Pano
Do caos a leveza
Um livro aberto com folhas em branco,
algumas frutas no pano de mesa estendido sobre as folhas,
ao lado um precipício,
no galho de uma árvore a frente um macaco gritando enlouquecido,
golpeada por sentimentos uma caneta começa a cantar...
Vênus afegã
O pano que priva da luz
É o filtro da oportunidade.
Sem escola, sem faculdade.
Somente castidade.
O pano que constringe o brado
Sufoca a liberdade.
Sem trabalho, sem igualdade.
Somente barbaridade.
Fuzis apontam para vênus.
Vênus irá sangrar.
Alguém faça parar!
Eles dizem que não irá.
Eles dizem que não machucará.
Mas será?
[…] E as roupas, os mais coloridos retalhos de pano com os quais você me ensinou a criatividade e a renomada moda feminina, uma das grandes paixões que compartilhamos. E como não bastavam as diversas saias, e adornos, o ponto cruz foi um dos primeiros que aprendi e, mesmo não mantendo a prática, ainda me recordo muito bem seu método.
As incansáveis visitas ao teu closet para analisar algumas peças novas, ou tentar achar teu vestido de noiva, provar alguns dos teus mais maravilhosos casacos ou simplesmente provar os saltos, de alguma forma, me trazem uma recordação tão boa, um estilo tão único e nosso, que ninguém a não ser nós, entenderia do que se trata... uma moda clássica, com as mais variadas estampas, simples porém é o que denominamos: “chique do último”.
A Uma Fiel Escudeira: o que me ensinas?! Cartas de Agosto de 2021, para minha eterna Sancho Pança Ma.
Nossa essência é o amor.
O pano de fundo, dos corações sinceros é humildade, a capacidade de amar sem medida. (qd se diz "amar sem medida", não quer dizer "amar loucamente", amar sem medida que dizer, simplesmente amar. Amor por amor. Amor sem medir o pq do amar. E isso vale para todas as instancias do amor. Não apenas em um namoro, casamento).
Precisamos ser autores dos nossos sentimentos, autor e cuidador. Amar é fácil. Difícil é manter - se em uma relação, respeitando, não só o outro, mas os seus sentimentos.
Nosso coração, a naturalidade dele, é o amor. Devemos, cuidar desde cedo para que esse foco não se desviei. Pq qd se aprende a só "curtir", nosso coração aprenderá ficar vazio, mas o pior disso, é que, por um tempo, tudo é "legal". Mas chega um tempo, que ele quer aconchego, conforto de abraços sinceros, carinhos sem nada em troca, apenas a devolução dos mesmos.
Sê fiel contigo que amarás e receberás de volta, deliciosamente, todo o amor que investir.
DOCE SALINA
Com muita manga pra pouco pano
Nas braçadas contra correnteza
Bem mais dócil é seguir o fluxo
Pra descobrir o sal do oceano
Muitas dúvidas, poucas certezas
Auxiliam a aguentar o repuxo.
PINTE SUA ARTE NA TELA DA VIDA
Deixe nascer nova pintura na tela da vida.
Seu pano de fundo, a fundo, não tem rota definida.
A resposta na tela concentra sua energia na ida.
À sua disposição estão tons e cores.
É sua escolha pintar armas ou flores!
E cultivarás alegrias ou dores.
Pinte sua arte na tela da vida.
Sem medo de errar na cor escolhida.
O que mais dá volta no mundo, é a vida.
Esqueça o que foi e não se preocupe com o que virá.
Concentre-se no agora e sua felicidade em ti estará.
Lembre-se mais de agradecer do que reclamar.
Assim a gratidão te suplantará!
Para esta minúscula aventura, escolhi Andrés Segovia como pano ou pane de fundo.
Um piano ao cair da tarde, era um programa antigo de rádio.
Procurei uma lapiseira, questão de gosto, compõe o modus operandi do tagarela que não vos fala, mas agora escreve.
