Para uma Pessoa Perdida
BALA PERDIDA
VAGAVA LONGE DE SUA MORADA:
UMA PISTOLA CALIBRE 7.65mm.
SEM GPS, SEM BÚSSOLA E SEM DESTINO,
FOI PEDIR INFORMAÇÕES À UM MENINO.
Passagem
Não quero lembrar o meu
Leito de morte, das dores
Perdida no tempo da escravidão
que se encontrava o meu ser.
Do mundo parado na solidão
Profunda do mar envenenado
onde as lágrimas que rolavam dos meus olhos
descarregava toda a dor do meu ser.
não quero lembrar o sofrimento agudo de
quando apago as luzes do meu quarto,
E chorando às vezes da lembrança
Que motivou essa eterna solidão,
Quebrada apenas pela passagem
Sublime da ternura do ser da fotografia.
Passagem de uma vida que busca
Na esperança, em que o tempo
Passa-se na embreagem do viver.
A solidão busca espaço contradizendo
O coração que esta querendo esquecer
o ser da fotografia, que insiste em permanecer,
No caminho do meu viver.
Mais tão contrario é o caminho
Dos que buscam acalentar o vazio
Do coração... E assim, querendo apagar
Da memória a inspiração que me fez
Sonhar, desenhar, pintar,
O conto de fada que não se
Realizou... E o amor... Ainda existe,
Apesar da dor... Dor... Do desconhecido... Há coração
Que conheces a dor... Dor da rejeição... Da luta, por
Um pouquinho desse amor que vive na passagem
do tempo de um coração sonhador.
Passagem talvez comprada no sonho
Naquela rodoviária onde os corações
Esperançosos fazem parada.
Um lugar do passado onde
Encontram-se belos motivos
Para não parar de sonhar.
E a lembrança do ser inspirador
Retratado com zelo e esplendor,
Surge por entre as estrelas na noite
Invernada nas montanhas desertas
Do coração que apela por um
Pouco do seu amor.
SOU EU
Fiquei perdida entre as tuas coisas
Magníficas ou pequenas. Por pouco
Achavas o meu riso solto ou embrulhado
No papel que escrevias os teus versos.
De amor não pude tecer nosso namoro
Debruçada na janela da tua alma embebida
Nas paixões que entornaste toda a tua vida.
No trovejar da voz que soltas quando atinges
O ápice do amor. Então, navego por telepatia
Na mesma magia.
Não é comigo, mas atinjo, também, grande ironia
O auge de ser troca, ser o outro, ser um só.
E quando sentes o arrepio de uma alma que te busca e
Beija-te até secar todo o desejo.
Afaga-te tanto que desemboca noutro lampejo
De mais querer. E tudo se repete.
Infinitamente,
Em pensamento apenas, lamento.
Ai sou eu. Apenas eu.
Vazio
Não tive dedos suficientes pra contar
As dores vividas no calabouço
Da minha alma perdida entre mentiras
De que eu sabia que o meu cantar
Levaria com o vento
Para os amados, alento.
Eu nada aprendi dessa troca
De idéias e ideais
Não guardei um só instante
As memórias do aprendizado
Sobre o amor
Que eu vim buscar
Tive apenas ilusões arredias
E apostei em atitudes tresloucadas
Correndo atrás dos que me renegaram.
Acreditei que estes
Poderiam preencher o vazio despudorado
Da agonizante despedida
De quem parte solitária e oca
E solta.
Desprovida de alegria.
Vazia de vida.
Desnutrida e carente
Completa indigente.
Já foste uma página encantada
Uma alucinante leitura..
Hoje és página virada
Perdida...
Não encontrada.
Sei lá, as vezes até me encontro perdida, sou meio, talvez...e por ser o que não sei, me perco e me acho de vez em quando.
"Eu ainda me sinto perdida, sufocada, uma sobrevivente na multidão... Mas, eu ainda tenho esperanças, mínimos sonhos que andam em paralelo aos meus medos... Uma eu tão confusa, as vezes irrelevantes, mas as vezes tão viva... Como diria Raul Seixas, uma metamorfose ambulante."
Foi quando me vi perdida e as vezes ainda creio está assim, que encontrei todas as formas de me salvar. Eu não tinha saída . Era seguir ou seguir, pois eu fiz uma promessa a vida, eu nunca vou deixar que minhas lágrimas sejam maiores que meu riso. Mesmo quando dói, e as vezes dói profundamente. Mas eu acredito em dias melhores, acredito em instantes eternos. Acredito no hoje que é um milagre para mim.
Lene Dantas
O que o amor tira.
