Para sempre
PAI ESTEJA COMIGO
Pai sempre que saio em minha moto, me lembro de te pedir pra ir comigo nela. Sei que muitas vezes não mereço que conduza ela pra mim, mas se vier deixar de fazer isso, por favor lhe peço pegue a sua e esteja do meu lado... pois sem ti nas estradas desta vida, a minha queda será certa.
Todo mundo sabe que cão que ladra não morde...
Agora, sempre tem aquela invejosa que só ameaça.
A coitada é do tipo muito fala e pouco faz...
Fale - e faça +!
Não basta querer, é preciso saber fazer!
O que esperava? Competir comigo?
Francamente, nem racional você é!
É tão burra que nem deve saber o significado da palavra "BRIO", pois se soubesse não agiria às escondidas como faz.
Não tenho culpa de ser tão inesquecível, tão especial,
tão superior a ponto de te deixar neurótica!
O maior erro do esperto é achar que todo mundo é bobo...
Então, se você se acha tão esperta, cuidado porque aqui não tem bobo não, ok?!
Acha que é amada? Acorda Ridícula!
Você não serve nem para coadjuvante!
Tô morrendo de rir de você, pois é uma criatura digna de pena, q não pode me superar nem se nascer de novo.
Cuide da sua vida, se trate o mais rápido possível e me esqueça!
→ Se sentiu ofendida?
Achou que isso foi uma indireta para você?
Só lamento! Então, saia daqui, LIXO!
Você sabe que vai ser sempre assim. Que essa queda não é a última. Que muitas vezes você vai cair e hesitar no levantar-se, até uma próxima queda.
O SILÊNCIO DA BATUTA DO MAESTRO
Morreu Artur da Távola. Calou-se para sempre sua voz tão cheia de sensibilidade que, em seus escritos ou apresentações televisivas, nos tocava, ensinava e encantava. Aquela que traduzia o clássico em linguagem popular.
No seu último programa “Quem tem medo de música clássica?”, olhei triste seu rosto abatido e, temerosa de que a morte se avizinhasse, fui tomada de emoção, pois não conseguia imaginar o momento de não tê-lo mais entre nós. Era uma premonição ou constatação, não sei...
E, no dia nove de Maio, seu espírito deixou seu corpo, enquanto dormia.
Costumo dizer que poucas pessoas merecem morrer dormindo. E, com certeza, ele era uma destas. Exemplo de ser humano, de cidadão, de político correto, em um tempo em que os indivíduos de caráter parecem ser uma rara exceção.
Sempre haverei de lembrar-me dele ao ouvir os clássicos. As palavras ária, sonata, piano, pianíssimo, allegro, cantante, e outras tantas do ramo haverão de remeter-me às suas belas lições, às suas análises criteriosas das músicas, que tanto mexiam com a sua e a nossa emoção.
Eu o admirava muito como jornalista, cronista, político e, ultimamente, como apresentador e analista musical. Aprendi muito com ele e as palavras com que terminava sempre o seu programa estarão caladas dentro de mim: “Música é vida interior e quem tem vida interior jamais padece ou padecerá de solidão.”
Recebendo pela televisão a notícia de sua partida, repeti o que costumo dizer quando morre alguém extraordinário: “Existem homens que jamais deveriam morrer.” Mas, pensando bem, qual o grande homem que morre, realmente? Todos eles deixam rastros de luz em nossos caminhos e, assim, vivem para sempre.
Acho que meu comentário usual deveria mudar para a constatação de que certos homens não morrem nunca. O certo, provavelmente, é dizer como o nosso grande autor do sertão, Guimarães Rosa: não morrem, “ficam encantados”. Assim, posso dizer que Artur da Távola “ficou encantado”. Em outras paragens, ele estará, decerto, despertando a sensibilidade daqueles que partiram sem alcançar a plenitude de sua humanidade.
Ah, meu prezado maestro, sentirei muito sua falta, mas pode ter certeza que, também, por ter lido seus livros, seus artigos, ouvido seus belíssimos comentários sobre Beethoven, Mozart e outros tantos, tornei-me uma pessoa melhor e cresci muito como ser humano. Você, em sua simplicidade, provavelmente, nem sabia que iluminava a vida de tantos.
