Pano
Muitas vezes o sorriso é somente o pano de fundo para dissimular o que de ruim trazemos nas intenções.
QUANDO O CIRCO SE VAI...
Quando o circo se vai,
tudo parece parar no tempo,
é como o pano que cai
no palco e por um momento
encerra tal espetáculo,
dissipando sonhos e ilusões:
esvazia o receptáculo
dos nossos álacres corações.
Quando o circo se vai,
deixa um rastro de saudade;
é o vácuo que não sai
da alma e aflige, na verdade,
saber que uma mágoa
chora no peito bem sentida:
é como a gota d’água
que não cicatriza uma ferida.
Quando o circo se vai,
deixa tristeza e tudo fica frio,
é a beleza que se esvai
dos olhos, tudo parece vazio,
a alegria já desaparece
como uma correnteza no rio:
varre a alma e esvaece
o riso ao naufragar do navio.
Do seu Livro "Sua Majestade, o Circo Lírico" - 2018
As vertentes opostas são realidades
Do que é santo e profano.
A escolha do tecido o pano.
A agulha que costura também fere.
O sistema é livre e é você que adere.
O ciclo de manias, artes e partes.
O insensato chuta o inocente.
O hipócrita veste de crente.
Nem queria falar dos bichos soltos.
A Amazônia presidiária.
Os grileiros das prefeituras.
Eu vou além de uma classe desmerecida.
A desigualdade, a luta corrompida.
O teto político volátil.
Não sou eu que denomina.
É a classe que se auto predomina.
É tanto desmantelo nos escombros.
O caixa brasileiro um arrombo.
O povo que sente, o povo que mente, o povo demente.
Sou parte desse jogo, também já compactuei com indolente.
É uma teia, arapuca, rede armada.
A pescaria é desumana.
Estupro da terra que emana.
O leite, o mel, o céu.
Pela preferência de uma sociedade de fel.
Onde estão o critério.
O inocente e culpado.
A escolha, gritar ou ficar calado.
Giovane Silva Santos
"Infelizmente o mundo mantém um pano longo e negro sobre muitas pessoas que não procuram saber por quê."
"Bonecas de pano que mostram a alegria e o afeto que existe no brincar de uma criança”
Toinha Vicentina (1911-1998)
Guardei retalhos de tecido e nos tempos livres costurei bonequinhas de pano. Aos poucos ia costurando, elas me ajudavam na compra do açúcar.
Vendia bonecas de pano e comprava o açúcar para fazer os doces de todos os dias.
Toinha Vicentina (1911-1998)
FALSOS PROFETAS
Não pague, não compre, não revenda, e não acredite, que um pano, uma revista, ou qualquer outra forma de você contribuir, seja algo abençoado por Deus, pois não é.
Mas cuide do seu próximo, ajude a tirar as vendas que lhes cegam, por acreditar, que alguem que se deu um titulo, pode oferecer milagres.
O verdadeiro milagre, é o de vossa vida, e acredirar somente em Deus, e em cristo, vosso filho.
Faça uma oração, amplie vosso acreditar e seras recompensado, ofereça de graça o que de graça recebeu, e não alimente os falsos profetas.
Boneca de Pano
Que tal ficarmos na nossa?
Que tal fingirmos tudo?
Será que fazer vista grossa
vai silenciar o sofrimento não-mudo?
Sou marionete num jogo adulto,
vejo cordas a sufocar corações em luto.
Enceno a peça teatral perfeita
onde não sei pra que fui feita.
Todas vezes que o vigário traiu
fui atriz secundária;
a principal foi ilusão em navalha
e, a mensagem, mera falha.
Mas me libertarei.
Despedaço, destruo, desintegro
o frágil pano do qual me criei.
Navegando a todo o pano e beijando o amor.
Que em tempos mudou a história das nossas vidas.
Numa madrugada de Abril,
Quando os meninos de hoje já são homens e guerreiros e heróis.
Ainda não tinham nascido e já eram heróis e guerreiros.
Era um fruto prometido,
Tantas vezes proibido mas vamos festejar.
Um dia da esperança e do afeto da LIBERDADE.
Não se chora o leite derramado. Você seca com o pano e guarda o restante para não azedar, nem deixar nada sujo.
A gente não chora o leite derramado. Nós limpamos com o pano e guardamos o restante para não azedar.
Pano Velho
Pra você eu sou como um pano velho
Que quando novo você depositou sujeiras
Sujeiras que marcharam minha alma e noites de sono
Agora já sujo e manchado
Sou jogado fora, como um pano velho
Pois pra você sou como um pano velho
Que depois de sujo é descartado
Ou jogado no chão pra receber migalhas
O que é manto de mistério no meio pentecostal?
Manto de mistério é um pano de fundo que alguns crentes usam como base para dar sustentação a uma ação que Deus não fez ou não revelou e com efeito, ficam na ignorância ou com a forte sensação de que é melhor não saber.
A duras penas
Arranco minhas penas
Asas rasas apenas
E peno o penar
Retiro o pano
Planejo pleno
É plano
Plaino
Companheira
Penso em partir
Parte à parte
Há toda parte
Aparte minha parte
Como o parto
Parte a arte
Dá a luz
Em paz o caos
Há paz
Ah a paz...
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