Para a mãe que ganha um bebê

Cerca de 12458 frases e pensamentos: Para a mãe que ganha um bebê

Os homens são o que as mães fazem deles.

Algumas mães são carinhosas e outras são repreensivas, mas isto é amor do mesmo modo, e a maioria das mães beija e repreende ao mesmo tempo.

Pearl S. Buck
Para as Minhas Filhas com Amor, Livros do Brasil, 1982

Em princípio, não há nada que as mães desejem mais para os filhos do que vê-los casados, mas nunca aprovam as mulheres que eles escolhem.

Mães judiciosas sempre têm consciência de que são o primeiro livro lido e o último posto de lado, na biblioteca dos filhos.

Quando eu tinha 5 anos, minha mãe sempre me disse que a felicidade era a chave para a vida. Quando eu fui para a escola, me perguntaram o que eu queria ser quando crescesse. Eu escrevi “feliz”. Eles me disseram que eu não entendi a pergunta, e eu lhes disse que eles não entendiam a vida.

Desconhecido

Nota: O trecho acima costuma ser atribuído a John Lennon, mas não há provas que confirmem essa autoria.

...Mais

Mãe

Mãe! São três letras apenas
As desse nome bendito:
Três letrinhas, nada mais...
E nelas cabe o Infinito
E palavra tão pequena
– confessam mesmo os ateus –
É do tamanho do Céu!
E apenas menor que Deus...

Mario Quintana
Lili inventa o mundo. São Paulo: Global Editora, 2020.

Amor de amigo é coisa engraçada!
É diferente de amor de pai, de mãe, de irmão, de namorado...
Amor de amigo é amor que completa a gente.
Um amigo não precisa estar com a gente o tempo todo, porque amor de amigo vence a distância.
Amigo que é amigo mesmo pode até ter outros amigos, porque amor de amigo nunca acaba. Ele se multiplica.
Tem amigo de tudo quanto é jeito: de infância, da escola, de bairro, de igreja, de faculdade, de internet, amigo de amigo...
Tem amigo até que a gente nem lembra de onde veio. E cada um deles tem um espaço guardado na memória e no coração.
Amigo é amigo porque está presente nos momentos mais importantes da vida da gente: o primeiro beijo, a primeira festa, a aprovação no vestibular, um picnic sábado à tarde, um dia de praia, ou até um almoço de domingo.
Aos meus amigos, a todos eles, eu desejo que conquistem cada vez mais amigos.
Porque amor de amigo não se cansa de amar.

Tudo aquilo que sou, ou pretendo ser, devo a um anjo, minha mãe.

A mãe reparou que o menino
gostava mais do vazio
do que do cheio.
Falava que os vazios são maiores
e até infinitos.

Manoel de Barros
BARROS, M. Poesia Completa. São Paulo: Leya, 2011.

Tenho irmãos, pai, mas não tenho mãe. Quem não tem mãe, não tem família.

Honrar o pai e a mãe não é somente respeitá-los, mas também assisti-los nas suas necessidades; proporcionar-lhes o repouso na velhice; cercá-los de solicitude, como eles fizeram por nós na infância.

Sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher
Sou minha mãe e minha filha, minha irmã, minha menina
Mas sou minha, só minha e não de quem quiser.

Renato Russo
1ª de Julho

Minha mãe sempre diz: Não há dor que dure para sempre!
Tudo é vário. Temporário. Efêmero. Nunca somos, sempre estamos!
E apesar de saber de tudo isso. Por que algumas dores duram tanto?
Por que alguns sentimentos (diga-se de passagem os mais ridículos) demoram tanto a passar?
Por que olhar pra ele reaviva esperanças perdidas e suscitas lágrimas quentes até então contidas?
Por que o cérebro ainda não inculcou no coração que esquecer faz bem a saúde?
Por que tudo não pode ser como um bonito filme francês?

Não confie na frase de sua avó, de sua mãe, de sua irmã de que um dia encontrará um homem que você merece.

Não existe justiça no amor.

O amor não é censo, não é matemática, não é senso de medida, não é socialismo.

É o mais completo desequilíbrio. Ama-se logo quem a gente odiava, quem a gente provocava, quem a gente debochava. Exatamente o nosso avesso, o nosso contrário, a nossa negação.

O amor não é democrático, não é optar e gostar, não é promoção, não é prêmio de bom comportamento.

O melhor para você é o pior. Aquele que você escolhe infelizmente não tem química, não dura nem uma hora. O pior para você é o melhor. Aquele de quem você procura distância é que se aproxima e não larga sua boca.

Amor é engolir de volta os conselhos dados às amigas.

É viver em crise: ou por não merecer a companhia ou por não se merecer.

Amor é ironia. Largará tudo — profissão, cidade, família — e não será suficiente. Aceitará tudo — filhos problemáticos, horários quebrados, ex histérica — e não será suficiente.

Não se apaixonará pela pessoa ideal, mas por aquela que não conseguirá se separar. A convivência é apenas o fracasso da despedida. O beijo é apenas a incompetência do aceno.