A cena é de certa forma bizarra, no mínimo pitoresca
Numa avenida, uma mulher, feliz pelo semblante, humilde pela vestimenta, passa... empurrando um carrinho de supermercado, dentro dele um cachorro, naturalmente pouco a vontade e sem nenhuma ação em comum com quem o carreia mundo afora.
Parou no canteiro entre as duas vias e conversava animada e afetuosamente com um conhecido ou amigo dela sobre o que não imagino, não consegui prestar atenção.
Isso durou alguns minutos, uma dezena de copos de cerveja e uma coleção de interjeições verbalizadas.
A impressão que eu tinha é que ela literalmente não se conectava com o mundo que eu via, era o mundo dela que valia a pena e talvez nem existisse outro...
Sim, foi um alívio ver que não foi xingada nem atropelada, ela continuava feliz...
Me dei por satisfeito.
Sorri como outros tantos que ali estavam.
Não sabia exatamente se podia definir aquela demonstração de afeto e puro “non sense”, acho que continuo sem poder, continuo sorrindo.
Não a vi mais, nem o cachorro...
Preciso fazer umas compras no supermercado.
"Cada pessoa constrói a sua trajetória tendo como pano de fundo o meio ambiente e às informações de que dispõe"
Gesticulações apuradas,
Dignas de uma profecia,
Bailando embrulhada
Num pano, assemelhada
A uma especiaria.
Depois que rasga o pano, o remendo é pior.
Depois que acaba o encanto a insistência e pior.
Depois que acaba o doce o amargo é maior.
Depois que acaba a ilusão, a realidade é pior.
Depois que acaba o amor, outro amor é o melhor.
“A Virgem de Guadalupe! É um pano, onde a imagem se imprimiu sem pintura. Nem Raio X encontra a imagem que todo mundo enxerga. Já chegaram à conclusão de que não é pintura vegetal, não é tinta mineral ou animal. Simplesmente não está pintada, mas está lá, em relevo. E os olhos dela estão vivos, registrando a cena que estava vendo na época. Eles têm cores e reagem à luz, fecham e abrem. A imagem de N. Sra. de Guadalupe se encontra na Vila de Guadalupe, no local exato do umbigo das Américas, milimetricamente. A posição das estrelas, no manto dela, ampliando, é tal como estava o dia 12 de dezembro de 1531, quando se imprimiu a imagem, às 10h46 da manhã. Os cientistas estão arrancando os cabelos…”
Entre dissabores e amores veja: hasteio bandeiras.
E não são nanicas... Muito é o pano que as alimenta!
O pano de fundo de elogios superficiais não serve nem para cenário artificial.
As vivências saudáveis e autênticas nos leva a níveis de relacionamentos com o outro de forma inimaginável.
As amizades verdadeiras são raras, valorize os momentos oportunos com pessoas especiais, pois são tão curtos.
O Café em Renato
Aroma
De café
Do quintal
Coado
Em coadô
De pano
Chuvinha
Manhosa
Que só
Espiando
O tempo
Passá
Só
De besta
LEVADA DA BRECA
(Marcos Peixe)
Boneca de pano
Corre danada,
Grita, moleca:
MInha boneca é levada, levada da breca!
Boneca de pano
Pintona não cala
Bate panela: pein! pein! pein!
Minha boneca é levada, levada breca!
Boneca de pano
Traquina, se esbarra
Menina sapeca:
Minha boneca é levada, levada da breca!
Mundanos.
Mundanos, insanos, profanos,
entre pedaços de pano,
dos palhaços moralistas, artistas,
com suas listas, de como ser humano.
Errantes, distantes, amantes,
não perdem um instante,
entre o amor e o sexo,
qual o nexo, complexo, estético?
Então, cá para nós, estamos próximos e sós.
A arte de contar histórias não requer pano de fundo, spots, microfone; enfim, toda a parafernália que tem sido usada a pretexto de "colorir" a narrativa. O tom de voz, as nuances e, principalmente, a intimidade que o momento promove, são seus pilares. Equívocos à parte, continuemos contando e ouvindo histórias tradicionais. Os contos populares formam a argamassa para construção do indivíduo.
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