Para Além da Curva da Estrada
Dia de chuva...
Estrada molhada...
Vento frio...
Sigo as curvas do rio.
Descalço meus pés
Sigo com fé
As pedras do caminho...
Não me ferirão os espinhos.
O vento me desequilibra
Meu corpo nem liga
A chuva um açoite
Termina o dia... começa a noite.
Não há estrelas no céu
O que me cobre é só um negro véu
Não posso parar
Continuo... lágrimas pelo meu rosto a rolar.
Chuva sagrada
A lavar mais uma alma desgraçada
Tremo de medo... ou é de frio?
Não importa...
A vida é torta...
Continuo até do fim encontrar a porta.
E fim... deste frio em mim...
Ou será o começo de um frio escuro eterno que jamais terá fim?
Na curva da estrada me lembro
olhando para a noite estrelada
fico à pensar
será que nesse mundo
há ainda chances
de nos encontrar
Quando me deito
sinto sua falta
o seu sorriso me acalma
sua palavra amiga
me fascina
É como a lua e o mar
Nós dois prontos para amar
sua camisa ficou aqui
nas vagas noites de inverno
cheiro-a para te sentir perto de mim
Medo
Medo da chuva,
Medo da curva
Medo da água turva.
Medo da estrada,
Medo da escada
Medo da voz calada.
Medo do dia,
Medo da pia
Medo da noite que esfria.
Medo da dor,
Medo do amor
Medo do coração que guarda rancor.
Estrada da Vida..
Siga a sua estrada, só preste a atenção nas curvas pois pode vir alguém na contra mão querendo criar vantagens e colocando a sua vida em risco.
Esteja sempre atento a sua frente e use sempre o retrovisor para manter a distância tem quem quer te ultrapassar.
Tenha destreza e frieza para evitar a colisão, pois se acaso houver te tratará sérias consequências.
Seja prudente, respire e jamais haja por impulso.
AMOR AFIM
É em vão fugir da ilusão primeira
Se esconder na curva da estrada
A recusa que passa, passa inteira
Deixando a alma afastar imolada
É dia pós dia, mas que canseira!
Besteira complicar a madrugada
Escoando o sono tal uma goteira
Eis que surge a sensação esperada
É em vão desejar o tudo realizado
Sozinho, pois somos olhar risonho
Em par, pra aí, despertar a paixão...
Então, no ato de estar interessado
Ame afim, assim, o afeto inconho
No haver amor amado é partilhado!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
2020, outubro, 27 – Triângulo Mineiro
Respiração ofegante
Vento no rosto
Cabelos dançam na luz do sol
Pelas curvas da estrada
Nos deixamos levar
Pelos caminhos da vida
Que decidimos entrar
Fecho meus olhos
Deixo a sensação da liberdade me tomar
Não há tempo, não há nada
Que possa me acordar.
Nas estradas do teu corpo desejo realizar a minha melhor viagem, e é nas curvas dele que andando sem rumo eu quero me perder por um caminho sem volta.
-D.Brito-
"Nas estradas da vida,percorro sem direção
Procuro curvas,procuro retas,mas me perco na emoção!
Tento encontrar"O CAMINHO",mas tão distante e longínquo,vem A FRUSTRAÇÃO...
Como dizer o que sinto?!
Como te fazer sentir!
Como mostrar?
Como exaurir?
Te pergunto,meu bem amado da estrada,qual seu destino,qual o seu final?
Se me entrego ,ou se recuo?
Se te amo,ou deixo livre
Se te sinalizo,ou deixo avançar o sinal?"
Se me dispenso,sendo Tua CRISTAL?
NA CURVA DAQUELA ESTRADA
Nasci, me criei no sítio
No meu pedaço de terra
Juntinho ao pé da serra,
Meu ranchinho construí;
Sempre ao amanhecer
Quando o sol aparecia
Da minha janela ouvia
O cantar da juriti.
Na estradinha de terra
De poeira, buraco e torrão
Subia lá no espigão
Só pra ver o sol se pôr;
Quando a noite chegava
Dormir não tinha vontade
Me batia uma saudade
Do meu primeiro amor.
Foi lá na curva daquela estrada
Que eu vi passar a minha amada
Na areia deixou seu rastinho pela estrada a fora
Nem me disse adeus e foi embora...
Atrás do meu ranchinho
A onde passa o rio
Na chuva, calor e no frio
Eu pescava lambari;
Na roça tinha quase tudo
Pomar, horta e o cafezal
O bote, chiqueiro e curral.
Na purunga tinha jataí
A minha velha carroça
A charrete e meu arado
Hoje ali enferrujado
No paiol de sapé e madeira;
Com toco e arame farpado
O meu ranchinho cerquei
E o nome dela eu gravei
Lá no mourão da porteira.
A morte é a curva da estrada,
Morrer é só não ser visto.
Se escuto, eu te ouço a passada
Existir como eu existo.
A terra é feita de céu.
A mentira não tem ninho.
Nunca ninguém se perdeu.
Tudo é verdade e caminho.
Na estrada da vida, nos deparamos com várias curvas e obstáculos, mas focando no presente, sem nos preocuparmos com o futuro, alcançamos nosso destino final com êxito.
Minha vida é como uma estrada na lua
Tem muitas fases e muitas curvas
Tem períodos de brilho e de escuridão
Sou homem que caminha muitas estradas conheço várias paradas, enfrento retas, curvas e ladeiras por onde passo deixo rastro de saudades de um laço e um pedaço de mim, sou viajante e um gigante de um grande amor sem fim!
(Josi JL)
MANTRA
Depois de percorrer várias estradas,
aprendi a lição de suas curvas:
viver não é evitar tempestades.
É saber como dançar na chuva.
A estrada é longa, cheia de obstáculos e curvas. Mas também há atalhos e paisagens incríveis para se contemplar. Às vezes a estrada fica vazia, mas é só esperar, outros carros ainda vão passar. À noite fica difícil de enxergar, mas você pode dar um tempo, esperar no acostamento até o dia clarear. Continue, vá em frente, porque a sua jornada é importante. O fim dela ninguém sabe, mas você pode se surpreender por onde vai passar e onde vai chegar.
A vida é corrida, é um maratonar no espaço e no tempo, e ela é sentida nas curvas de uma estrada por nós escolhida.
Não se deve culpar o mundo e esquecer de assumir as próprias desculpas e de admitir os próprios tropeços. É partir e pedir clemência dos erros passados, para poder fazer a reconstrução do agora.
Viver é recomeçar toda hora.
Nildinha Freitas