Para Falar de Si Mesmo
Toda forma de comunicação é uma arma perigosa nas mãos de manipuladores, que a apontam diretamente para a cabeça daqueles que não utilizam o pensamento como escudo.
Não se deve falar demasiado. Quando falo demais começo a separar-me de mim e a ouvir-me falar". (O marinheiro)
O que quer que seja só chega à categoria de fato quando é dito. Observem que eu não disse quando é falado. Há alguma coisa distinta entre falar e dizer. Uma fala que funda o fato é um dito, mas a fala funciona mesmo quando não funda fato algum. Quando ordena, roga, insulta, quando emite um voto, ela não funda nenhum fato.
Somos fáceis de decifrar quando bebês. Um choro significa fome… Outro choro, significa cansaço. A coisa dificulta quando viramos adultos. Começamos a esconder os nossos sentimentos. Erguemos barreiras. Chegamos ao ponto de não sabermos os que as pessoas sentem. Sem querer, nos tornamos mestres do disfarce.
Não é sempre fácil se expressar. Às vezes, você precisa ser forçado. Mas, às vezes, é melhor não se expressar. Fazer-se de mudo. Mesmo quando todo o seu corpo implora para se libertar. Então, feche a matraca, guarde o segredo, e encontre outros meios para ser feliz.
Quem pensa bem se esforça em falar melhor. Será benéfico, então, aprender a sincronizar os movimentos da mente com a expressão oral, de modo que a palavra seja a condutora fiel do pensamento. Isso fará com que a palavra se revista de interesse, contrariamente ao que ocorre quando se fala sem pensar no que é dito, pois, nesse caso, a palavra costuma parecer vazia ou sem sentido.
"Está noite me traz inspiração para
escrever, falar pelos dedos, momentos
tão meus, tão nossos, falar de mim com
você, do anoitecer, do que está por
acontecer, do meu corpo junto do seu
o frio vencer no aquecer dos nossos
corações, quero a outros corações falar
de amar, quero querer, quero eu, quero
você e para completar outro motivo de
amor conosco, amanhecer."
Nunca estive trava línguas, ainda menina aprendi que aquele que cala consente, eu abro a minha boca e minha mente sem medo do julgamento alheio.
As pessoas falam de mais quando se trata de fofocas e mentiras, e falam de menos quando se trata de sentimentos e verdades.
"Falar mal, na legítima significação, será render homenagem aos instintos inferiores e renunciar ao título de cooperador de Deus para ser crítico de suas obras.
Como observamos, a maledicência é um tóxico sutil que pode conduzir o discípulo a imensos disparates.
Quem sorva semelhante veneno é, acima de tudo, servo da tolice, mas sabemos, igualmente, que muitos desses tolos estão a um passo de grandes desventuras íntimas."