Frases sobre Pão
As coisas que eu mais gosto
Nesta vida
São exatamente
As coisas mais bobas do mundo
Gosto do pão sem nada
de ver as crianças brincando
Acordar de madrugada
e sentir a brisa gelada
Enquanto converso
Com as Estrelas amigas
Gosto de procurar
As mensagens que Deus espalha
Nos lugares mais improváveis
E depois
Juntando tudo
Gosto de enxergar a Deus
Como um todo
Gosto de lembrar do passado
e pensar nos amigos distantes
Que nem se lembram que eu existo
Gosto de conversar com mendigos
Gosto de tomar chuva,
Andar descalço,
dar risada sem motivo
sem ter que explicar porquê
Gosto de sonhar,
Gosto de me iludir,
Gosto de confiar,
Gosto de cantar aquelas canções
das quais ninguém nem se lembra
Andar sem rumo e sem pressa
Gosto de olhar
a vela queimando no escuro
E estar na janela
Quando a paisagem não se move
Gosto de dividir
Gosto de gostar de viver
E gosto muito de você
Só não gosto quando me perguntam
O Porquê.
Francamente
Tem coisas que não se explica
A gente simplesmente
Sente
A FORÇA DO MEU AMOR
Tirem-me o pão
e eu sobreviverei...
Tirem-me o céu
os oceanos, o mar
e eu sobreviverei...
Tirem-me a luz
o sol, as estrelas, o luar
e eu sobreviverei...
Tirem-me as flores
todos os bens materiais
as notícias, os jornais
e eu sobreviverei...
Tirem-me a água, o ar
e mesmo assim eu sobreviverei...
o café, almoço, jantar
até mesmo a poesia de cada dia
e eu sobreviverei...
Tirem-me o hoje, o amanhã
a mente fértil, o coração aberto
a palavra pura, a candura
e eu sobreviverei...
Só peço-vos por favor
não tirem-me o bem mais precioso
existente dentro do meu coração:
a força do meu amor!
O pão da vida
Alimenta a alma
O espírito
O corpo
O coração
Sustenta
Todas as nações
E nossa consciência
E moral
Sacia a fome
De viver
E de colaborar
Cooperar
Solidarizar
E a caridade praticar
É o alimento
Que mais nos supre
E nos enche
De amor
E nos preenche
De sabedoria!!!
Fernanda de Paula
Instagram: fernanda.depaula.56679
Novo Instagram: mentepoetica2020
Um pão
Leva bem mais ingredientes
Do que pede a receita
Temos que colocar também
Amor
Carinho
Ternura
Afeto
Paz
Simplicidade
Humildade
Esperança
E muita alegria
Afim de saciar
A fome
De uma multidão
De famintos morais
E espirituais!!!
Fernanda de Paula
Instagram: fernanda.depaula.56679
Novo Instagram: mentepoetica2020
P A R
Adolescência e Legião.
Fogueira e violão.
Café e pão.
Arroz e feijão.
Integral e derivada.
O zap e a última rodada.
O lar e a mulher amada.
O primeiro passo e a jornada.
Jangada e travessia.
Noite e dia.
Ritmo e melodia.
Rima e poesia.
Michael e o pop.
Nirvana e o rock.
O grafite e o hip hop.
Praia e sol.
Pelé e futebol.
Campo e girassol.
Você e eu.
O micróbio é humilde, o vírus que se infiltra, o pó, o pão, o glóbulo de sangue, o esperma, o interminável futuro na sementinha, o vingativo chão, a água ínfima: o átomo é humilde; humilde é Deus.
Quando se come um pão de mel, alguns lançam fora, alguns se saciam.
Quando se alimenta do pão da vida, os que o rejeitam são lançados fora, aqueles que o recebem jubilam para sempre!
VONTADE DE MINHA MÃE
Hoje amanheci com vontade de mãe. É, amanheci, feito pão esquecido no cesto da noite para o dia, um murcho, outro seco, sem saber o que seria feito deles.
Amanheci assim, precisando tomar meus remédios, mas sem ter que tomar a iniciativa. Querendo alguém que me lembrasse, aqui estão seu remédios, não se esqueça. Ou então, apenas um - dormiu bem?
Coloquei-me em pé e segui em direção à cozinha como faço todas as manhãs.
Ao atravessar a sala de jantar, me aproximei de um pote de cerâmica, colocado no aparador, diria até, estrategicamente, herança que trouxe lá da “nossa” casa, quando tudo foi dividido, por ocasião da morte de meu pai.