Eu queria falar sobre o amor hoje. Pelo menos sobre essa visão tão perdida e estranhamente vivida que eu tenho dele. Eu estava lendo a Marla de Queiroz numa dessas manhãs antes de ir ao trabalho, e ela dizia: “O que me interessa no amor, não é apenas o que ele me dá, mas principalmente, o que ele tira de mim: a carência, a ilusão de autossuficiência, a solidão maciça, a boemia exacerbada para suprir vazios. Ele me tira essa disponibilidade eterna para qualquer um, para qualquer coisa, a qualquer hora”.
O amor tem seus sintomas. Um amigo está conhecendo uma garota, e sempre que terminam de se falar ele sorri pra mim e diz: “Cara, acho que me meti numa roubada”. Nem presto tanta atenção nas palavras dele, mas no sorriso. O amor é sintomático. Ele tira o nosso olhar sisudo sobre o cotidiano, e nos faz lembrar de sorrirmos mais, nos importarmos mais, nos enfraquecermos. Ele se esgueira em nosso dia a dia extremamente igual, e o torna diferente. É a tinta colorida de um dia preto e branco, e a pitada secreta de anis do meu molho bolonhesa.
Esses dias me disseram: "Depois de tudo que eu amei, eu descobri que tenho um coração de pedra". Eu quase o abracei e disse: “Tamo junto”. Mas estou tentando ser diferente agora. Penso que, ainda assim, o amor faz doer pra lembrar que ainda estamos vivos. Por isso não gosto da “lei do desapego”. Ela não se paga. As mesmas pessoas que têm se declarado desapegadas, no fundo não escolheram isso. Elas não praticam o desapego, são reféns dele. Para elas amar pra valer doeu demais.
Então, eu também gosto do que o amor tira de mim, Marla. Ainda que seja meu chão, ou um sorriso eventualmente. Não somos feitos de pedra para vivermos à sua regra. Pois no curso natural da vida precisamos aprender que o correto nunca será desistir das coisas, mas amá-las profundamente. Porque esse é o paradoxo: Se amarmos até doer, talvez não sobre espaço mais para a dor, mas só pro amor.
minha alma perdida no fundo das minhas lagrimas,
os demônios tomaram conta dos meus sentimentos,
no exilo dos meus sentimentos tento chorar,
não consigo pensar em nada mais,
tudo magico meus demônios floram
nos maiores sonhos.
"NOITES EM DIA"
Noite perdida, esquecida
Cai a solidão sobre a minha cama
Neste quarto vazio, vazio de nada
O tempo sufoca-me, tempo perdido
Nasce, morre, renasce comigo
Não sei se ele cura, não sei se nos ama
Parece um anjo, mas é solidão
Cai a noite sobre a minha cama
Sombria, escura, com asas sentidas
Deste poema adormecido desta noite
Que se transforma em dia.
"ALMA AO VENTO"
Alma perdida, alma de gente
Gemeu, rezou, gritou perdidamente
Talvez, alguém que se findou
Refém das suas escolhas
Distraiu-se com a solidão ou talvez não sei
De sentir saudades, nostalgia que nunca houve
Da indiferença que sentiu, exercito do silêncio.
Vento leva-me para onde puderes
Leve-me para aonde quiseres
Só quero que me faças esquecer
A onde estou, para onde vou
E perceber que estas minhas lágrimas
Só servem para me trazer mais dor
Mas se eu chorar por amor ?
Será que à amor... não sei dizer
Eu só sei que sofrer eu não queria mais.
"ALMA PERDIDA"
Choro de amor de alma perdida
Nesta noite escura que é a minha vida
Lágrimas de cristais de sangue e água
Que escorrem dos meus olhos
Que cortam a minha alma ferida e perdida
Neste rolo de mentiras
Escorrem e gelam das palavras não ditas
Transformam-se em punhais, ferem-nos o corpo vazio
Estas lágrimas soltas, amargas e sofridas
São veneno para um coração que procura sempre a verdade
E ficam com a saudade de ver o amor verdadeiro com alegria
Dos corpos entrelaçados sem dor, sem magoa e sem mentira.
Ai ela cantou meu nome... descobri que a Luna estava perdida enquanto a Violeta se encontrava com alegria!
Jamais serei ponto final!
Insisto, mesmo no cansaço, perdida no tempo e espaço, coloco um ponto e vírgula, novamente recomeço.meus medos tenho que vencer.Não me importo com as pedras, existem tantos telhados de vidros, por vezes perdemos o próprio abrigo,não entendemos os poucos motivos para tantos atritos e as decepções seguem pelo mesmo caminho de mãos dadas e palavras caladas. Não sou sinônimo de perfeição. tenho tantos defeitos e reconheço que meus vazios eu mesma terei que preencher..Não é possível fazer uso da palavra paz, quando apontamos os defeitos alheios sem olhar para trás.
Rosely Andreassa