Para Falar de Si Mesmo
O tempo que um casal - que terminou um relacionamento - fica sem se falar e ver definirá, no final, o quanto eles realmente se amavam.
Meu livro favorito era, de longe, “Uma aflição imperial”, mas eu não gostava de falar dele. Às vezes, um livro enche você de um estranho fervor religioso, e você se convence de que esse mundo despedaçado só vai se tornar inteiro de novo a menos que, e até que, todos os seres humanos o leiam. E aí tem livros como “Uma aflição imperial”, do qual você não consegue falar – livros tão especiais e raros e seus que fazer propaganda da sua adoração por eles parece traição.
O ouvir não é mais do que semear a palavra, e o falar não é bastante para demonstrar que há fruto, realmente, no coração e na vida. E devemos estar bem seguros de que, no dia do juízo, serão todos julgados segundo os frutos que houverem produzido (Mateus 25:31-46). Não se lhes perguntará: Creste? Mas sim: Praticaste? E nesta conformidade será o julgamento. Por isso é o fim do mundo comparado à sega da seara (Mateus 13:18-23), E tu sabes perfeitamente que o segador não considera senão os frutos.
(O Peregrino)
A gente pensa que é livre pra falar tudo que pensa mas a gente sempre pensa um pouco antes de falar.
Certas coisas eu não gosto de falar e nem de demonstrar mas realmente gostaria que as pessoas percebessem.
Eu queria encontrar coragem pra te dizer tudo que sinto, te falar que nem tudo que você faz me agrada, que seu egoísmo me incomoda por não ter essa coragem, me acostumei com a pessoa que você se tornou, individualista, fria, arrogante.
Se tenho algo para falar, falo na cara, não sou de escrever indiretas em redes sociais. Esse é meu jeito autêntico de ser, do qual me orgulho bastante. Se gosto, vou atrás, falo dos meus sentimentos e apresento minhas reais intenções, mas se deixo de gostar, não adianta vir atrás porque simplesmente já não quero mais. Se me importo contigo, vou falar, vou dar conselhos, vou tentar estar por perto. Comigo é jogo limpo, pingos nos i's e cara à tapa. Sem jogos, sem charme, sem indiretas. E isso vale para todos os tipos de relacionamentos.
Família é tudo igual, um monte de gente falsa e hipócrita que só vem falar com você quando quer pedir alguma coisa.
Eu só queria ligar.
Falar que sinto falta, e que meus dias têm sido cinza por dentro depois que você se foi.
Porque você não foi inteiro. Você ficou na vontade e nas lembranças mais lindas, que insistem em me mostrar todo o tempo o quanto fui feliz com você.
Queria falar de saudade. Da novela. Do livro que tenho lido.
Queria ouvir sua voz entregando que eu também virei saudade, e que seu coração volta e meia te faz lembrar quando ‘nós dois’ éramos presente.
Eu preciso tanto falar. Meu silêncio grita. E esse desprezo de mentira que sinto por ti, machuca essa alma tão acostumada a falar desse amor. Amor que ainda mora em mim, talvez por ser (tão) de verdade.
Então eu não falo. (E escrevo.) E sinto essa ausência doer, como se fosse ontem o dia que você deu tchau.
Tchau, sim. Porque o mesmo instinto que disse que você iria embora, agora me diz que você vai voltar. Então eu vou falar tanto. Vou falar tudo. E vou deixar transbordar em forma de palavras tudo que tem sufocado o meu coração.
Sabe a saudade? Então! Todos os dias ela me pergunta de você.
Quer falar sobre realidade? Não vivemos em nada que chegue perto disso desde a virada do século. Nós a desligamos, retiramos a bateria, comemos coisas transgênicas e jogamos os restos na lixeira da condição humana. Moramos em casas de marca registradas por empresas que foram construídas sob números bipolares que crescem e sobem em telões digitais nos hipnotizando no maior sono que a humanidade já viu. Precisa cavar fundo, garoto, antes de achar algo real. Vivemos em uma reino de mentiras, um reino em que você viveu por tempo demais. Então não me fale sobre não ser real. Sou tão real quanto o rissole de carne na sua bolsa.
(...) Ouvir umas histórias. Contar algumas também. Botar a conversa em dia… Falar sobre nós um pouco, talvez. Contar umas estrelas. Fazer uns pedidos. Quem sabe realizar alguns meus. Rir um pouco. Sentir-se leve. Esquentar um pouco os pés frios… O coração vazio. Se não quer sentar e relembrar o passado. Matar essa saudade. E essa vontade. Quem sabe sentir alguma vontade. Não sei…
Não sou princesa, acordo descabelada. Sou desastrada. Não sei rir baixo e não respiro pra falar. Sou assim, sei lá..
Todos os dias eu reservo um tempo para falar com Deus, desde então percebi que muitos são os dias que já se passaram.
O tempo de Deus não se mede.