Também porque o conheci e, junto com você, continuando as lições que recebi de meu saudoso pai, aprendi, mais e mais, a amar a música e sei que, desta forma, jamais haverei de padecer de solidão.
Enquanto existir a música, as auroras e crepúsculos, os amores e desamores, encontros e desencontros e meu coração continuar batendo, com a emoção tomando conta de meu ser, serei muito rica de vida interior. Poderei, inclusive, ouvir as músicas das esferas celestiais e, até nos meus silêncios, estarei ouvindo os sons da Divindade.
Sabe, grande maestro, repetindo palavras suas, citando não me lembro quem, devo dizer-lhe: “A dor da gente não sai no jornal”. E a minha dor pelo silêncio de sua batuta não pode ser traduzida em pobres palavras de jornal. Mas ficam aqui registradas.
E, como diz o Pe. Fábio de Melo, brincando com o poema de Drummond: “A festa acabou, a luz apagou e, agora, é você e Deus”. E Deus, certamente, gostará de ter em seu regaço um grande homem, um filho muito amado, que soube perseguir a Sua Luz e dignificar a arte e a política.
Ele mexe comigo esse garoto. Sempre. É sua única desvantagem. Ele pisoteia meu coração. Ele me faz chorar.
Quem escreve no mundo...
É como quem semeia no solo profundo...
A inteligência brilha sempre cheia de passibilidades infinitas.
A QUE ESTÁ SEMPRE ALEGRE
Teu ar, teu gesto, tua fronte
São belos qual bela paisagem;
O riso brinca em tua imagem
Qual vento fresco no horizonte.
A mágoa que te roça os passos
Sucumbe à tua mocidade,
À tua flama, à claridade
Dos teus ombros e dos teus braços.
As fulgurantes, vivas cores
De tua vestes indiscretas
Lançam no espírito dos poetas
A imagem de um balé de flores.
Tais vestes loucas são o emblema
De teu espírito travesso;
Ó louca por quem enlouqueço,
Te odeio e te amo, eis meu dilema!
Certa vez, num belo jardim,
Ao arrastar minha atonia,
Senti, como cruel ironia,
O sol erguer-se contra mim;
E humilhado pela beleza
Da primavera ébria de cor,
Ali castiguei numa flor
A insolência da Natureza.
Assim eu quisera uma noite,
Quando a hora da volúpia soa,
Às frondes de tua pessoa
Subir, tendo à mão um açoite,
Punir-te a carne embevecida,
Magoar o teu peito perdoado
E abrir em teu flanco assustado
Uma larga e funda ferida,
E, como êxtase supremo,
Por entre esses lábios frementes,
Mais deslumbrantes, mais ridentes,
Infundir-te, irmã, meu veneno!
O amor e a solidão sempre andam juntos;não são dois contrários, mas como que dois reflexos de uma mesma luz, que é viver. Sem essa luz, a filosofia não valeria uma hora de esforço.
(Em o Amor a Solidão)
QUE VOCÊ SEMPRE TENHA
Paciência para as dificuldades
Tolerância para as diferenças
Benevolência para os equívocos
Misericórdias para os erros
Perdão para as ofensas
Equilíbrio para os desejos
Sensatez para as escolhas
Sensibilidades para os olhos
Delicadezas para as palavras
Coragem para as provas
Fé para as conquistas
E amor para todas as ocasiões.
Tá tão difícil pra você também né?
Com o coração vazio, mas sempre de pé
Buscando alguma direção.
Quantas vezes você me escreveu e não mandou,
Pegou o telefone e não ligou..
Partiu seu próprio coração.
Eu tenho uma má notícia pra te dar,
Isso não vai passar tão cedo, não adianta esperar.
Às vezes ficamos bem, mas depois vem o desespero,
Eu tento esconder, mas vi que pensei em você o dia inteiro.
Mas sempre haverá uma data, palavra, um olhar,
Um filminho, uma música, pra te fazer lembrar.
Um perfume, um abraço, um sorriso só pra atrapalhar.
Só pra te fazer lembrar de mim.