Para um Amigo que Perdeu seu Pai
A Poesia dos Grilos.
Tem horas que a vida
Não é que ela parece
Que perdeu todo sentido
Tem horas que eu olho pro mundo
E a impressão que eu tenho
É dela nunca ter tido
Minh'alma descalça e nua
Passeia em olhares perdidos
Por breves trechos, preces leves, tão compridas
Curtos pedaços da vida, uma viagem
Pelas ruas, pelo céu, pelo passado e presente
Perdidos no correr da vida
Outro dia, talvez a gente encontre algum sentido nela
Vou buscar na lembrança dos meus olhos
Um resto de olhares felizes
Eu me vejo quando embarco numa balsa e atravesso
Um pequeno espaço... tão vasto é este universo
Valsa a atmosfera
Meu olhar espera ao menos
Ver estrelas parecer felizes
Cá da terra as sei como são falsas meretrizes
Intocadas, infelizes
Inspirando aos grilos a mais linda poesia
Profundas como as jamais ouvidas
Deste meu lado da vida
Belas como aquelas
Que eu quis fazer e não fiz
Pode ser que por amor
Pode ser de solidão
Pode ser que de cansaço
Pode ser de pés no chão
Pode ser de limitada alma de gente
Tem horas que a bela vida
Não faz sentido
Eu disse só isso, somente
Como a terra abrisse a boca e me engolisse
Sobre a gente desistir?
Não, nada disso eu disse.
Edson Ricardo Paiva.
Há mais esperança num lascado que sabe que é, do que num pomposo que não sabe que já perdeu a pompa.
O som tocou no rádio
Ela perdeu o prumo
Ela dançou na noite
A gente foi o assunto
Eu só perdia ela
Quando queria mais
Ela beijou a lua
E se perdeu no cais
O ser humano perdeu-se
nos pensamentos, filosofias,
conceitos de modos vivendi,
será que o planeta Terra
é o manicômio da espiritualidade?
Quando penso em você me sinto uma viúva,uma mulher que perdeu seu amado na guerra . Que perdeu sua alma gêmea,que perdeu seu amigo querido,que perdeu o sentido divino.
Motivo
Perdi a alma no céu
A emoção sumiu no mar
O calor perdeu a cor
Meu corpo sumiu no ar
Vi a vida colorida
Levemente desbotar
Procurei no vácuo espaço
O sentido de me achar
Não quero correr do sol
Nem me esconder do luar
Só preciso de um motivo
Pra agir, sentir e durar.
À BEIRA DO CAOS
Demétrio Sena, Magé - RJ.
De repente um Brasil que perdeu toda brasa,
se desfez do sentido forjado em brasão;
ficou triste, carvão, do carvão se faz cinza,
feito casa que agora não abriga um lar...
Meu Brasil "pátria nada", mátria que sonega
sua essência, seu seio, seu aleitamento,
Já não rega o presente pra florir futuro
nem se abre no campo de nossa esperança...
Um país que aceitou se calar ante o nada,
onde o tudo é a farsa cruel do poder,
da mentira que agrada os que se valem dela...
Uma terra que aterra verdades vencidas,
põe as vidas mais frágeis pendentes no caos,
desmorona os conceitos de cidadania...
Choro de amor
E passamos junto muita coisa
dos nossos olhares muito perdeu
fui teu no amor, a saudade poisa
hoje, no tudo se foi, tudo morreu
Sei que é outra a sua jornada agora
que a nossa paixão no tempo ficou
que o coração está em diversa hora
e que o teu sorriso por mim gorou
Assim, o destino se fez em realidade
sem piedade de nosso amor zombou
deixando na poesia muita saudade
louca, e o rastro de não mais voltou
E nesta ressequida saudade dorida
ainda no peito o silêncio do seu olhar
que insiste em não dar a sua partida
restando a solidão na alma a chorar
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
02/06/2016, 12'00" – Cerrado goiano
Eu aposto que você já teve muitas boas oportunidades na vida, mas as perdeu pelo fato de ouvir e andar com pessoas erradas, que te aconselharam da maneira errada.
O teu olhar caiu no meu
A tua boca na minha se perdeu
Foi tudo lindo, foi tão lindo, foi
E eu nem me lembro o que veio depois
Nada vale o seu sossego.
Se, por alguma coisa ou alguém, você o perdeu, saiba que voltar atrás é um direito seu.
"Nas entre linhas do teu sorriso meu coração se perdeu e hoje toda vez que falam de amor é o teu sorriso que me vêm a mente."
Não existe argumentos para quem quer desistir da vida,e perdeu a fé em Deus e em si mesmo.
Ivânia D.Farias
O sabor
Quem tem pressa come cru.
Essa pressa lhe fez crudivoro.
Perdeu se o gosto por aquilo que era quente,fresco , prazeroso...
E nessa alteração perdeu se o sabor original.
A pressa para chegar ao destino lhe fez esquecer de apreciar a paisagem, não viu os rios, nem as cachoeiras, despercebido foi o ninho dos pássaros.
Correu cada vez mais rápido para com Deus encontrar, não percebeu que ele era o caminho por onde se percorria, não provou da verdade e vida.
Pois a pressa não lhe permitia experimentar.
Na corrida para Cristo, não percebeu que Cristo era o caminho, a vereda por onde se escutava o amor assobiar.
Mas quem percebeu viveu, nem frio nem morno, no presente foi quente.
Calmaria a desfrutar, somente a intimidade poderia revelar, viu os frutos brotar, até às árvores sem frutos serviram para abençoar nos deram sombras para descansar.
Cada passo fez sentido ao descobrir que Deus sempre esteve ali.
Hoje a eternidade experimentada, sem sofrer pelo amanhã.
Onde o gosto da presença veio como avelã.
Felipe Almaz