Para a mãe que ganha um bebê
Ouvido seletivo
Ouvindo o bebê
Ouvindo os grunhidos
Ouvindo sons ao longe
Ouvindo tudo e todos
Menos a melódia que é a sua voz.
Eu só quero saber, como vai você meu bebê,
Eu só quero saber, como vai você meu bebê,
Com coração a sofrer com saudade de você,
Eu só quero saber, como vai você meu bebê,
Nossa amizade é para valer, não vai perecer,
Eu só quero saber, como vai você meu bebê,
Espero um dia te encontrar, abraçar te beijar,
vou te beijar pra valer, e você vai estremecer.
Eu só quero saber, como vai você meu bebê.
Acordar e sentir aquele cheirinho a bebé;
ouvir o teu xuxar tranquilo, quase silencioso;
vislumbro o som da tua respiração acelerada, caraterística da tua tenra idade;
recebo aquele toque ternurento que resulta das tuas mãozinhas pequenas;
encosto-me a ti, ofereço-te carícias e beijinhos, espalhados com muita suavidade;
espero e fico a observar o teu novo adormecer.
Um acordar feliz.
"Yasmin Ferreira"
04/05/2024
Bebê
Coisinha deficiente, inconsciente, inerme, inválida, trabalhosa, querida.
O fracasso é quando você oferece café na xícara bonita às visitas e sua família bebe no copo de requeijão.
Um belo dia o bebê pássaro se atirou do ninho rumo ao solo, meio desajeitado abriu suas asas e alçou voou, por mais desengonçado que fosse, evitou a queda.
Assim é a vida, quando estamos em queda livre, se abrirmos nossas asas e tentarmos, podemos evitar uma catástrofe.
Basta dar o melhor de si e tentar.
Cada um de nós tem um bebê interior que, quando tratado com carinho e sabedoria, pode se tornar um ser alegre e gentil, ao invés de um beberrão infantil e viciado em qualquer coisa.
A cor da alegria é o rosa bebê,
Prelúdio da vida, ter essa cor uma vez.
De todas as cores na vida, a mais querida
É o rosa bebê, que enche o mundo de beleza infinita.
A cor da alegria não se vê todo dia,
Mas, de todas as cores que a vida nos daria,
O rosa bebê é a única que desperta o amor,
Um tom que aquece a alma e traz calor.
A pegada é simples: ou você fica deitado chorando como um bebê, ou se levanta, enxuga os olhos e corre como um adulto.
Bebe do meu cântaro se tens sede...
Que eu sem culpa já bebi...
Todos os venenos foram contatos...
Não fizeram-me mal...
Apenas me fortaleci...
Pus-me a escutar as vozes do silêncio...
Tanto sonho...
Tanta mágoa…
Se tens fome...
Come do meu pão...
Se eu tenho...
Da-me sua mão...
Que importa!
Ninguém sabe...
Daquele amor perdido...
Por dentro das escura noite...
Confundindo os sentidos...
Quantos, que marcham pela vida...
No intenso tráfego dos rotineiros dias...
Expõe suas tolas vontades...
Diante emoções tão frias...
Cavalheiro da triste figura...
Moinho a braços com o vento...
Nenhuma alegria ouvistes...
Só tristezas...
Desalentos...
Quando saíres, não me esqueças...
E não me cortes com a navalha...
Como dizer a um coração fora do peito...
Que para o vinho não há taça?
Por detrás de cada esquina...
A ver no mundo seco a seca realidade...
Erguendo os densos véus ...
Há de livrar-nos Deus...
Da dor indiferente da maldade...
Dos pares meus...
Sandro Paschoal Nogueira
Não é necessário questionar a felicidade; ela se revela naturalmente na pessoa. Sorria, bebê, a felicidade fala por si mesma.
É O QUE DIZEM
Valéria Leão
Dizem por aí
que eu tenho uma alma antiga
que bebe vinho, dança bolero
e acha graça na vida.
Dizem por aí
que eu abro a porta para a
poesia, que acolho seu pranto,
que compreendo os seus mais
íntimos ruídos.
Dizem por aí
que essa minha aparente
leveza de ser
nasce da conclusão
de que não se pode ter tudo
e, portanto, só nos resta viver
com o que se tem.
Dizem por aí
que esse meu inesperado
encontro com a poesia
é o resultado de uma
confusão de afetos
que, como as estrelas,
se chocam e se estabilizam.
É o que dizem por aí!