encontrar o meu caminho de casa...
A velhice está a chegar....
Grisalha.....bela.... e sonolenta..
Ao pé da lareira....pego num livro...
Quero abraçar ...
Para nunca deixar este paraíso....
Assim ninguém.... poderá ferir a minha alma.....
Leio o livro sem pressa....
Sonho...
Com as lembranças...de outrora.......
Sombras profundas.....
Memórias...que encontrarei nalgum lugar...
O dia da minha morte
Onde libertará a minha alma....
Então saberei quantos....
Amaram-me com sinceridade....ou não......
Atravessei montanhas bem distantes...
Perdi-me na escuridão.....
Mas encontrarei nalgum lugar...
A liberdade da minha alma...!
Eu sem você vivo a vagar
sem rumo perdida a te procurar
perco o sentido vivo a chorar
coração partido não sei se vou suportar
é demais pra mim tanta solidão sem fim
a espera de você meu amor volte pra mim
Homem que atira pra todos os lados,não merece morrer de bala perdida,merece no mínimo ficar manco mesmo pra parar de correr atrás de todas.
Eu não sei o caminho.
Pois ando perdida.
Reuni-me por dentro.
Por dentro da vida.
Os teus olhos sopram.
Sopram no vento.
Melodia encantada.
Encantada no tempo.
Sulco que chega.
Que chega na hora.
Sem tempo
Sem nada
Num andar descalço.
Vou levá-lo a lugar nenhum.
À distância da noite.
Distância do dia.
Arrasta a sua sombra.
Cansada e triste.
Procuro um amigo.
Procuro uma mão.
Eu sei o caminho, mas ando perdida.
Perdida esquecida.
Dentro de mim.
Da vida reunida, reunida no tempo!
as dores dessa vida,
mortas,
nessa alma,
em pura solidão dessa alma,
tão perdida dessa doce desejos de realidade,
tangentes obscura da minha alma,
esta nesse relato perdido,
muito desejos apodreço,
por senti tanta dor desse vida maltrata,
por mais que queira tudo
relevante, tão obtuso,
perco que mais desejo,
em fatídica obtenção de futuro
como tudo pode tão obvio,
num jogo de cartas marcas,
compreendo cada forma possível,
que como simples com uma palavra,
deixo tudo acontecer por ser um jogo...
de cartas marcas tento ter a sabedoria,
que muitos desejam obter...
em observo com austero desejo,
obtendo o real valor...
que conheço, minha posterior verdade,
pelos quais desdenho o primor...
polivalente tal sentimento.