Amar talvez seja surdez, um dos dois não foi embora, só isso; ele não ouviu o fora e ficou parado, besta, ouvindo seus olhos.

Amor é contravenção. Buscará um terrorista somente para você. Pedirá exclusividade, vida secreta, pacto de sangue, esconderijo no quarto. Apagará o mundo dele, terá inveja de suas velhas amizades, de suas novas amizades, cerceará o sujeito com perguntas, ameaçará o sujeito com gentilezas, reclamará por mais espaço quando ele já loteou o invisível.

Ninguém que ama percebe que exige demais; afirmará que ainda é pouco, afirmará que a cobrança é necessária. Deseja-se desculpa a qualquer momento, perdão a qualquer ruído.

Amar não tem igualdade, é populismo, é assistencialismo, é querer ser beneficiado acima de todos, é ser corrompido pela predileção, corroído pelo favoritismo. É não fazer outra coisa senão esperar algum mimo, algum abraço, algum sentido.

Amor não tem saída: reclama-se da rotina ou quando ele está diferente. É censura (Por que você falou aquilo?), é ditadura (Você não devia ter feito aquilo!). É discutir a noite inteira para corrigir uma palavra áspera, discutir metade da manhã até estacionar o silêncio.

Amor é uma injustiça, minha filha. Uma monstruosidade.

Você mentirá várias vezes que nunca amará ele de novo e sempre amará, absolutamente porque não tem nenhum controle sobre o amor.

PARA MINHA MÃE

Perdão por eu não ter sido sempre um bom filho
Por eu ter me zangado e reclamado contigo tantas vezes
Por eu ter batido o pé
Ter batido a porta
Por eu ter fechado a cara
Perdão por eu ter dado tanto trabalho
Tanta dor de cabeça
Por eu ter sido tão tolo

Mas, sobretudo, muito obrigado.

Obrigado por ter cuidado de mim com tanto carinho
Por ter dedicado teu tempo e teu esforço para educar-me
Por sempre ter dito o que seria melhor pra mim
Como ter que acordar cedo para ir estudar
A dar valor ao que temos,
A insistir, a perseverar
E até mesmo muito obrigado pelas vezes em que você “se meteu em minha vida”
Só para o meu bem
- Tudo bem, eu posso não ter aprendido muitas coisas, ainda
Mas eu vou tentando...

Obrigado por ter segurado a minha mão
Em meus primeiros passos
Obrigado por ter me abraçado
Quando eu tive medo
Obrigado por ter me colocado no colo
Quando eu estava triste
Ou por simplesmente ter chorado comigo
Quando o mundo inteiro parecia uma nuvem de lágrimas

Eu sei que muitas vezes eu te deixei aflita
Eu sei que muitas vezes eu te deixei triste
Mas eu espero que você saiba
Que o teu sorriso de satisfação é o que eu mais gosto de ver
Quando eu consigo fazer algo de bom em minha vida

E aconteça o que acontecer,
Eu sempre lembrarei de quem cantava para eu dormir
De quem aturava minhas travessuras e brincadeiras
De quem nunca se importou
Se o carinho que eu pedia era demais
- Para você, nunca era demais!

E por tamanho amor e dedicação tua
Hoje eu sigo forte em minha vida
Talvez não tão feliz quanto você queria
Talvez não tão bom quanto você merecia
Talvez não tão vitorioso quanto você sonhou
Mas ainda lutando bastante, como você me ensinou

É... às vezes dizemos as coisas mais cruéis
Para as pessoas que mais amamos
Mas isso é só por que somos estúpidos
E sabemos que podemos contar com o perdão depois
Pois a verdade é que sempre pediremos perdão depois
Mas neste momento eu quero, especialmente, te dizer muito obrigado
Por ser minha mãe
E quero te dizer que eu sempre,
sempre, sempre
amarei você.

No fim da tarde, nossa mãe aparecia nos fundos do quintal: Meus filhos, o dia já envelheceu, entrem pra dentro.

Manoel de Barros
Poesia Completa. São Paulo: Leya, 2011.

Incompreensão dos Mistérios

Saudades de minha mãe.
Sua morte faz um ano, é um fato
Essa coisa fez
eu brigar pela primeira vez
com a natureza das coisas:
que desperdício, que descuido,
que burrice de Deus!
Não de ela perder a vida,
mas a vida de perdê-la.
Olho pra ela e seu retrato.
Nesse dia, Deus deu uma saidinha
e o vice era fraco.

Minha mãe me deu ao mundo de maneira singular me dizendo uma sentença:
pra eu sempre pedir licença, mas nunca deixar entrar.

O tempo tenta sequestrar meu sorriso, mas resisto como uma criança com medo da mãe ao ralar o joelho. Engulo o choro, para não doer mais.

Toda mulher é como uma rosa
Rainha de todas as flores
Mas a mulher que também é mãe
É rainha entre rainhas
Rainha de todas as rosas.