Para uma Pessoa Perdida
Se você acordou meio perdida e não sabe por onde começar o dia, comece com gratidão que não tem erro.
Gostaria de poder enxergar no olhar do outro a verdade perdida no fundo dos seus olhos, mas aí vem a mentira a nos tornar cegos
Gente: um pinguinho de poeira das estrelas, perdida nas próprias ideias e sentimentos, que se sente capaz de mudar um universo.
O GATO DE ALICE
A deriva e sem destino,
Assim passamos a vida,
Como Alice que perdida,
Pergunta ao gato felino.
Qual o caminho a seguir?
- Se não se sabe onde ir,
- Qualquer estrada é saída,
- Qualquer rota é guarida.
Mas o caminho é escolha,
É traço, é linha, é trilha,
É a busca que se compartilha,
É a vida que se recolha.
E na dúvida do traçado,
No enigma do destino,
Segue o passo, peregrino,
Que o caminho é revelado.
Cada curva é descoberta,
Cada passo, uma lição,
Na jornada, a direção,
É a vida que desperta!
(livremente inspirado em Alice
no País das Maravilhas de Lewis Carroll)
Não confunda ovelha perdida (Lucas 15.4-7) com filho pródigo (Lucas 15.11-32). A ovelha não tem ideia porque se perdeu; por isso ela não sabe o caminho de volta. Então o Pastor deixa as 99 e vai em busca dela. O filho pródigo sabe muito bem porque saiu e conhece perfeitamente o caminho de volta. Sabe quem é seu pai, sabe o que ele tem em casa. Tem muito filho pródigo querendo ser carregado no colo, apresentando feridas que ele mesmo procurou.
Horizontes de sabedoria desvendados,
Envolta em mistérios profundos,
Luz que guia almas perdidas,
Encantadora das estrelas além
Navegante dos mares espirituais
Amorosa guardiã da verdade.
Buscadora incansável do oculto
Laços com o divino e eterno
Alma que brilha com intensidade
Voz que ressoa nos corações
Abrindo caminhos de iluminação,
Teias de conhecimento entrelaçadas
Semear da sabedoria ancestral
Kaleidoscópio de ideias brilhantes
Yin e Yang em perfeita harmonia
A gente se abraçou, se apertou forte, se encaixou como se um fosse a metade perdida do outro, em um tempo, que só os nossos corpos tinham memória.
Sabe aquela sensação de estar perdida e, finalmente encontrar alguém que fala a sua língua? É essa que eu sinto quando encontro alguém que pensa como eu.
Eu entendo que não queiras se aprofundar em mim
Embora eu esteja perdida em você
Não é culpa sua a minha falta de potencial
Muito menos a minha necessidade de afeto
Não é culpa tua a minha vontade de ter-te
Mas também não é minha
Entrelaçados os olhos que querem o que não podem ter
Eu me mantenho concentrada naquilo que acho em você e que falta em mim
Quero a liberdade de sofrer por mim mesma e não pela falta de alguém
Ter o brilho de todas as coisas que ascendem quando alcançam e apagam quando é preciso
Existir porque necessito da existência da necessidade
Necessitar de mim como necessito de você
Me acho
Me perco
Nunca pertenço.
"Os reflexos de minha endorfina esquadrinham no elo de uma consciência perdida, no vácuo de uma história trival, explicações do qual eu possa desenvolver respostas óbvias para o que sinto, no que diz respeito a um imprevisível clichê, de uma ocitocina platônica."