Parei e com as mãos em concha, deslisei-as em todo o seu contorno, como se dentro dele estivesse todas as lembranças concretas, desde o dia em que juntas, mamãe e eu, compramos aquela peça.
Na época era cara, de bom artesanato. Ela gostou tanto e eu também. Isso foi há muitos anos, nem sei quantos.
- Ah leva mãe, não precisa dizer ao pai quanto custou!
Voltamos rindo do feito, com todo cuidado para que não quebrasse e sobrevivesse aos sacolejos do ônibus, na sua volta, mais de quatrocentos quilômetros longe daqui.
Respirei fundo para afastar a lembrança, a vontade de mãe, e entrei na cozinha.
Fui logo passar um café. Adoro café de manhã. Acho o meu café muito bom. Só que eu queria que ela estivesse ali para experimentá-lo e dizer que meu café estava “sehr gut”.
- Nossa, filha, você aprendeu a fazer um café sehr gut!
Levantei a xícara acima de meus olhos e ocultamente ofereci a ela. Então, desci a xícara devagarinho, como num ritual sagrado e quando senti aquele cheiro quente bem próximo às minhas narinas, sorvi gole a gole em silêncio.
Nunca uma xícara de café me pareceu conter tanta vontade de mãe...
melanialudwig - 21/08/19
Palavra do dia: Pão
Na minha infância a minha mãe fazia o pão em casa. Pão não! Eram fornadas de pães no forno à lenha.
Fazer pão era um ritual que começava de manhã, desde a troca de fermento de litro vindo da vizinha, da lenha seca, cuidadosamente colocada no forno.
Enquanto se preparava a massa, deixando crescer até aumentar de volume. Aí sovava novamente com os punhos, deixando crescer mais uma vez. Untava as formas com gordura ou manteiga (caseira). Enrolava em punhados a massa, sempre sovando bem no formato do pão. Deixava crescer novamente. Enquanto isso, lá fora o fogo queimando a lenha até formar um braseiro, que ia aquecendo todo o interior do forno. Quando os pães estavam bem crescidos, rastelava as brasas do forno e colocava várias formas lá dentro e tampava a boca do forno com uma folha da lata, escorada com um pau cumprido.
De vez em quando uma espiada para ver se estava ficando no ponto.
A festa era quando desenfornava e a gente podia dividir um pão quentinho na manteiga que derretia, geléia de goiaba, entre outras e comer junto a um café com leite. Todos numa mesa grande com bancos na cozinha aconchegante.
Era muito bom!
melanialudwig
A rebeldia, os discursos de cariz revolucionário e a revolta não põem o pão à mesa dos desfavorecidos, mas, o diálogo e a política participativa mudam consciências e desenvolvem o Estado.
"Generosidade é estender a mão, olhar nos olhos, ser cordial, compartilhar o pão, emprego, a palavra e o amor."
Tenha como seu pão diário o ânimo, coragem, determinação, pois ao decorrer do dia Deus proverá tudo o que te faltar para continuar andando e vencendo os obstáculos.
Quem não tem colírio usa óculos escuros
Quem não tem filé come pão e osso duro
Quem não tem visão bate a cara contra o muro
CHORO CONVULSO
Velhinha casinha, meu ninho
E chão do meu pão,
Hoje, somente uma visão.
Ai, aquela chorosa ramada
Fresquinha
E também velhinha,
Onde à sombra minha avó catava
Os meus piolhos da miséria
Nos verões de canícula séria
E depois, adormecíamos os dois
De barriga tão vazia
Como quem cava nas hortas
O silêncio das horas mortas.
Hoje, nem telhados e paredes
Ou janelas, nem sequer portas...
A vida, é um circo de redes
E trapézios tão fatais
Onde há luzes e sons e ais,
Mas quando morrem os mortais
Morre tudo como vedes,
Levados num remoinho
Como a velhinha casinha, meu ninho.
(Carlos De Castro, In Poesia Do Meu Chorar, em 21-07-2022)
Se houvesse amizade no mundo, jamais os céus seriam feridos, os mares tolhidos e o pão da terra bombardeado.
Os peixes, bailariam com os gatos e os ratos, em danças de alegre simbiose e as montanhas deixariam de parir ilusões.
MULHER PÃO
Tudo o que é mulher me fascina.
Pobre amante que fui na rota ida,
Assaltam-me agora ilusões à partida
Como se fosse o pão da vida,
Tornado alimento único desta sina.
Porque professo tão incerta doutrina?
Quero apenas e tão breve confessar
Que se não houvesse mulheres de amar
Na verdadeira entrega de par em par,
Eu teria já morrido à fome na rotina.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 25-01-2023)